tag:blogger.com,1999:blog-312517952024-02-18T22:42:27.350-03:00Hunting Grounds:Las Vegas - Stormriders PackWerewolf Hunting Grounds: Las Vegas, nada mais é que o nosso cenario particular de campanhas, criado para ser compativel com o jogo de RPG: "Werewolf the Forsaken", da editora americana White Wolf.
Através deste blog, narraremos a saga da matilha: "Stormriders", mostrando o dia dia de seus componentes e a batalha constante que eles travam para manter o equilibrio entre o mundo físico e o espiritual dentro de seu territorio.Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-17545225405867077412008-08-07T12:45:00.014-03:002017-01-08T18:16:17.377-02:00Capitulo 1 - Parte 5<span style="color: rgb(0 , 204 , 204); font-family: "verdana"; font-size: 110%; font-weight: bold;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-family: "verdana";"><span style="font-size: 110%;">Answers And Choices 05/07</span></span></span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6-TSW6wqlKlGSuRlEaC4vBxyEeQYNa0YlYYJMJcGSpI6da5OUtFECsipUz3z4JJjYFcuTBn_nvYfxYAFr8itjcty5-w-NHgA6Yz93M5Y0CERwWrldj49-Ts3GSFYlxgob7vYIiQ/s1600-h/PAULMOT.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281122414166855490" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6-TSW6wqlKlGSuRlEaC4vBxyEeQYNa0YlYYJMJcGSpI6da5OUtFECsipUz3z4JJjYFcuTBn_nvYfxYAFr8itjcty5-w-NHgA6Yz93M5Y0CERwWrldj49-Ts3GSFYlxgob7vYIiQ/s1600/PAULMOT.jpg" style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><span style="font-style: italic;"><br />Las Vegas, Uma hora e quarenta e cinco minutos antes...</span><span style="font-style: italic;"><br /><br />No quarto improvisado nos fundos da oficina “Western Crown Custom Choppers”, Mike permanecia sob a luz pálida de seu laptop, perdido em meio às recordações de seu passado. O papel de parede na tela de dezenove polegadas do computador estampava aquele que talvez fosse o último dia perfeito de sua vida. Era um compilado de imagens, onde ele e alguns amigos e amigas se divertiam com suas pranchas de surf em plena “Long Beach” na Califórnia, que traziam novamente à tona todas as sensações implícitas naquela inesquecível tarde de verão. Eles estavam comemorando, Mike havia conseguido uma bolsa de estudos em Stanford, onde estudaria ciências da computação e em poucos anos assumiria o controle das empresas de Software de seu pai. Também foi naquela tarde, exatamente quando o sol começou a se por, que Juliet, após semanas de insistência, aceitou seu pedido de noivado. Ela era perfeita, bonita, inteligente, bem humorada, compreensiva. Talvez por isso doesse tanto aceitar sua atual condição, deixar tudo para trás e seguir em frente na sua nova vida como uratha...</span><span style="font-style: italic;"><br /><br />Seus pensamentos foram abruptamente interrompidos pelo enorme estrondo vindo do salão principal do galpão, onde ficavam estacionadas as motos esperando por reparos. Mike deu um pulo saindo rapidamente da parte de cima do beliche, e correu após ouvir o grito de Ray em meio a um barulho que lhe arrepiou todos os pelos do corpo. Era algo como ferro rangendo, como se estivesse sendo arrastado, ecoando de forma aguda pelo galpão. A toda velocidade ele saiu do quarto, passou pelo corredor com as luzes apagadas onde ficava o escritório e despontou na entrada do salão de reparos para se deparar com mais uma, das cada vez mais freqüentes cenas bizarras que tem atualmente testemunhado, em sua ainda curta vida como lobisomem. Ray, seu companheiro de matilha, estava na forma dalu, e se protegia das investidas do dorso humanóide formado de pura eletricidade, que ao mesmo tempo em que tentava desvencilhar o que teoricamente seriam suas pernas, da moto fetiche a onde estava aprisionado, também tentava freneticamente acertar com seu outro longo e desproporcional braço carregado com milhares de volts, o esguio rapaz de traços afro americanos...</span><br />
<span style="font-style: italic;"><br />O jovem ithaeur analisou a situação de forma rápida e enquanto correu para o painel do alarme de incêndio, gritou para que o irraka se afastasse o máximo possível do espírito elétrico. Imediatamente o companheiro de matilha de Mike pós se a correr, acatando ao pedido de seu amigo vindo ao seu encontro. O rapaz caucasiano, de cabelos loiros na altura dos ombros, concentrou-se sobre o dispositivo eletrônico buscando entrar em sintonia com os espíritos tecnológicos do aparelho, um truque ensinado por Paul, o seu alfa, a fim de confundi-los e fazer o sensor de fumaça disparar mesmo sem ainda haver uma ameaça real de fogo no recinto. O espírito de pura energia seguia implacavelmente Ray com braçadas longas e velozes, vez ou outra tentando agarrá-lo, e mesmo após o insucesso de cada uma de suas investidas, a criatura voltava ao encalço do ágil uratha com uma velocidade incrível, arrastando a lataria da Harley-Davidson customizada, que ainda permanecia presa em seus membros inferiores e faiscava por todo percurso da perseguição, pendendo para os lados como um chicote, derrubando e destruindo o que se colocasse em seu caminho.<br /><br />Ray arfante, já se aproximava do corredor onde Mike estava. Peças e ferramentas voavam para todas as direções do recinto como reflexo da fúria da criatura, e embora toda confiança que ele poderia ter no mundo, estivesse incondicionalmente depositada em seu companheiro de matilha, o afro americano já não conseguia esconder do olhar que praticamente gritava o seu companheiro; “Se tiver que fazer algo de extraordinário faça agora porra!”. E quando tudo parecia terminar num inevitável combate corpo a corpo entre o furioso espírito e os jovens lobisomens, o plano do lua crescente começou a dar certo. Mais precisamente quando os espíritos do dispositivo acataram seu comando e os rociadores de incêndios no teto do galpão começaram a funcionar. Ray saltou desesperadamente sobre uma imensa mesa de ferramentas próxima a janela, enquanto Mike correu de volta para o corredor e se resguardou atrás da porta anti-chamas. O espírito elétrico, que ainda buscava alcançar o irraka, foi pego de surpresa, em meio ao seu bote que parecia ser certeiro, pela onda de água vinda dos sprinklers que dispersavam a chuva artificial por todo ambiente. O monstro instantaneamente parou, rugiu e se contorceu como se estivesse sendo atingido por uma chuva ácida. Diversas reações começaram a ocorrer pelo seu dorso humanóide de forma rápida e exponencial. O fluxo de carga em seu corpo aumentava na medida em que os elétrons livres em movimento colidiam entre si em sua estrutura molecular, gerando faíscas que começaram a brotar pelos seus membros. Não demorou para que após alguns estouros a criatura em agonia entrasse em colapso, e fosse subjugada após um grande curto circuito, seguido por uma enorme explosão, que finalmente deu cabo a sua manifestação física.<br /><br />Após o estrondo, o jovem ithaeur abriu rapidamente a porta, e correu para constatar se seu companheiro de matilha estava bem. Ray já se levantava, tossindo em meio à nuvem de fumaça que impregnou o ambiente. O esguio rapaz parecia estar bem.<br /><br />– Wow cara, que estouro! – Disse Ray com um sorriso largo, ajeitando seu chapéu pescador de estimação sobre a cabeça raspada. Enquanto Mike atônito passou a observar o cenário pós-apocalíptico em que a oficina se encontrava.<br /><br />– Cara, da uma olhada nessa, bagunça, o Paul vai matar agente – Respondeu Mike olhando e tentando reparar o que fosse possível na cena de destruição composta por; varias janelas quebradas, motos, caídas, arranhadas e algumas semi destruídas, sem contar os móveis e o maquinário encharcados, as milhares de ferramentas espalhadas por todos os cantos e algumas telhas que vieram abaixo com a explosão.<br /><br />O californiano mal terminou a frase e como se respondendo ao seu chamado, a imensa porta de aço deslizou batendo no final do trilho, produzindo um eco que congelou sua espinha. Os enormes faróis do triciclo customizado iluminavam o galpão que contava com a claridade de apenas algumas lâmpadas fluorescentes que resistiram à explosão, revelando apenas a forma de um homem careca, alto e de constituição física assustadora. Os rapazes não precisavam enxergar para saber que aquele era seu alfa. Os olhos atentos de Paul buscavam friamente compreender o que havia ocorrido em sua oficina. Se esforçando para não gaguejar, Ray foi ao seu encontro para assumir a culpa do incidente. O irraka lhe explicou que ao entrar na sala onde Paul constrói as motos “especiais” para apagar as luzes e fechar a oficina, a criatura o atacou traiçoeiramente pelas costas e se não fosse pelo auxilio de Mike, o pior poderia ter acontecido...<br /><br />Paul encarou os dois rapazes por alguns minutos que pareceram uma eternidade e a tensão apenas se dissipou, quando o homem de mais de um metro e noventa, aparentemente quase chegando na casa dos cinqüenta, mais com uma forma física invejável ate para um lutador profissional, abriu um largo sorriso e disse: - Bom trabalho...<br /><br />Os jovens urathas se entreolharam confusos mais respirando aliviados pela aprovação de seu alfa que continuou a falar; - Um dos motivos de ter passado aqui novamente é pelo fato de os telefones de vocês não estarem atendendo, isso geralmente significa encrenca, ainda mais depois de eu ter me lembrando que não havia dito que a sala das motos fetiche não poderia ser aberta ate que o ritual de aprisionamento fosse completado por mim amanha pela manhã, mais em vista da situação e pelo pouco tempo em que estamos reunidos, até que vocês se saíram muito bem. – Ambos já abriam um largo sorriso quando ele completou; – O que não significa que vocês não terão que trabalhar dobrado para cobrir esses estragos. Mas no momento, temos assuntos mais importantes para resolver essa noite. A tarde, durante minha meditação buscando respostas para o nosso futuro, eu obtive uma Visão de Presságio, onde a poderosa Fênix mergulhava de forma veloz em direção ao deserto, visando alcançar com suas patas flamejantes dois lobos a beira de um precipício, na fronteira nordeste de nosso território. quando ela estava prestes a agarrá-los, uma outra matilha de lobos escuros surgiu por de trás as rochas e a interceptou antes que pudesse salva-los, e nada mais pude ver se não o vermelho escarlate do sangue despendido na batalha brutal que obscureceu as minhas vistas, e logo após ouvir seu guincho de agonia e tristeza eu voltei a mim...<br /><br />- E o que isso significa Paul? Perguntou Ray completamente atento a cada palavra, enquanto o poderoso ithauer ainda olhando firmemente dentro de seus olhos, assumiu a forma dalu, o tornando ainda maior e mais ameaçador antes de responder;<br /><br />- Significa que essa noite teremos uma grande batalha, haverá sangue, e que Deus nos ajude para que não seja o nosso, pois essa é uma batalha que não podemos perder...</span>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-23405489367417681192008-07-07T13:18:00.012-03:002017-01-08T18:16:32.073-02:00Capitulo 1 - Parte 4<span style="color: rgb(0 , 204 , 204); font-family: "verdana"; font-size: 110%; font-weight: bold;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-family: "verdana";"><span style="font-size: 110%;">Answers And Choices 04/07</span></span></span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_bGtPh_ocZO6fTNCq7KKvBlMOTfcs-jbw3mJAzjJvwDjBGNo9ZMTt1d2gQqpbNcs51AUJwKxZ3FInpthrITkq32LTtS80Ioiwmzpw6WjvaY8S2fGsMrot-zEKejcDfJA0Y9sBaQ/s1600-h/HANDBLUE.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281125333100547186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_bGtPh_ocZO6fTNCq7KKvBlMOTfcs-jbw3mJAzjJvwDjBGNo9ZMTt1d2gQqpbNcs51AUJwKxZ3FInpthrITkq32LTtS80Ioiwmzpw6WjvaY8S2fGsMrot-zEKejcDfJA0Y9sBaQ/s400/HANDBLUE.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
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<span style="font-style: italic;">1 hora mais tarde...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">A parede da cela onde escoravam as costas, era áspera, úmida e fria. Não havia qualquer móvel que proporcionasse o mínimo de conforto. A luz era escassa e vinha de uma pequena fresta gradeada de onde se podia ver parcialmente o brilho da lua gibosa penetrar com dificuldade, assim como o ar, que já parecia estar ficando viciado ali dentro. Sentados em cantos opostos, no chão imundo do cubículo de pedra, escavado bem próximo da cabana de caça, estavam Steve e Klaus, confinados em silencio, com seus pensamentos distantes, tentando colocar tudo que acabaram de vivenciar em perspectiva...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Não haviam muitas opções depois daquele discurso. Por isso não houve mais resistência quando mencionaram levá-los novamente para um novo cativeiro. Resignação, aceitação, estado de choque... Chame do que quiser. O fato é que não se pode fugir dessas coisas. Não importa aonde você se esconda, eles te acham; sentem o cheiro inconfundível do seu sangue, farejam seu medo em cada gota do seu suor... Não há lugar no mundo, nem mesmo nas profundezas do inferno, onde você conseguiria escapar deles. Steve que o diga...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Ambos podiam ser jovens, mas a essa altura já tinham a total consciência de que suas vidas haviam mudado completamente de uma maneira irreversível. Não havia mais uma maldição a ser quebrada, não havia mais a esperança de uma cura... Portanto não havia mais sentido em se lamentar... No lugar de tudo isso entra em cena um novo propósito de vida, um desígnio, uma razão para existir. Agora havia apenas a VERDADE, que de uma maneira mórbida, passava cada vez mais a fazer sentido e começava a responder muitas das perguntas sem respostas até então vagas em suas vidas, ao mesmo tempo em que escancarava um caminho incerto aparentemente de mão única, que certamente os levaria a fazer escolhas, das quais eles poderão se arrepender pelo resto de suas existências...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Escolhas? A quem estou querendo enganar? Do jeito como o velho marine colocou as coisas, a maneira mais plausível de os rapazes se verem livres de seu jugo e sentirem o prazer do livre arbítrio novamente seria dentro de uma cova... Pensar em viverem suas vidas longe daquelas montanhas chega ser cômico de tão utópico na atual configuração dos fatos...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Tudo isso facilitou o processo de encarceramento e limitou as opções dos garotos para apenas: Sentar e esperar, e sabe como é... Ver as cartas que o destino põe na mesa e no dia seguinte pagar pra ver o que o lhes estava reservando...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Falando assim até parece fácil... Cada minuto ali dentro eram como décadas, era como esperar o próprio fim na cadeira elétrica, mas sem direito a um colchão, refeição digna, roupas limpas e nem a um último desejo...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Visivelmente angustiado, Klaus esfregou suas mão enormes pelo rosto, pressionou levemente os olhos e puxou os dedos queixo abaixo ate terminar no último fio da barba mal feita em seu pescoço. Arrastou a sola dos pés para trás levantando os joelhos de forma que ficassem paralelos e cruzou os braços por cima. Olhou para as paredes cinzas, para o teto, para lua e sem mais se conter, com sua voz grave, mais em tom baixo, o escandinavo quebrou o silencio:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Klaus... Meu nome, é Klaus Ollendorf... então abaixou a cabeça...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Steve que tinha as costas entre a parede e as grades no lado oposto, com uma perna esticada e outra dobrada, a qual ele repousava o cotovelo e tinha a mão do mesmo braço cobrindo as vistas, nem mesmo se moveu para responder a pergunta:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Stephan... Stephan Fernandes, mais desde que cheguei nesse maldito país as pessoas não me chamam de outra forma a não ser Steve...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Klaus levantou levemente a cabeça com um olhar ainda perdido e balançou-a vagarosamente de forma positiva como se entendesse... E então continuou:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Então Steve... Porque você veio para a América?</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Após uma breve pausa, a resposta veio inicialmente na forma de um ruído em sua garganta, como se ele tentasse conter algo irrefreável, que cresceu aos poucos na forma de risadas contidas e culminou em uma gargalhada, daquelas que você não consegue segurar e só espera a graça passar pra que ela acabe. Klaus não entendeu o porque inicialmente, afinal, o trocadilho espirituoso com o nome não foi tão bom assim. De qualquer forma, ele abriu um sorriso acolhedor esperando uma explicação, mas como ela tardava em sair, acabou aos poucos sendo contagiado pela situação e quando se deu conta, ali estavam ambos rindo sem ter qualquer motivo...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Respostas... - Disse em meio aos risos que foram ficando mais amenos - Estava procurando respostas para o que fazer e que rumo tomar em minha vida... Terminou ele enquanto enxugava as lágrimas do riso...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- É meu amigo - Completou o nórdico também enxugando os olhos - Não é a toa que dizem pra gente ter cuidado com que deseja, quando menos se espera pode acabar conseguindo...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Poeticamente, ao mesmo tempo em que terminou a frase, o barulho da fechadura se abrindo ecoou no recinto. Steve deu um pulo meio que se arrastando para o lado de Klaus devido ao susto e este por sua vez mesmo estando de frente para a porta, não notou a chegada silenciosa do vulto que se revelava na forma de uma mulher baixa, mas de curvas voluptuosas, músculos rígidos e bem definidos. Era Phantom, ela trazia consigo uma bandeja de madeira rústica com duas tigelas com comida e dois canecos de água. No inicio ambos ficaram ressabiados, mais devido a fome que estavam, não fizeram muita cerimônia e sem o mínimo de protocolo devoravam o que lhes foi oferecido...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">A jovem nativa americana não conteve um breve sorriso que por um instante a fez parecer com uma garota humana normal, se divertindo ao ver os rapazes brigar por um pedaço de pão. Mas como se despertasse, logo ela se recompôs e pediu de forma séria que eles não fizessem barulho:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Shhhh, vocês não querem acordar os outros querem? Se ao menos desconfiarem que trouxe isso pra vocês, mal quero imaginar o que pode acontecer com nós três... disse ela olhando pra fora da grade pelo corredor escuro, conferindo se alguém estava vindo...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Aquele frase realmente deixou os rapazes confusos. Ela estava ali por conta própria, arriscando o pescoço a troco de que? Depois daqueles tiros no “barstow” a primeira coisa que veio a cabeça de Steve foi a dúvida congelante de que aquilo estaria envenenado e que agora era tarde demais para se arrepender. Já Klaus até tentou formar uma opinião própria sobre o assunto, mais assim que ela virou de costas, suas suposições foram interrompidas pela curiosidade de se lembrar se ele já tinha visto uma nádega tão rígida e generosa como aquela... Meio engasgado pela surpresa dessa situação inusitada Steve perguntou sussurrando:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Eles realmente não sabem que você está aqui?</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Não - Respondeu ela balançando a cabeça</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- E por que está fazendo isso? novamente indagou o sul americano</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Primeiro por que eu sei o que é passar pelo que vocês estão passando, eu me lembro de como foi meu primeiro dia dentro dessa matilha... É lógico que pelo fato de eu não ter cometido a idiotice de debochar do Honcho, as coisas foram bem mais amenas, mas não menos confusas e assustadoras. Segundo, por que eu gostaria de ter tido a chance de pelo menos saber de toda a verdade e fazer minhas próprias escolhas antes de fazer parte disso tudo... - Disse ela em tom de pesar</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Quer dizer... que Honcho mentiu? - emendou o jovem confuso...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Não, mais omitiu e assim continuará até ser tarde demais...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Como assim? interessou-se Klaus</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Não somos os únicos de nossa espécie híbrida de carne e espírito, existem vários lobisomens espalhados não só pela America, mas pelo mundo e vocês são a prova viva disso... Cada um deles está unido a um grupo de outros urathas pelo laço inquebrável da matilha e juntos carregam o fardo da lacuna deixada por Urfarah no equilíbrio dos dois mundos. Além disso, existem laços de ideais e propósitos o qual fazemos um voto, chamamos esses grupos de indivíduos que compartilham de uma mesma visão de "tribos" e eu particularmente, fui privada dessa escolha assim como vocês serão...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Por que? questionou imediatamente Steve</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Porque Honcho acredita que a unidade de pensamentos fortalece a matilha e evita dissidências de idéias, por isso, todos nós da matilha dos Red Knifes somos Blood Talons. Visamos o aperfeiçoamento físico e buscamos eternamente o status de os melhores guerreiros de Luna... Mas vejam bem, falando imparcialmente, isso não nos torna invencíveis no campo de batalha, é apenas um caminho que se decide trilhar e seguir por toda vida, assim como os Bone Shadows se interessam pelos segredos do mundo espiritual, os Iron Masters pelo progresso da humanidade e suas selvas de concreto, os Hunters in Darkness pela guarda de locais sagrados, os Stormlords pelo ideal de que os urathas devem estar no controle das situações do mundo ou até mesmo os Ghost Wolves que simplesmente iguinoram essas convenções sociais e tocam sua vida conforme seus próprios parâmetros...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Meu Deus, essa coisa toda é maior do que eu pensava... Comentou Klaus...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Realmente, apenas uma matilha não seria capaz de organizar todo o fluxo de espírito e matéria do mundo inteiro - Continuou ela - por isso as matilhas zelam e protegem um determinado território e o defende com todas as forças. O de minha matilha é este, ao sudoeste de Utah onde estamos e em breve, será o de vocês também...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Mas a forma como Honcho age, o regime opressor que ele impõe a vocês e as pessoas lá fora, isso é realmente necessário - Disse o latino.</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Phantom mostrando uma expressão de lamento continuou:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- É uma questão de ponto de vista, na concepção dele, ele os está protegendo, muitos deles tem sangue de lobo e isso pode trazer nossos inimigos até eles...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- E todas as matilhas do mundo mantêm aqueles com sangue de lobo em "campos de concentração" como esse? - Interrompeu Steve</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Mais uma vez ela balança a cabeça negativamente... - Nem todo o alfa de matilha tem a postura déspota e agressiva de Honcho</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Eu sabia, e porque vocês não fazem nada? Porque não tiram ele do comando ou avisam alguém de sua tribo sobre isso?</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Tirando o mau gênio e olhando os resultados, Honcho é um bom alfa e tem nos conduzido a inúmeros triunfos, nada falta a nós e aos outros, nosso território está limpo e bem guardado, o que nos permite fazer esporadicamente alguns serviços extras para outras matilhas em territórios fora do nosso - Foi exatamente numa dessas missões que acabamos encontrando vocês naquele covil de puros no noroeste do Novo México - por isso os outros o toleram e aprovam seus metodos. Além do mais se alguem quiser tomar o posto de alfa, primeiramente seria severamente retaliado e punido, se mesmo assim insistisse nesse objetivo, teria de desafia-lo oficialmente e se provar um lider melhor e nehum de nós está sua altura, principalmente eu, a ômega da matilha. Quanto a reclamar com "alguém da tribo", como eu disse, ela é apenas uma convenção social no final das contas, onde você encontra orientação num momento de mudanças de outros como nós com os mesmo interesses que o seu... Mas cada um dos integrantes possui sua própria matilha, seu próprio território e seus próprios problemas... Comprar briga com outra matilha de destituídos ou chafurdar provas de uma possível quebra no juramento de Luna é acrescentar mais uma enorme dor de cabeça numa lista de muitas outras... Mesmo que alguém tome algum partido, embora realmente eu não concorde com tudo que Honcho faz, ninguém de fora pode interferir em nossa terra e arbitrar no que fazemos dentro dela sem pagar o preço com sangue... É o instinto do lobo e o dever de um uratha, defender seu território de quem quer que seja e honrar seu alfa e sua matilha como um todo... temos um laço, um pacto selado por um espírito e somente quando vocês fizerem parte dela irão entender a devoção implícita nisso...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Certamente iremos, mas não aqui e agora - Disse Steve se levantando - Se existe uma opção para que eu não tenha que tolerar a ideologia feudal do velho marine eu vou busca-las até as últimas consequências...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Klaus tambem se erguendo completou concordando - É isso ai, nós não vamos nos tornar os novos capachos das vontades deturpadas dele e nem ao menos queremos tentar entender o seu ponto de vista centrado no próprio umbigo.</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Em desvantagem e certamente arrependida ou incerta do seu real objetivo ali, Phatom ameaçou correr para fora da grade, mas Steve segurou sem violencia o seu braço enquanto argumentava olhando em seus olhos:</span><br />
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<span style="font-style: italic;">- Você não quer realmente fazer isso... Se você quisesse mesmo nos prejudicar subindo e avisando os outros, jamais passaria pela sua cabeça descer aqui, nos alimentar e o que dirá revelar todos esses segredos... De todos você é a mais sensata Lara, existem várias formas de se chegar a um objetivo e pelo que você me disse, no mais profundo do seu ser, você como eu divide a opinião de que embora os fins estejam se mostrando prósperos, os meios talvez não estejam justificando os mesmos... Sem medo de errar ou voltar atrás, eu me comprometo e afirmo a você que estou disposto a sujar as minhas mãos e ganhar minha primeira "grande dor de cabeça" corrigindo isso, não importa a que preço ou quanto tempo dure, ele vai pagar pelo que ele fez a você, a nós e a qualquer um dos sangue de lobo que tambem tenha ferido. Podemos buscar ajuda e fazer o que é certo e nesse instante, só você está a minha frente e pode evitar que eu parta em busca disso...</span><br />
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<span style="font-style: italic;">Só você pode nos impedir, da mesma maneira que ele fez com você te privando de suas escolhas e objetivos, o que sem mais delongas, nos leva a uma inevitável pergunta cuja a resposta pode mudar pra sempre nossos destinos; Você quer mesmo fazer isso?</span>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-58740123519589702262008-05-02T16:50:00.013-03:002017-01-08T18:16:50.169-02:00Capitulo 1 - Parte 3<span style="color: rgb(0 , 204 , 204); font-family: "verdana"; font-size: 110%; font-weight: bold;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-family: "verdana";"><span style="font-size: 110%;">Answers And Choices 03/07</span></span></span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij0ZqlfaZ7QGqvHGwavZ3gNYkMh9e-bNoCecohjBqQglzQObHxGFt5AxB2-20f803jDdJLxG6WHkji76ruud7zNcFE7a3lp59Tfx1rkdqOO0C1FiTgcYCS91vvGwIxgJPtTxf7sA/s1600-h/woodb.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288219983347386082" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij0ZqlfaZ7QGqvHGwavZ3gNYkMh9e-bNoCecohjBqQglzQObHxGFt5AxB2-20f803jDdJLxG6WHkji76ruud7zNcFE7a3lp59Tfx1rkdqOO0C1FiTgcYCS91vvGwIxgJPtTxf7sA/s400/woodb.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
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<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
Qualquer ser humano normal morreria em questão de minutos após um golpe tão preciso e violento como aquele. Seja pela extensão dos danos internos ou simplesmente por sangramento. O sul-americano tinha consciência disso, e ao mesmo tempo em que o nórdico recebia a lâmina em seu peito, um sonoro: - NÃOOO!!!!! - a plenos pulmões explodiu da garganta de Steve, enquanto corria impulsivamente em direção ao carniceiro, afim de atingilo-lo com uma furiosa e desesperada voadora. Mas antes mesmo que pudesse alcança-lo, em meio a sua trajetória, ele foi brutalmente interceptado e devidamente contido por Snap e Grunt.</div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
<br />Como se nada estivesse acontecendo ao seu redor, o fuzileiro levantou-se e seguiu calmamente em direção a mesa de madeira repleta de restos e pratos sujos. Em um dos poucos espaços vagos, deixou a faca manchada de sangue e puxou uma de suas cadeiras. Virou-a de modo que ficasse na direção do agora ajoelhado e agonizante Klaus e em seguida sentou-se, passando a observar fria e atentamente seu sofrimento. Um simples gesto de mão de sua parte, foi o suficiente para que Ranger entendesse o recado de seu líder, como se seu pedido tivesse sido enviado por telepatia. De pronto o asiático trouxe um espelho de quase um metro por vinte centímetros que estava pendurado na parede e colocou-o diante do norueguês, para que ele contemplasse com seus próprios olhos o enorme estrago que havia sido feito. Klaus chorava como um menino achando que aquele seria realmente seu fim, enquanto Steve se debatia inconformado com tamanha brutalidade, obrigando Snap a ser ainda mais contundente, o que por conseqüência provocou mais momentos de dor intensa com requintes de crueldade para o latino.<br /><br />Um outro movimento quase imperceptível da cabeça do alfa, fez com que Phantom saísse de seu lugar e fosse para trás de Klaus e puxasse com firmeza seus longos cabelos loiros, para que ele não perdesse se quer um detalhe de seu martírio. Assim passaram-se vinte infindáveis minutos de tortura psicológica, de silencio por parte deles e de gritos e choro vindos de Klaus. A situação oprimia enormemente Steve, afinal, seria aquele o fim de ambos? Embora ele já tivesse visto o gigante nórdico sair de uma situação pior que aquela, ele começava a se questionar o quanto eles poderiam suportar nas mão daqueles "sádicos"...<br /><br />Passados mais alguns minutos, uma sensação de ardência e formigamento impregnou os ferimentos de Klaus, o que imediatamente o fez prestar mais atenção ao espelho para entender o que estava acontecendo em seu corpo. Steve já tinha consciência do "milagre" da regeneração, mais aquela era a primeira vez que Klaus em sã consciência, realmente contemplava com seus próprios olhos a "mágica" acontecendo. Ele mal podia acreditar em seus olhos, assombrou-se com o sangue aos poucos parando de escorrer e lentamente a carne se fechando e cicatrizando de forma perfeita como se nada tivesse acontecido. Sua expressão era de puro espanto, estava completamente perplexo e agora mais do que nunca, estava em busca de explicações lógicas para tudo aquilo. Um turbilhão de imagens novamente passou pela sua cabeça, enquanto as palavras do fuzileiro sobre a sua natureza ecoavam em seus pensamentos... Tudo que ele imaginava ser apenas um sonho, como as visões e a carnificina no bar havia sido real. Klaus imediatamente urrou tentando negar a verdade que se escancarava a sua frente, ele quis despertar daquele horrível pesadelo, mas não era possível. Pela primeira vez em sua vida ele sentiu o imenso arrependimento de ter tirado uma vida humana. Transtornado, conseguiu apenas murmurar com os olhos marejados que aquela não havia sido sua intenção...<br /><br />Steve estava nitidamente físico e mentalmente abalado, não só por aquela cena, mas por tudo que acontecera e havia sofrido até então. Mas ainda assim conseguiu reunir coragem o suficiente para fazer a pergunta que até então o consumia por dentro. Procurou limpar sua mente e acalmar-se, respirou fundo e tirou junto com a tensão o imenso nó que embargava sua garganta e impostando sua voz em um tom determinado, olhou fixamente para o fuzileiro e questionou:</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
- Por que eu? Por que dentre tantos rapazes naquela noite você a ordenou que me amaldiçoasse? - disse apontando para Phantom - O que nós fizemos para merecer isso ?<br /><br />Honcho abriu um sorriso sarcástico e calmamente respondeu:<br />- Você realmente acredita que as coisas acontecem assim soldado? Acha mesmo que ela seria capaz de conceder a você a chance de se tornar uma maquina perfeita de combate apenas com uma mordida como rezam as lendas? De longe isso é uma maldição... um fardo talvez, mais o qual carregamos com orgulho. Não deixe que os sentimentos que esta sentindo nesse momento obscureçam seus instintos. Procure dentro de você, a muito você já sabe a resposta, apenas não se permitiu aceita-la...<br /><br />Embora algo estranhamente em suas palavras fizesse sentido, o sul americano continuou a questionar o fuzileiro: - Maquina de combate perfeita? - Steve riu sacasticamente para não chorar do ponto de vista do alfa - Você quer mesmo que eu veja o fato de agora ter que conviver com um monstro dentro de mim como uma dádiva? Eu já deveria imaginar que era exatamente assim que você devia se sentir; a fera invencível, o guerreiro definitivo, o líder intocável infinitamente poderoso e inquestionável... Você se orgulha ao mesmo tempo em que se escora em sua força e como pode subjugar as pessoas com ela não é verdade? Da pra ver isso estampado nos olhos das pessoas que o cercam, principalmente daqueles miseráveis prisioneiros do prórpio medo no acampamento... Aposto que você se sentiu o "grande predador" ao mandar seus subordinados me encurralarem covardemente e me torturem durante dias como um animal depois do seu infalível plano de captura ter dado certo. Aqui estamos de novo, parece que o sadismo de vocês não tem fim não é verdade? Só me pergunto aonde estão os outros agora? Por que a familia não esta completa para ajudar a humilhar seus "novos membros"?<br /><br />Grunt ameaçou cala-lo, mas Honcho o atropelou antes que fizesse qualquer coisa: - Já chega - disse em um tom imperativo, enquanto caminhava em sua direção a passos firmes com o dedo em riste: - Filhote insolente, não nos insulte nos confundindo com aquela láia de covardes chorões, você devia nos agradecer por termos te salvado daquele cativeiro. Muitos de nós ganharam cicatrizes que ainda doem durante as noites frias que açoitam essas montanhas naquele dia. Aqueles malditos eram "Puros" intrometidos, sua condição atual nada tem haver com Phantom moleque estúpido, pelo contrario, graças a ela pudemos te localizar pelo gosto de seu sangue e enfim leva-lo para um lugar seguro longe do quintal daqueles bastardos, embora você não tenha permanecido lá para ouvir a verdade depois disso...<br /><br />- Passei por situações muito piores das quais vocês se queixam nas selvas da Amazônia, antes mesmo de imaginar fazer parte de tudo isso soldado, aquilo sim era o inferno... e ao invés de choramingar negando meu destino como vocês insistem em fazer, eu o abracei, aceitei o que eu sou e a partir de então faço tudo o que for preciso para manter o meu território limpo... Custe o que custar, doa a quem doer e NINGUÉM aqui dentro dessa sala, principalmente um fedelho como você, vai questionar meus métodos. Lembre-se sempre disso e guarde esse dia em sua memória. Se não soubesse que Luna o tocou sob a lua dos juízes, e que ainda é ignorante diante de nossos preceitos, certamente eu já teria arrancado a sua língua e feito você a engolir por colocar em dúvida minha conduta sobre os meus... Quero que fique bem claro, e que todos aqui sirvam de testemunha que se isso se repetir novamente moleque, você não terá mais nenhuma tolerância da minha parte... A minha palavra dentro dessas terras é LEI... ESTAMOS ENTENDIDOS?<br /><br />Algo no âmago de Steve, gritava que ele não estava cem por cento correto, principalmente no tocante as pessoas lá fora, totalmente oprimidas. Mas mesmo assim, tentando camuflar o ar contrariado, consentiu com a cabeça para evitar mais problemas. Honcho então virou-se e esfregando as mãos no rosto, caminhou em direção a janela buscando acalmar-se. Ninguém se atreveu a se quer respirar um pouco mais alto até que ele tornasse a se pronunciar. Alguns minutos se passaram até que o fuzileiro ainda com o olhar perdido nas estrelas, em um tom de voz mais calmo e quase profético, voltou a falar:<br /><br />- Tudo que nós fomos e tudo que nós somos, começou em Pangaea. Ao contrário do que falam os geologistas, ela não era o agrupamento de continentes, mas o mundo em sua primeira forma. Onde espíritos podiam entrar no reino da carne facilmente, e animais e humanos podiam caminhar até a refrescante sombra do espírito do mundo. Não há um consenso até mesmo para os mais antigos de nós se Pangaea era um lugar, um tempo ou ambos... Tudo que sabemos é que ela era gloriosa, e que foi perdida. Pangaea certamente foi gloriosa, mas ao contrário do que se pode imaginar, ela não era um mundo de paz perfeita e gentileza. Ela era um mundo de caçadores, presas e predadores. O leão ainda caçava o cordeiro e o espírito ainda tomava o que precisava do mundo da carne. A morte fazia parte deste paraíso da caça, e o maior de todos os predadores era Urfarah, o Pai Lobo. Ele era um guerreiro do Reino das Sombras e do sólido mundo do ar e da terra. Ele patrulhava as fronteiras do mundo físico, mantendo tudo em seu lugar. Espíritos invadiam o mundo da carne, mas não avançavam muito longe, nem por muito tempo. Urfarah estava sempre pronto para perseguir qualquer espírito que se demorasse na terra. Quando necessário, suas presas e garras forçavam mortais e animais de volta à relativa segurança do mundo da carne, caso eles avançassem muito no mundo dos espíritos. Seu coração ardia com convicção e força sobrenatural. Ele foi o primeiro de nós, e o maior de todos...<br /><br />Por trás de todo grande guerreiro existe sempre uma grande figura feminina e com Pai Lobo não poderia ser diferente, ele apaixonou-se por Luna – Amahan Iduth – desde quando ela cruzou os céus pela primeira vez e o contagiou com seu brilho. Reciprocamente encantada com o mundo que crescia abaixo dela, a senhora da noite tomou a forma de uma belíssima mulher de carne e desceu à terra. Urfarah ficou desorientado de alegria e paixão quando a encontrou caminhando entre a fronteira do mundo físico e espiritual. Para sua satisfação, prontamente seus sentimentos foram compartilhados. Mãe Luna o considerava valente e sábio, além de forte e belo. Então ela o amou em resposta. Dessa união, embora estivesse usando um corpo humano, ela deu a ele nove filhotes feitos tanto de carne quanto de espírito; que vieram a ser os primeiros lobisomens. Da mãe prateada, nossos ancestrais receberam o poder de mudar de forma, assim como ela muda a sua própria. De nosso Pai, eles receberam sentidos, força e velocidade muito além da dos lobos nascidos de carne. E de ambos, receberam uma quantia de poder espiritual, pois Mãe Lua era a Rainha da Sombra e Pai Lobo era o Senhor das Regiões Fronteiriças.<br /><br />Depois de nascidos seus filhos, Luna voltou ao firmamento e Pai Lobo educou a Primeira Matilha para auxiliá-lo em seus deveres como guardião. Ele ensinou aos primeiros Uratha os modos do lobo e do homem, da carne e do espírito. Ele lhes mostrou as estradas do Reino das Sombras nas florestas, montanhas e desertos até o mundo da carne, em trilhas abertas pelas tribos dos homens. Eles aceitaram seus deveres e ajudaram a trazer ordem tanto ao mundo do espírito quanto ao da terra. Eles foram pastores de humanos, animais e espíritos. Eles abatiam qualquer rebanho, tribo ou matilha que ficasse muito grande ou perigosa, assumindo o papel de lordes entre os predadores.<br /><br />Obviamente, alguns espíritos e tribos da humanidade não concordavam com tal tratamento. Alguns retaliavam com todas as forças. E seja por força dos números, mágica ou astúcia, alguns deles não seriam destruídos tão facilmente. Mesmo assim, Pai Lobo e sua matilha conseguiram expulsar os piores deles para regiões distantes do Reino das Sombras, incluindo espíritos poderosos, seus asseclas e tribos de homens que veneravam poderes negros que cometiam crimes blasfemos contra ambos os mundos. Outros, como o Rei das Pragas e a Bruxa Fiandeira, se opunham ao Pai lobo enquanto estavam em vantagem e fugiam astuciosamente quando percebiam que não podiam derrotar toda sua matilha...<br /><br />Por eras nós fomos os senhores da aurora do mundo. Nossa grande força e nossa habilidade de mudar de forma nos permitiam subjulgar qualquer homem ou criatura. Poucos predadores podiam nos desafiar. Nenhuma presa podia nos escapar. Até os mais fortes dos mamutes e mais ferozes dos predadores não eram páreo para uma matilha de lobisomens. Eram tempos sombrios para a humanidade, mas era nossa época de glória, uma era dourada pintada com o sangue brilhante de nossas presas. E, como toda era dourada, estava condenada a terminar...<br /><br />Passaram-se muitos e muitos anos, mais do que podem ser contados, mas gradualmente Pai Lobo começou a perder sua velocidade e vigor. Suas presas começaram a perder o fio aguçado, e sua sabedoria já não alcançava tão longe. Cada vez mais espíritos conseguiam escapar de sua atenção, erguendo seus terríveis reinos entre os humanos e engordando com poder roubado do plano material. Quando finalmente ele encontrou estes auto-intitulados deuses do sofrimento e gula, ele levou mais tempo do que deveria para executá-los e alguns até conseguiram escapar – enfraquecidos pelo conflito, mas ainda assim livres para continuar seus banquetes em uma nova ocasião. Por conta disso, gradualmente, Pangaea estava se tornando um paraíso para os espíritos e para aqueles humanos que aceitavam sua soberania e um purgatório para todo o resto. Nossos antepassados viam tudo isso com apreensão, e dúvidas sobre o que fazer passaram a lhes remoer a alma...<br /><br />Por acaso algum de vocês sabem o que acontece quando uma matilha de lobos não sucede mais em suas caçadas porque seu lobo alfa é muito lento, fraco ou cego para liderar? - Perguntou Honcho virando-se calmamente para os rapazes - Ou a matilha morre, ou o alfa deve ser substituído? - Respondeu Steve.<br /><br />- Exatamente - Exclamou o fuzileiro, mas de forma ponderada - Esta era a mesma questão, mas o que estava em jogo era o mundo inteiro. E para garantir um bem maior, o que se seguiu foi horrível e não deveria ser necessário, mas foi... Entendam rapazes, todo Espírito tem votos, leis invioláveis que governam sua própria natureza. Por exemplo; um espírito da dor é proibido de curar uma criatura viva. Pois bem, Pai Lobo era um dos mais poderosos espíritos da Criação, mas mesmo assim, ele como qualquer outro espírito, também tinha um voto. Ele sentia tamanha devoção ao seu dever que ele não podia fechar os olhos até o dia em que alguém tomasse seu lugar. A força de seu voto era tal que se houvesse alguém que pudesse lhe desafiar, ele não poderia se defender. Estórias daquele tempo deixam claro que Pai Lobo podia e com certeza mostrava suas presas contra seus filhos em disputas ordinárias de dominação. Mas se a matilha de Pai Lobo realmente quisesse lhe desferir um golpe letal, sua própria natureza o tornaria indefeso. Ele não iria ser capaz de se defender ativamente contra tamanho motim, e seu couro grosso e músculos poderosos não seriam mais que vento e chuva. Então o único modo de sobrepujar Pai Lobo seria atacar para matar. E para manter a ordem natural das coisas nós o fizemos...<br /><br />No seu último suspiro, Pai Lobo emitiu um uivo que fez tremer ambos os mundos. Humanos caíram e soluçavam com o som que instilava nada além de medo em seus corações. Espíritos fugiram para seus abrigos, tomados de terror pela idéia de que alguém havia assassinado o grande e impiedoso espírito-lobo. Dizem que o lobisomem que desferiu o golpe fatal foi morto instantaneamente pela força e peso emocional o uivo. Ao ouvir o uivo-de-morte de seu amado, a própria Luna chorou de angústia e decepção, amaldiçoando todos os seus filhos que ela pôs no mundo. Esta maldição nunca seria completamente aliviada. Dizem que, naquele dia, a própria alma do planeta estremeceu. Enquanto os habitantes do Reino das Sombras e as criaturas mortais do reino físico se contorciam de terror, os dois mundos foram separados. O chão tremeu e tempestades açoitaram a terra. Gelo se deslocou do norte, e ilhas afundaram no oceano. Apartir de então, Pangaea não existia mais. Depois da Queda, o paraíso dos caçadores estava perdido para sempre...<br /><br />Esta é a razão de sermos o que somos. É por isso que somos lobos e humanos. É por isso que somos filhos do Reino das Sombras, mas DESTITUÍDOS pelos espíritos. Eles nos temem, e a maioria nos odeia deste aquele dia. Eles se amedrontam e se remoem pela idéia de que criaturas parte carne e parte efêmera agora têm o poder de vigiá-los, e que um dia tivemos o poder de destruir o único espírito que todos eles temiam. Os humanos com toda certeza enlouqueceriam se soubessem que nós não somos apenas ícones do cinema, mas criaturas reais que caminham entre eles... Por isso daquele dia em diante, nós assumimos de fato o manto da responsabilidade de equilibrar os dois mundos e mante-los a salvo. Patrulhamos implacávelmente o mundo espiritual, e por esse motivo alguns espíritos são nossos maiores inimigos. Em contra partida, nós fazemos o melhor que podemos para impedir que os humanos enfraqueçam o mundo espiritual, e certamente eles também nos desprezariam por isso se tivessem ciência. Até mesmo nossos próprios irmãos se voltaram contra nós nessa cruzada, incessantemente nos acusando por ter feito aquilo que eles não tiveram coragem e compaixão de fazer pelo mundo. Aqueles que se auto intitulam como Puros não participaram da caçada ao Pai e ainda hoje choramingam sua morte como velhas viúvas... Somente nossa instável Mãe Luna e nossos totens-lobo estão do nosso lado agora soldados, mas é mais do que o suficiente acreditem; pois nós somos o Povo. Nós somos Urathas. Nós somos os lobos que caçam em ambos os mundos...</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
E que os céus tenham piedade não de nós, mas daqueles que atraírem nossa fúria se colocando em nosso caminho...<o:p></o:p></div>
Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-87141208978238575322008-02-21T14:12:00.042-03:002017-01-08T18:17:04.818-02:00Capitulo 1 - Parte 2<span style="color: rgb(0 , 204 , 204); font-family: "verdana"; font-size: 110%; font-weight: bold;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-family: "verdana";"><span style="font-size: 110%;">Answers And Choices 02/07</span></span></span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUNa3815tuRbrWpKi_1QihNoo6WVn5s59QixbeY3aU84M9KIMN4kCAI1xo0Q3RDFPKrmyIfmVUHeJ5CJPk86EBs8I8pYB2geg_rvKd-lz-ZkGeZ94bnI_5yZ55BzOx-_WXLimqDw/s1600-h/redk.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5287828738966797298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUNa3815tuRbrWpKi_1QihNoo6WVn5s59QixbeY3aU84M9KIMN4kCAI1xo0Q3RDFPKrmyIfmVUHeJ5CJPk86EBs8I8pYB2geg_rvKd-lz-ZkGeZ94bnI_5yZ55BzOx-_WXLimqDw/s400/redk.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;">Confusos, feridos e sob a mira de uma arma de grosso calibre. Assim caminhavam Steve e Klaus, rumo a um destino incerto. A tarde caia e um tom púrpura passava a dominar os céus. O dia se despedia atrás das enormes montanhas, enquanto aos poucos a lua ascendia trazendo a escuridão do anoitecer. Ao longe, ambos puderam notar as luzes dos primeiros lampiões do grande acampamento começando a serem acesas. A primeira vista, tudo parecia quieto e normal naquele lugar, mas repentinamente tudo mudou quando o primeiro habitante local os avistou se aproximando dali...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
Imediatamente um pequeno tumulto se iniciou. Pessoas com trajes simples, de aparência abatida e covarde, passaram a correr freneticamente em busca de abrigo, pegavam itens de necessidade as pressas e arrastavam os filhos pequenos para dentro das cabanas, como se um furacão estivesse prestes a passar pela região. Um clima de tensão extrema dominou o ambiente. Por onde quer que passassem os três, portas eram fechadas, o caminho ficava deserto e nada se ouvia a não ser murmúrios de preces e o choro das crianças sendo abafado pelos pais. Klaus chegou a gritar pedindo por socorro, deixou claro que estava sendo levado contra a sua vontade e implorou para que chamassem as autoridades, mas não ouve uma reação sequer por parte deles...</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
O homem com o fuzil na mão nem mesmo repreendeu o nórdico pela atitude, apenas sorriu sarcásticamente e deixou que o rapaz percebesse por si só a amarga realidade de que os moradores nada poderiam fazer para salva-los, e que a partir dali, nada nem ninguém poderia livra-los do inevitável destino que lhes estava reservado, seja ele qual fosse. Steve não ficou tão inconformado como Klaus ao ver o consentimento covarde das pessoas que não se mobilizavam após tantos apelos. O sul americano já havia passado por maus bocados no seu primeiro cativeiro e tentava apenas manter sua mente focada nos detalhes que poderiam realmente ajudar ambos a sair daquela situação. De certa forma ele até previa esse tipo de comportamento, bastava encarar mais atentamente os olhares assustados e carregados de medo por entre as frestas das portas, era clara a impressão de que embora as pessoas ali estivessem aparentemente "livres", irônicamente pareciam estar tão cativas quanto eles.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
Enquanto o nórdico dava seu show, xingando e amaldiçoando aqueles "covardes inúteis", o latino apenas seguia buscando decorar o caminho, a posição das cabanas, lugares onde pudesse se esconder e coisas do tipo para uma eventual fuga. Além disso, nada restou-lhe a fazer a não ser continuar caminhando para a que pareceria ser a maior e melhor construída de todas as cabanas daquele acampamento, onde certamente ele encontrariam todas as respostas que tanto almejava...<br /><br />Ao chegarem diante da entrada, Steve parou e hesitou prosseguir, ao ver que ali dentro, no final da sala próxima a porta que dava para o cômodo seguinte, estava a índia que segundo sua concepção, o havia colocado dentro daquele infindável pesadelo. O homem silencioso que os escoltava, demonstrando ter perdido toda a curta paciência que possuía durante o percurso, de pronto desferiu um golpe com o cano do fuzil em suas costelas, empurrando-o a força para dentro do recinto, fazendo-o lembrar mais uma vez quem é que estava no comando da situação por ali...</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; text-align: justify;">
Exatamente pela mesma porta que a mulher havia entrado, eles foram escoltados. A cabana tinha um ar semelhante a de uma casa de caça nas montanhas e o aposento que se encontravam agora, parecia ser um sala de jantar agregada a uma cozinha com um forno a lenha ao fundo. Uma enorme mesa de madeira nobre estava ao centro repleta pelos mais variados pratos de comida cuja o aroma fazia seus estômagos praticamente berrarem de tanta fome. Metade do que estava sendo servido naquela refeição certamente já poderia deixar o simples status de "fora dos padrões da normalidade" e assumir imediatamente o de "estandarte em nome da fartura"; Leitão com batatas, perú ao molho curry, Carneiro ao molho madeira, ovos mexidos, bacon, entre varias outras iguarias que preenchiam completamente o móvel de aproximadamente três metros por um e meio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;">O fato mais estranho ali certamente não era a quantidade de alimentos e sim o de que apenas um homem estava se deliciando com o banquete, enquanto a indígena, um homem branco, forte e careca e outro rapaz de estatura mediana e traços asiáticos (muito parecido com o que havia atirado em Steve no "El Rancho" por sinal) que ja estavam na sala, embora parecessem estar com muita fome, apenas permaneciam em volta da mesa com o olhar vago, perdido pelo chão. Não era necessario muito "QI" para deduzir que o homem que se fartava solitáriamente, de certo era o "líder da gangue". Ele tinha o porte, os traços e a vestimenta de um típico fuzileiro do exército americano. Pele branca queimada pelo sol, cabelos bem ao estilo militar e um colete das forças armadas com algumas granadas penduradas. Ele parecia nem se importar com a presença de todos a sua volta. Sem o menor peso na consciência ou senso de coletividade, as partes nobres da carne, do perú e carneiro, além do melhor do que estava na mesa ele retirava e colocava em seu prato ou próximo a ele. Por vários minutos nenhuma palavra foi dita, Steve e Klaus permaneceram ali, de pé, famintos, sujos, cansados, apenas observando tensos ainda sem saber o que estava por vir. O silencio do recinto foi quebrado uma única vez, apenas por alguns instantes, pelo enorme ronco vindo do estômago do gordo com o fuzil na mão, que mal soube como esconder sua vergonha quando recebeu o olhar frio e carregado de condenação do fuzileiro, que em seguida voltou sua atenção para mesa e só tornou a olhar para todos novamente quando terminou de comer tudo que havia separado para si. Só então ele puxou uma cadeira a seu lado e com um sinal com a mão direita convidou o homem que escoltara os jovens até ali:</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- Sirva-se Grunt disse o homem... e com um sorriso discreto, ele rapidamente atendeu. Passou o fuzil para o careca e sentou-se ao lado do líder comento o que ainda havia sobrado de bom na mesa. Partes não tão nobres da carne, um pouco do que restou do peito e uma coxa já mordida do perú e praticamente todo bacon. Um a um era convidado a sentar-se a mesa após que o último a se sentar sentia-se satisfeito. O careca, o asiático e por fim, quando restavam apenas os restos de carne, os ossos da ave e batatas, a índia foi chamada para sentar-se e alimentou-se como pode com as sobras.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Apenas então o fuzileiro dirigiu a palavra aos garotos:</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- Vou ser direto com vocês, meu nome é Honcho, eu sou um uratha, um lobisomem na linguagem popular, um filho de Urfarah, assim como vocês dois. Eu sou o alfa desta matilha. Por toda a extenção das Rochosas e além delas, somos conhecidos como os "Red Knives". Este é Grunt, disse apontando para o gordo, aquele é Snap, mostrando o careca com porte físico considerável, Ranger, o ressabiado oriental e por fim Phantom, a garota com traços indígenas... Em breve vocês também farão parte de nossa matilha, sintam-se honrados e façam por merecer essa chance. Amanhã logo pela manhã, realizaremos o ritual de invocação para que o "lobo rastreador" nosso totem, prove o valor de vocês e os aceite como patrono, para que possamos enfim te-los como membros efetivos dentro de nosso território...</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Klaus abismado, contento os risos, interrompeu imediatamente dizendo: - Calma ai camarada, que historia é essa de matilha e membros efetivos? Eu não pretendo ficar mais nem um minuto aqui por vontade própria, se isso for um sequestro "Sr Manda-Chuva", pega o telefone agora e faz seu preço, mais eu quero sair daqui o quanto antes entendeu? Eu tenho uma carreira pela frente e não tenho tempo a perder pra brincar de "Mogli o menino lobo e seus amigos". Se o seu problema é companhia, tenta o "myspaces", "disk sexo", um psiquiatra ou quem sabe se tudo falhar, suicidido... é serio brother, outro conselho seria talvez se depois do seu "tapinha na pantera", quando bate aquela "larica" lascada antes de tomar seu "gardenal", você deixasse de bancar o idiota sem noção que come mais do que os olhos enquanto as visitas passam vontade, quem sabe talvez você tivesse mais do que esses quatro paspalhos como amigos se voce tivesse um pingo de educação..."Urvatas", hahahahaha, essa foi ótima, eu já entendi tudo ok? Eu é que não vou cair nessa maluquice sua, não vou mesmo, aliás, onde é que estão as câmeras, isso só pode ser uma brincadeira, "okay, okay", vocês me pegaram, eu admito... O tiro na perna do garotão ali realmente pareceu de verdade e quase eu me caguei nas calças, juro pra você, agora será que dava pra me soltar? Tipo, com todo respeito, eu nunca ouvi falar desse tal "Urfafa", meu pai se chama Hans brother e eu sinto muito, mais muito mesmo em te desapontar com a noticia que não sou lobisomem cara, pode acreditar, algumas mulheres até falam que eu sou um cachorro, mais acho que pra vocês isso não serve né?</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Steve abaixou a cabeça e a balançou negativamente enquanto Ollendorf ainda sorria esperando algum sorriso de aprovação. Pelo olhar, Honcho levantou-se disposto a mata-lo pela insolência. Puxou uma faca que deixaria o próprio Rambo com inveja e a colocou na garganta do norueguês por alguns instantes. Não, o fuzileiro não estava se contendo, apenas parou para pensar melhor no que ele iria fazer com o engraçadinho. O clima ficou extremamente tenso e nem os próprios membros da matilha conseguiram esconder o olhar assustado ou prever o que poderia acontecer a partir de então...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;">Com um impiedoso golpe horizontal, o alfa da matilha lascerou a carne do rosto do europeu, abrindo-lhe literalmente um sorriso de orelha a orelha. A trajetória da lâmina fez o sangue respingar no latino, que negou-se a observar o que poderia vir em seguida. Ainda insatisfeito e cheio de raiva, Honcho furiosamente gravou a lâmina no meio do peito de Klaus e desceu violentamente até a altura do umbigo, quase deixando seus intestinos caírem pelo chão. Enquanto nem mesmo seus comparsas conseguiam esconder a perplexidade, ele agachou e </span><span style="font-style: italic;">com um ar psicopata </span><span style="font-style: italic;">olhou nos olhos carregados de pânico do norueguês e disse:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;">- Eu vou continuar a minha historia, e dessa vez, eu não vou querer interrupções...</span></div>
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 85%; font-style: italic;"><span style="font-family: "verdana";"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s1600-h/minipride.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135289044351860578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s400/minipride.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"><span style="font-family: "verdana";"><span style="font-weight: bold;">Nota do Autor: </span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Os vizinhos humanos desta matilha imaginam que eles sejam uma seita de "sobreviventes apocalípticos". Na verdade, os Adagas Vermelhas não acreditam em nenhum apocalipse, mas não se importam de serem chamados de sobreviventes. Os Adagas e suas famílias vivem da terra, caçando e cultivando sua própria comida. </span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">E então, nas noites em que a lua brilha, os Adagas Vermelhas deixam sua terra, caçando um tipo diferente de presa. eles levam a sério seus deveres espirituais, de um modo que só os Garras Sangrentas (Blood Talons) são capazes. Seja um urso possuído próximo demais de suas fronteiras ou um acampamento que não apagou sua fogueira apropriadamente, os Adagas Vermelhas protegem seu território agressivamente. Ocasionalmente, uma caçada os afasta de seu lar para partes diferentes do mundo. Eles planejam todas as suas missões com eficiência militar. Toda a matilha, mesmo aqueles que nunca prestaram serviço militar, usam com frequência gírias militares em suas conversas.</span></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEeRRiAWphwYGbSJC02plt7KY8Q79ccESn4yQ_NEJ9Xc70as0E11Bcurqg57eyjDWXHHjoRSKNxkbl5xEXN4rTDHhWZ3EwIaQflFvr086HIoIbP36CtsrePr97x430Pl25JYzhVg/s1600-h/RKBLOGc%C3%B3pia.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5287828881452297394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEeRRiAWphwYGbSJC02plt7KY8Q79ccESn4yQ_NEJ9Xc70as0E11Bcurqg57eyjDWXHHjoRSKNxkbl5xEXN4rTDHhWZ3EwIaQflFvr086HIoIbP36CtsrePr97x430Pl25JYzhVg/s400/RKBLOGc%C3%B3pia.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 114px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 100%; font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">HONCHO</span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">O alfa dos Red Knives, era um valoroso fuzileiro naval antes de conhecer seu verdadeiro destino. Durante anos, serviu com orgulho o exercito dos Estados Unidos</span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">. Na função de seu dever</span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">, por diversas vezes arriscou a própria vida pelo bem de sua pátria. </span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Devido sua grande eficácia e coragem</span></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">, ele constantemente era designado para a linha de frente do combate, o que o credenciou para algo maior, uma missão considerada até hoje "não oficial" pelo alto escalão do exercito. Honcho foi enviado em uma cruzada contra as drogas em plena selva Colombiana. Lá em meio ao fogo cruzado, Honcho perdeu todos os seus homens e viu a morte bem de perto ao também ser violentamente alvejado pelo inimigo. Mais ao contrario deles, Honcho se levantou novamente só que na forma de uma maquina de combate gloriosa a qual sempre sonhou em se tornar ao sofrer sua primeira transformação. Quando recuperou novamente a consciência, ele estava em volto a um rio de sangue e uma pilha de restos humanos. Secretamente ele foi trazido de volta e liberado sem nenhuma conseqüência, claro que se a missão "realmente tivesse acontecido oficialmente" ele de certo ainda estaria enfrentando a corte marcial.<br /><br />Na forma humana Honcho não pode ser confundido com outra coisa a não ser um soldado. Os ombros largos, o corte de cabelo, a postura tornam a associação obvia a primeira vista.<br /></span></span></span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 100%; font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">PHANTOM</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Lara "Phantom" Garcia é a "expert" em infiltração do time. Enquanto Ranger cuida do trabalho furtivo nas matas, Lara caça nas cidades. Lara é filha de uma família descendente de índios Navajo de classe média, proprietária de um pequeno hotel turístico no Novo México. Sua família trabalha duro no negócio, mas mesmo assim não tinham recursos o suficiente para mandar todos seus irmãos e irmãs para a faculdade. Sendo assim, todos tiveram de servir o exército. Lara foi uma das primeira mulheres a participar de treinamentos de combate para ambos os sexos,mas foi incapaz de servir nas linhas de frente, o que a fez pedir baixa. Após a dispensa, algo nela estava mudado, ela perdeu seu horizonte e mergulhou numa espiral de bebida e violência, pois não conseguia mais se adaptar à vida civil. Então, numa briga de bar em Laramie, tudo foi explicado.</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Phantom tem uma estarura mediana para uma mulher, mas completamente em forma e musculosa. Seu cabelo é mantido bem curto como de um homem a mando de Honcho. Como o resto de sua matilha, ela mantem uma postura militar que a vida civil (e de lobisomem) parece não poder mais apagar.</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 100%; font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">GRUNT</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Muitos urathas pensam que Grunt é mudo, mas ele simplesmente não fala muito. Grunt não discute seu passado, mesmo que a rede de cicatrizes em seu corpo sugira que sua vida antes da Mudança fosse menos que pastoral. Grunt era o que muitos chamariam de um soldado perfeito. Ele é temerário e obedece sem questionar. Alguns imaginam se há algo que ele não faria se Honcho lhe pedisse. Outros estremecem por saber que não há.</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Ele é o artilheiro da matilha, e só fala quando apresenta o seu mais novo explosivo ou armadilha.</span></span></span> <span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Grunt é grande, corpulento. Suas mãos enormes são capazes de surpreendente destreza e precisão. </span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 100%; font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">RANGER</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Apesar de Ranger não ter prestado serviço militar, ele considera a estrita hierarquia militar reconfortante para sua natureza lupina. O papel dele na matilha é o de escolta. muitas das batalhas da matilha começam com Ranger surgindo da escuridão para rasgar a garganta de um patrulheiro antes que ele possa soar o alarme.</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Ranger é chino-americano, mas ele prefere sua foram urhan, um lobo cinza esguio. Seus companheiros sabem seu nome humano, mas também sabem que nunca devem usá-lo. Ele se recusa veementemente a falar de sua vida anterior à mudança, pois "aquela pessoa era humana, mas eu não sou".</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 100%; font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">SNAP</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Snap recebeu este nome por causa de seu som favorito, que é o de ossos quebrando. Ele é o especialista em combate corpo-a-corpo do time, e às vezes arrogante o suficiente para começar uma batalha na forma hishu. Se receber um golpe sólido, ele muda para outra forma mais razoável e pára de brincar com o seu oponente. Snap, como ou outros membros da matilha, usa roupas militares com uma insígnia de uma grande mão segurando uma faca que pinga sangue.<br /><br />Ele têm mais de 1,80 m e ombros largos. sua pele é clara e ele raspa todo o cabelo na forma hishu</span></span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 100%; font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">TOTEM: Lobo Rastreador</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Poder 4 Finesse 2 Resistência 3</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Vontade 7</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Essência 15</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Iniciativa 5</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Defesa 4</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Velocidade 13 (base7)</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Tamanho 4</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Corpus 7</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Influência: floresta1 caça1</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Númina: visão material, sentidos selvagens</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Bônus: investigação1 (dado) especialidade-sobrevivência caçar (dado)</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Voto: Membros precisam realizar uma caçada ritual uma vez por mês, usando apenas as habilidades da forma urhan.</span></span></span></div>
Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-80858809207139333462008-02-14T13:42:00.050-02:002017-01-08T18:17:20.450-02:00Capitulo 1 - Parte 1<span style="color: rgb(0 , 204 , 204); font-family: "verdana"; font-size: 110%; font-weight: bold;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-family: "verdana";"><span style="font-size: 110%;">Answers And Choices 01/07</span></span></span><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlu7qS8DAk-8k3d5wkqr2DrEB4bx0aPzucwXmvojm74TdzkUz9LputhxXUtFUqcAnfQsnc8UO0N7yyldEXXLYCOOzjNQMN8uxNKIzLm_VZ_7DRsBrKB-sn-x0mRYfCwDpW5-fiaQ/s1600-h/galpb12.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288224723957740530" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlu7qS8DAk-8k3d5wkqr2DrEB4bx0aPzucwXmvojm74TdzkUz9LputhxXUtFUqcAnfQsnc8UO0N7yyldEXXLYCOOzjNQMN8uxNKIzLm_VZ_7DRsBrKB-sn-x0mRYfCwDpW5-fiaQ/s400/galpb12.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;">Sul de Utah, nas proximidades do Zion National Park.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Após 6 horas de viagem e aproximadamente 14 horas desacordados...</span><span style="font-style: italic;"> </span><br />
<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O brilho do horizonte alaranjado produzido pelo cair da tarde, penetrava </span><span style="font-style: italic;">por entre as frestas do rústico galpão de madeira, </span><span style="font-style: italic;">na forma de raios esparsos. Um deles, incidindo diretamente no rosto de </span><span style="font-style: italic;">Klaus Ollendorf</span><span style="font-style: italic;">, fez com que aos poucos ele recuperasse os primeiros sinais de consciência. A primeira sensação que sentiu ao acordar foi calor, estava realmente quente ali dentro. Em seguida, uma tremenda dor de cabeça que começou apenas como uma pontada e conforme despertava, ela progrediu aos poucos e piorou com a claridade, não permitindo ao menos que ele mantivesse os olhos abertos para averiguar melhor onde estava. Por fim, ao tentar se levantar, uma escruciante dor muscular que se estendia por todo seu corpo se fez presente e tornou o simples movimento de se erguer e sentar-se, num ato hercúleo repleto de dor. Nesses primeiros instantes de sofrimento Klaus desejou perder a consciência outra vez, </span><span style="font-style: italic;">ele sentia como se uma manada de búfalos o tivesse pisoteado até os cascos sangrarem... </span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Em meio a abafados gemidos de agonia, o nórdico escorou-se com dificuldade na parede de madeira maciça e lentamente colocou-se de pé. Com as pernas ainda dormentes, dirigiu-se passo a passo para uma das frestas maiores na parede, para tentar saber "aonde raios" ele estava.<br /><br />Haviam apenas vagas lembranças em sua memória do dia anterior, um show num pequeno bar de estrada, bebidas em excesso, um um mal estar repentino e pra encerrar com chave de ouro, uma briga daquelas "pra ninguém botar defeito comendo solta" no saloon. Pela dor que sentia, Ollendorf imaginou que os caras que o haviam derrubado deveriam ser bem fortes e pelas extensões dos hematomas, sentiu-se grato por ainda estar vivo. Olhando para fora, a primeira coisa que lhe saltou as vistas, foi uma enorme cadeia de montanhas com um tom tão alaranjado ou mais do que o próprio por do sol. Além disso, havia um pequeno rio envolto por uma vegetação não muito densa e um acampamento com alguns "trailers" e cabanas rusticas, de construção semelhante ao galpão que ele se encontrava. Após uma pausa para se recompor, Klaus seguiu penosamente em direção a porta e forçando-a, percebeu que ela parecia estar trancada pelo lado de fora. Ele ensaiou um; "Olá, alguém pode abrir?" Mas seus pulmões estavam o matando de dor, o que o impediu momentâneamente de gritar com mais entusiasmo. Exausto e com todos seus membros latejando, ele sentou-se no banco mais próximo que conseguiu chegar antes de suas pernas fraquejarem e desabou dando um longo suspiro de alívio.</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Sem ter o que fazer ou ter para onde ir, Ollendorf passou despreocupadamente os olhos pelo ambiente </span><span style="font-style: italic;">sem janelas a</span><span style="font-style: italic;">onde estava confinado. Reparou no canto oposto do cômodo, mais uma cama que parecia estar sendo utilizada. Calmamente ele esfregou as mãos nas vistas, ainda um pouco sensíveis aos feixes de luz e realmente constatou que por debaixo do lençol esfarrapado, havia alguém no mínimo respirando. Então novamente ele reuniu forças e levantou-se apoiando em seus joelhos. Caminhou vagarosamente até a borda da cama e retirou o lençol sem fazer cerimônia. Um jovem atlético, com traços hispânicos, dormia profundamente. Ele não sabia de onde ou porque aquele rapaz lhe parecia familiar. Então com toda a "delicadeza e educação digna de um ogro", ele o sacudiu, afim de desperta-lo em busca de respostas...</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Como se acordasse de um pesadelo para outro pior, o primeiro reflexo do latino assustado ao despertar, tendo como ultima lembrança três lobisomens o fazendo perder a consciência, foi pegar o dolorido braço do enorme norueguês e torce-lo, fazendo-o cair de joelhos recitando os mais obscenos palavrões que se pode pronunciar em sua língua natal. Steve passou a agir como se seu instinto de sobrevivência estivesse ligado automáticamente no máximo. Ele aproveitou o momento de fraqueza do gigante loiro </span><span style="font-style: italic;">e o empurrou contra o chão, tirando-o assim de seu caminho</span><span style="font-style: italic;"> e imediatamente correu em direção a porta, apenas para ser frustrado pouco depois, ao perceber que ela estava devidamente trancada. </span><span style="font-style: italic;">Ainda sim ele a sacudiu e de todas as maneiras tentou coloca-la abaixo, mas percebeu que não seria tão facil</span><span style="font-style: italic;">. Impaciente, ele voltou-se para o rapaz caido e erguendo-o pelos colarinhos da camisa, disse imperativamente:</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">- Aonde está a chave?</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O escandinavo de pronto o empurrou e tirou as mãos dele de sua camisa respondendo em tom ríspido:</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">- EU NÃO SEI</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O sul americano levantou-se e deu pois passos para trás controlando a respiração arfante. Observou desconfiado</span><span style="font-style: italic;"> o sofrimento do rapaz e sua dificuldade de se levantar sozinho. Somente após alguns segundos então pode perceber que aquele era o mesmo cara que havia se transformado no bar e não mais um dos seus sequestradores. Após o espanto de ve-lo novamente vivo, ele concluiu que o fato dele estar seriamente machucado realmente não parecia ser fingimento, principalmente depois daquela impiedosa rajada de tiros...</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Steve então caminhou novamente para perto dele e</span><span style="font-style: italic;"> lhe estendeu a mão afim de ajuda-lo,</span><span style="font-style: italic;"> Klaus jazia estatelado no chão, gemendo pela dor agora ampliada na queda, tentando levantar-se de uma maneira que lhe causasse menos dor. Estava possesso e inconformado pelo que o rapaz havia feito. Em meio a grunhidos, ele ainda o praguejava com todo repertório de ofensas que possuía em norueguês fluente (e que fique claro que ele não é pequeno) e de cara amarrada aceitou o auxilio questionando em voz alta:</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">- Você é maluco! Eu "simplesmente" te acordo e ao invés de um costumeiro "bom dia" ou um "que horas são", você tenta quebrar o braço do primeiro cara que vê pela frente, esmurra a porta até sua raiva passar e depois vem com essa pinta de "Madre Tereza" tentando oferecer ajuda? qual é a sua cara?</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O jovem latino tentou encontrar uma resposta que justificasse sua atitude impulsiva, mas não a entrontrou facilmente. Ele chegou até a ensaiar um pedido de desculpas</span><span style="font-style: italic;"></span><span style="font-style: italic;">, mas antes de articula-lo, sua atenção foi desviada ao perceber uma movimentação do lado de fora do galpão. Enquanto caminhou cautelosamente em direção a porta, ele limitou-se a fazer um sinal com as mãos</span><span style="font-style: italic;"> para que ele falasse mais baixo e respondeu:<br /><br />- Foi mal cara, eu te confundi com um de nossos sequestradores...</span><span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic;">-SEQUESTRADORES? MAIS</span><span style="font-style: italic;"> QUE PORRA DE PAPO É ESSE DE SEQUESTRADORES? TÔ VENDO QUE TÚ TEM ALGUM PARAFUSO SOLTO MESMO... PUTA MERDA, AONDE EU VIM PARAR? POR EU NUNCA ESCUTO BONS CONSELHOS E PARO DE BEBER? rebateu Klaus ainda falando alto, em um tom de deboche e totalmente incrédulo nas afirmações do seu "novo companheiro de quarto" enquanto tentava racionalizar sua situação. Enquanto isso, Steve gesticulava freneticamente para que Ollendorf ficasse quieto enquanto observava uma silhueta do que parecia ser um homem armado vindo em direção a cabana por entre uma das frestas.</span><span style="font-style: italic;">..</span><span style="font-style: italic;"><br /><br />- O DOIDERA, NÃO MANDA EU CALAR A BOCA NÃO, ACABO A PALHAÇADA, EU QUERO RAPAR FORA... AONDE É QUE AGENTE TÁ? QUEM É VOCÊ? E O QUE RAIOS AGENTE TA FAZENDO AQUI? </span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Enquanto Ollendorf fazia sua lista de exigências, Steve viu claramente um homem </span><span style="font-style: italic;">grande e corpulento com uma arma em punho, que a longa distancia parecia ser um fuzil, </span><span style="font-style: italic;">vindo em direção ao galpão. Rapidamente ele pegou a cadeira que estava mais próxima e armou-se para embosca-lo. Ainda através de gestos ele praticamente implorou para que Klaus não fizesse nenhum barulho e o norueguês enfim consentiu contrariado, somente para ver no que aquilo iria dar ou por tentar manter um dialogo com alguem, que ao seu ponto de vista, parecia ter fugido de um manicomio. Não demorou e a tora que barrava a porta foi suspensa. E assim que ela se abriu, conforme o planejado, o sul americano pegou seu alvo de surpresa. ..<br /><br />O impacto da cadeira se estilhaçando nas costas da vitima pareceu nem surtir efeito. Foi como ter atacado com um travesseiro o homem alto, gordo, de cabelo curto e desgrenhado, vestido com uma camisa marrom, calça camuflada e coturno. Tendo um fuzil de assalto em punho, ele não hesitou em atirar em uma das pernas de Steve, que imediatamente caiu se contorcendo. Sem dizer uma palavra se quer, o estranho armado escancarou a porta com raiva e fez um sinal para que Klaus se levantasse e o seguisse...</span><span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic;">- A tá, esse sequestro, balbuciou Klaus</span><span style="font-style: italic;"> para si próprio</span><span style="font-style: italic;"> agora bem convencido, enquanto caminhava mancando e com as mãos para o alto em direção a porta.<br /><br />O homem corpulento não parecia estar com muita paciência. Sob a mira de uma arma que deveria ser possuida apenas pelas forças armadas, Steve tentou vencer a dor e prossegir escorando-se na parede proxima a saida buscando se levantar, mas antes que conseguisse por si só, ele foi pego pelo colarinho e lançado brutalmente para o lado de fora. Foi a vez de Ollendorf oferecer auxílio (e se a situação não fosse tão perigosa, teria um poetico sorriso estampado em seu rosto durante o processo) e após isso, ambos seguiram contra vontade para a direção em que o homem ordenara, mais uma vez rumo ao desconhecido...</span><br />
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<span style="font-style: italic;"></span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 85%; font-style: italic;"><span style="font-family: "verdana";"><br /></span></span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 85%; font-style: italic;"><span style="font-family: "verdana";"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s1600-h/minipride.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135289044351860578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s400/minipride.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></span></span><span style="font-family: Verdana; font-size: 85%;"><span style="font-family: "verdana";"><span style="font-weight: bold;">Nota do Autor: </span></span></span> <span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 100%;"><span style="color: rgb(148 , 189 , 183); font-size: 85%;">Na nota do post 7 do Prólogo, comentei superficialmente sobre os 5 aupícios que representam as cinco faces do Lobo Primordial e indica a responsabilidade e o dever de um urathadentro de sua matilha. Na ocasião, expliquei detalhadamente apenas sobre o Cahalith, poi notei na que seria de grande ajuda na compreensão do texto mais "surreal" até então, repleto de metáforas narrando um grande misto de realidade, vislumbres do mundo espiritual e visões do futuro. Agora que já estamos familiarizados com o visinário e com alguns termos de jogo, vantagens e desvantagens dos urathas, seria interessante para que todos compreendessem melhor todos os auspícios do jogo, para ter sempre uma noção do papel que um personagem terá em sua matilha.<br /><br />Rahu - O Guerreiro - Lua Cheia (Full Moon)<br />A Mudança - Quando um Rahu se transforma pela primeira vez, sangue é derramado. A lua cheia queima com fúria, a face de Luna a Destruidora. Muitos Rahu têm de viver com horror de ter o sangue de pessoas que amaram em suas garras, uma lembrança terrível de sua primeira noite como lobisomem.<br /><br />Renome primário - Pureza<br />Especialidades - Brawl, Intimidation e Survival.<br />Lista de Dons - Dominação, Lua Cheia e Força.<br /><br />Habilidade de auspício - Olho do Guerreiro. Uma vez por sessão de jogo, um Rahu pode tentar "ler" um adversário, determinando quem é o guerreiro superior. Role Wits+Primal Urge; sucesso indica vagamente o poder de combate do alvo, enquanto que um sucesso decisivo informa mais detalhes.<br /><br />Quota - "É tarde demais. Se ainda houvesse esperança para você, algum de meus amigos estaria aqui, tentado resgatar o que sobrou de sua alma condenada. Mas você não terá meus amigos - você têm a mim. Talvez você devesse fechar os olhos agora. Será mais fácil."<br /><br />Elodoth - O Juiz do Equilíbrio - Meia Lua (Quarter Moon)<br />A Mudança - Durante a Mudança, o lobisomem pode perceber que algo em sua volta está errado, e daí pode tentar consertá-lo da melhor forma que puder. Nesse estado confuso, porém, o Elodoth não consegue explicar exatamente o que ele procura consertar ou mesmo porquê. Ele pode quebrar o asfalto e expor terra nua numa tentativa inconsciente de equilibrar as energias da natureza e da humanidade. Ele pode mudar entre a forma humana e lupina repetidamente, até finalmente estacionar na Gauru. Poucos Elodoth conseguem realmente "consertar" algo durante o delírio da Primeira Mudança, mas isto não os impede de tentar - algumas vezes às custas de pessoas desafortunadas o suficiente para estarem próximas na ocasião.<br /><br />Renome primário - Honra.<br />Especialidades - Empathy, Investigation e Politics.<br />Lista de Dons - Meia Lua, Percepção e Proteção.<br /><br />Habilidade de auspício - Enviado aos Espíritos. Um Elodoth recebe dois dados em qualquer teste de Empathy, Expression, Persuasion ou Politics que seja feito para negociar com espíritos. Não se aplica em testes para ameaçar ou insultar espíritos.<br /><br />Quota - "Respeite sua presa. Este não é um mero conjunto de palavras. É uma lei escrita em nossos corações animais, formulada em som nas nossas bocas humanas. Nós somos melhores que lobos, porque podemos sobrepujar nossos instintos. Nós somos melhores que humanos, porque não precisamos matar sem necessidade. Então deixe a garota ir, ou vai se ver comigo."<br /><br />Ithaeur - O Mestre Espiritual - Lua Crescente (Crescent Moon)<br />A Mudança - Para um Ithaeur, a Primeira Mudança é uma revelação, pois ele toma consciência do mundo espiritual à sua volta. Espíritos presos no mundo material podem ser atraídos a ele ou ele pode ver através da Película e testemunhar a Sombra em primeira mão. Esta pode ser uma experiência assustadora e às vezes letal. Um espírito poderoso pode notá-lo e decidir não deixar seu potencial crescer o suficiente para eventualmente ameaçar seu domínio. As coisas que um Ithaeur vê durante sua Primeira Mudança podem assombrá-lo, mas também lhe dão motivação para seguir seu auspício.<br /><br />Renome primário - Sabedoria.<br />Especialidades - Animal Ken, Medicine e Occult.<br />Lista de Dons - Lua Crescente, Elemental e Moldagem.<br /><br />Habilidade de auspício - Mestre de Rituais. Ithaeur compram rituais e o mérito Ritual a custo reduzido. Novos pontos do mérito Rituais X 4 em pontos de experiência. Cada ritual novo pode ser adquirido pelo seu nível em pontos de experiência.<br /><br />Quota - "Não conseguem farejar, conseguem? As ruas sangram aqui, e a ferida está infectada. Temos de ser rápidos. Quebrem as lâmpadas daqueles postes. Precisamos cegar a coisa antes de eu começar."<br /><br />Irraka - O Caçador - Lua Nova (New Moon)<br />A Mudança - Um Irraka pode ser imundado por uma fúria assassina, destruindo tudo em seu caminho, ou ele pode ser tomado pelo medo, evitando contato com qualquer um. O único ponto em comum entre os Irraka é que sua Primeira Mudança frequentemente faz aflorar um instinto de se esconder, de se mover em silêncio. O presente de Luna Encoberta é o dom da furtividade, e muitos Irraka o usam instintivamente para se proteger na noite da Mudança.<br /><br />Renome primário - Esperteza.<br />Especialidades - Larceny, Stealth e Subterfuge.<br />Lista de Dons - Evasão, Lua Nova e Furtividade.<br /><br />Habilidade de auspício - Senso do Rastreador. Como escoltas dos Renegados, os Irraka têm facilidade para reconhecer influência espiritual. Irrakas recebem dois dados nos testes para perceber espíritos efêmeros ou nos testes para determinar a localização de um Locus.<br /><br />Quota - "Você não achou que era o único de nós na cidade, certo garoto? Parece que você não sabe muito sobre lobisomens, e não têm muito tempo para aprender. Escute. Meus amigos estão na porta."</span></span></span></div>
Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-24515393306641540822008-01-28T10:28:00.054-02:002009-04-02T10:31:17.487-03:00Prólogo - Parte 10 - Final<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 10/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPmqNOTH8MHuTGtR58ce0Gw9xE71_LnrUaRluGtnh129B33a9n1yEJIRfZsOIOfAx7m1ra2ML-h74kyxwdA-LxJT1KNhWOhP2hCGD_YLv-V8eKEshkQ65FcFyKZPHNIdhhSRamsQ/s1600-h/truckb.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPmqNOTH8MHuTGtR58ce0Gw9xE71_LnrUaRluGtnh129B33a9n1yEJIRfZsOIOfAx7m1ra2ML-h74kyxwdA-LxJT1KNhWOhP2hCGD_YLv-V8eKEshkQ65FcFyKZPHNIdhhSRamsQ/s400/truckb.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288138980153226002" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;">Com um forte chute a porta lateral veio a baixo. O som das dobradiças se rompendo e da madeira rústica tocando o solo, propagou-se pela sala assim como a corrente de vento que invadiu o ambiente. A nuvem de gás que preenchia o recinto parecia ter sido rasgada ao meio, dando lugar a um corredor de ar puro. Pego de surpresa, Steve teve tempo apenas de colocar o corpo inerte de Ollendorf novamente no chão e posicionar-se com a espingarda em riste em um lugar relativamente privilegiado atrás do balcão. O vulto de apenas um invasor apareceu sob a luz pálida da lua, a silhueta inconfundívelmente feminina, de cabelos extremamente curtos e estatura baixa, cruzou o salão com passos firmes em direção a janela quebrada. Para sua surpresa do rapaz, não era a policia que havia chegado ali, era algo muito pior...</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />A mulher parou por alguns instantes diante dos estilhaços de vidro procurando provavelmente o corpo inerte de seu alvo e ao não encontra-lo, sorriu sarcásticamente dizendo:</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">-Poderíamos brincar de "esconde esconde" a madrugada inteira, mas em poucos minutos a policia deve estar aqui... Então vamos facilitar as coisas para nós dois, vamos pular a parte dos "porques", do engalfinhamento e outros tipos de dilacerações e vamos sair daqui numa boa... Assim evitamos ferimentos desnecessários e todos ficamos felizes e satisfeitos, o que me diz?</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br /></span><span style="font-style: italic;">A resposta de Steve foi uma bala bem colocada na testa da desgraçada.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Ele lembrava bem dela. A alguns dias atrás, antes de todo esse pesadelo começar. Baixa, bonita, traços indígenas, provavelmente da tribo navajo. Cabelos negros bem curtos, corpo bem definido e olhar desafiador. No inicio ele achou que ela "tava dando mole", mas ele também cogitou a hipótese de que talvez fosse apenas o excesso de confiança que o álcool produz lhe pregando uma peça. O fato era que o tempo passava e ela não tirava os olhos dele. A casa noturna estava fervendo naquela noite e desde que ele havia notado o "possível interesse" da garota, ela já tinha dispensado uns quatro rapazes de aparência considerável que tentaram alguma aproximação. Steve conversava e trocava sorrisos com outras duas garotas do seu grupo de mochileiros, mas como qualquer homem solteiro que se preze, mesmo assim ele ainda conseguia se questionar se valia a pena trocar o papo que estava dando certo, pelo risco de ser o quinto a levar um não da mulher misteriosa da mesa do canto. Havia algo no olhar dela que realmente instigava sua curiosidade e do jeito que as coisas estavam indo, ele sentia que destino parecia sorrir para ele naquela noite. Aquelas garotas iriam mesmo viajar com ele e o grupo de turistas por mais alguns dias, então ao seu entender, não faltariam oportunidades para "algo a três" até o fim de sua viagem. Já a pequena índia, ele poderia não ter o prazer de vê-la novamente. Foi ai que ele percebeu que não se perdoaria se permitisse que ela fosse embora sem pelo menos tentar trocar algumas palavras. Steve educadamente pediu licença para as simpáticas garotas dizendo que iria pegar uma bebida e assim o fez. Aproveitou " a viagem" para completar a coragem que faltava com uma dose de tequila. Acertou os botões e a gola de sua camiseta e enfim foi em direção a intrigante "Pocahontas Dark".</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Com um sorriso discreto e dois drinks nas mãos ele seguiu para a mesa da garota, mas parecia ser tarde demais. Haviam três rapazes cercando a mesa de canto, mas ao contrário do que ele imaginou a princípio, ela pareceu incomodada pela presença deles e rapidamente levantou-se com um ar transtornado no rosto. Pelas feições fechadas que se seguiram, os rapazes passaram a falar mais ríspidamente com a garota e o maior deles visivelmente alterado, chegou a segurar um de seus pulsos. Imediatamente Steve partiu para tomar partido da situação. Alheio os seu destino, o sul americano apenas imaginou ser um rapaz que não aceitou bem o desprezo de uma bela garota e antes que ele pudesse se aproximar o suficiente para intervir, ela por si só conseguiu se desvencilhar e correu para o lado de fora. </span> <span style="font-style: italic;">Como qualquer rapaz de bem que testemunhasse tal incidente, ele a seguiu para ver se estava tudo certo ou se ela precisava de alguma ajuda. A moça estava curvada e ofegante escorada em um Chevelle 69 azul. Calmamente Steve se aproximou para tentar "consola-la", mas ao colocar delicadamente a mão em seu ombro ao invéz de um rosto abatido, coberto de lágrimas, ele se deparou com feições semi humanas, com dentes afiados e nítidos traços lupinos. Nesse mesmo instante a porta da casa noturna se abriu e os três rapazes correram em sua direção. Antes de qualquer reação por parte do sul americano de assimilar a situação como um todo, a garota cravou seus enormes dentes em seu braço arrancando-lhe sangue e enquanto ainda gritava de dor, ela inexplicavelmente tomou a forma de um lobo de pelo acinzentado e correu noite a dentro desaparecendo na escuridão estrada .</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Foi exatamente ai que o pesadelo começou.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Completamente atônito pelo ocorrido ao invés de ajuda-lo, os três rapazes rapidamente o nocautearam e o colocaram no porta-malas do Chevelle azul. Steve acordou amarrado pelos pés e pulsos próximo a uma cabana de madeira longe da estrada, no meio do deserto do Novo México. Por dois intermináveis dias de sofrimento ele permaneceu assim; sob um sol escaldante, sendo alvo de diversas formas de tortura, sem dormir ou se alimentar direito. Segundo seus sequestradores, ele era especial e aquilo serviria para que ele fosse purificado e se tornasse mais forte quando chegasse a hora certa. Afirmavam que estavam forjando um "verdadeiro guerreiro com um coração completamente submisso" e para isso seu espírito deveria ser totalmente quebrado para que um dia enfim ele pudesse como eles, odiar plenamente e combater aqueles que assassinaram o "pai" deles.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Naquela situação inesperada, cativo, completamente alheio aos devaneios daqueles "lunaticos psicopatas", a única pessoa que ele realmente conseguia odiar era ele mesmo, por ser tão idiota ao ponto de se deixar cair num truque tão banal como aquele, com uma simples garota de isca. Ele poderia estar em uma cama confortável e na melhor das hipóteses, com duas belas mulheres lhe fazendo companhia, se tivesse dado mais credito aos "eventos cliches" que culminam em tragédias que os filmes de terror psicológico cansam de repetir nos cinemas. Por ingenuidade, cobiça, desejo e boas doses de burrice ao seu ponto de vista, ao contrario de todas suas piores expectativas ele estava ali, no limite de sua capacidade física e mental, longe de casa e sem perspectiva alguma de um final feliz.<br /><br />No anoitecer do seu segundo dia de cativeiro ele já temia pelo pior, pois além do papo maluco de se tornar um "campeão de uma causa" e das agressões físicas constantes, eles não comentaram sequer uma vez sobre um possível resgate, acordo ou coisa parecida. Steve já perdia as esperanças de se ver novamente livre para contemplar o sol nascer de novo, temendo estar metido em algo pior do que um simples sequestro como; contrabando de orgãos, sacrifício humano para alguma seita satânica ou fetiche de um bando assassinos sádicos. Só lhe restava lamentar e torcer por um milagre. Ele implorou para que o libertassem e pediu ajuda a cada rosto diferente que via diante de si naquele local, mais era tudo em vão. Steve chegou a ver mais três homens além daqueles que o haviam capturado mas não havia visto ou ouvido a voz da desgraçada que o havia enganado. Dentro dele ardia o desejo de olhar mais uma vez nos olhos daquela vagabunda e perguntar "por que eu?" ou "o que eu fiz para merecer isso?".</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Um fio de esperança nasceu com o barulho de tiros no meio da madrugada, eles pareciam se desentender entre si, "a turma" parecia estar completa desta vez, haviam uns dez ou mais brigando entre si. Homens se transformando em lobos, lobos se transformando em monstros, Parecia um sonho surreal sob a luz da meia lua. O terror tomou conta de Steve, seu coração palpitou e ele desesperadamente desejou ter forças para fugir dali. Como uma ordem seu corpo correspondeu e começou a queimar como um vulcão prestes a explodir. Ele sentiu seus ossos estralarem enquanto cresciam junto com sua carne, moldando um ser híbrido de proporções assustadoras. Ao tentar gritar para aliviar a dor que sentia, ao invés de sua voz, ele ouviu um longo e aterrorizador uivo ecoar de sua garganta. Sua visão começou a ficar turva e avermelhada, enquanto ele ia além de seus limites forçando as cordas que o prendiam e que pouco a pouco foram se afrouxando, até por fim </span><span style="font-style: italic;">arrebentarem trazendo a ele novamente a plena </span><span style="font-style: italic;">sensação de estar livre. Um dos sequestradores ainda tentou detê-lo, gritava desesperadamente algo como: "Ele foi manchado pelo toque de Luna", mais já era tarde demais, nada poderia para-lo naquela condição, um gigantesco lobisomem de pelos negros explodindo em fúria, querendo como nunca retribuir os maus tratos, tendo agora como combustível de sua vingança o ódio mais puro e primitivo que se pode imaginar dentro de uma só pessoa...</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">O que veio após isso ainda é incerto em sua memória, ele acordou a quilômetros dali num hotel simples de beira de estrada. Steve ainda sentia o gosto ferroso de sangue nos lábios, enquanto tentava racionalizar tudo que havia acontecido naqueles últimos dias. O fato de estar em uma cama macia com lençóis limpos, sugeria que tudo havia sido um sonho, mas mesmo que ele quisesse não poderia se enganar a tal ponto. "Ela me infectou, passou isso pra mim, me tornou um monstro!"; era a frase que martelava constantemente seus pensamentos. Como um choque, esses devaneios o despertaram trazendo-o de volta para realidade perturbadora que ele vivia e em um só salto ele levantou-se da cama. Vestiu a muda de roupas convenientemente deixada na beirada da cama e desceu rapidamente as escadas. Foi imediatamente para local de reservas próximo a entrada e meio ofegante pela pressa, perguntou sobre sua chegada no hotel. Segundo o dono do estabelecimento, um senhor velho, com traços indígenas, ele havia sido trazido por um caminhoneiro, que disse o ter encontrado na beira da estrada e pediu para que eles não permitissem sua saída antes dele voltar com mantimentos e um médico. Tudo pareceu ficar claro depois daquela frase e ao reparar que haviam pelo menos três homens mal encarados indo em direção a porta e que certamente ajudariam o velho a cumprir sua promessa. Talvez ele estivesse ficando paranóico, mas nada tirava a certeza de Steve, de que o velho tinha algo haver com a maldita garota. O instinto de auto preservação o dominou e de uma forma como nunca antes havia fingido, ele não se permitiu transparecer o nervosismo que o tomava pela situação, nem pelo fato de que o pesadelo parecia estar londe de acabar. Ele agradeceu os cuidados, elogiou o hotel e os serviços e com um sorriso falso, mas convincente, subiu novamente rumo ao seu quarto. Steve não queria ferir ninguém inocente, então ao cruzar com a camareira em seu andar, pediu algumas cobertas e colchas a mais, alegando estar febril. Logo que ela as entregou, o sul americano pois-se a amarra-las e desceu cuidadosamente pela janela, que não ficava muito longe do chão mas mesmo assim poderia machuca-lo na queda e a partir de então, começou sua fulga...</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Uma semana se passou desde então, Steve passou a caminhar sem deixar vestígios. Não procurou conhecidos, amigos ou parentes temendo que eles fossem envolvidos ou que através desse contato eles pudessem o encontrar mais facilmente. Tentou se precaver e se antecipar a cada passo de seus algozes, mas cada vez mais sentia próxima a presença deles em seu encalço. Ele já estava se conformando com o fato de estar adiando o inevitável, mas de uma coisa ele tinha certeza, quando finalmente o reencontro acontecesse, ele não se entregaria tão facilmente. </span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />O dia havia chegado e ali estavam eles, em papéis invertidos, frente a frente outra vez, diante daquela que segundo ele havia tornado sua vida um inferno. Um dia da caça, outro do caçador pensou ele, pois o destino agora o havia colocado em uma situação de aparente vantagem que nem no melhor dos seus sonhos ele poderia imaginar.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">- OUE VOCÊ QUER DE MIM? - gritou ele sentindo seu peito disparar numa avalanche de sentimentos controversos. Todo seu medo de voltar a ser fantoche na mão de um bando de sádicos gritava para que ele acabasse logo com aquilo, em contra partida, sua consciência advogava dezenas de razões para que ele não fizesse nada que pudesse vir a se arrepender depois. Ele só queria queria entender a razão de tudo aquilo, voltar a ter uma vida normal. Porque tinha de ser ele entre tantos rapazes naquela noite o infeliz escolhido pra ser amaldiçoado?. O silencio dela fingindo estar desacordada o transtornava ainda mais, por isso ele não hesitou em atirar mais uma vez entre suas costelas para que ela soubesse que ele não estava brincando...</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Apenas um sorriso saiu dos lábios dela depois de se contorcer e tossir sangue. Steve então resolveu mandar sua consciência pra "puta que o pariu" e engatilhou a arma para dar cabo da garota - "quem sabe assim eu não quebro a maldição junto" - concluiu ele já </span><span style="font-style: italic;">sem paciência alguma para joguinhos</span><span style="font-style: italic;"> e não tendo absolutamente nada a perder naquela situação. Ao fazer a simples menção de puxar o gatilho, o jovem sentiu seu tórax sendo perfurado pelo que pareciam ser quatro dardos tranquilizantes. </span><span style="font-style: italic;">Uma onda de raiva mesclada com decepção o inundou por ter se descuidado de sua retaguarda</span><span style="font-style: italic;">. Ele já devia ter imaginado. Silenciosamente um outro comparsa da maldita havia entrado pela porta dos fundos e o pegara de surpresa. Sem saída, o sul americano apelou para o ultimo recurso que tinha e começou a transformar-se no monstro que "ela o havia tornado" para enfrentar o atirador, mas antes de alcança-lo, do vão da janela, um terceiro aliado surgiu, um lobo enorme e escuro que saltou sobre suas costas o fazendo cair de bruços no chão.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">Novamente o barstow foi manchado de sangue. Dentes e garras afiados como facas, eram cravados em carne e ossos sem a menor misericórdia, enquanto eles rolavam pelo chão se engalfinhando violentamente. Steve lutou o quanto pode e não facilitou sequer um segundo, mas ele não estava na plenitude de suas condições devido ao combate anterior, onde deteve o pior da fúria de Klaus. Com o auxilio do atirador e da garota que levantou-se com dificuldade, os três enfim conseguiram imobiliza-lo por tempo o suficiente para que a droga fizesse efeito...</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Enquanto se debatia contra seus três algozes no final de suas forças, um último pensamento inconformado pela sua derrota ecoou no resto de consciência que lhe restava; Steve então sentiu suas forças se esvaírem aos poucos, seu corpo diminuia progressivamente e já não obedecia aos seus comandos. Uma sensação de relaxamento o envolveu profundamente até que enfim tudo escureceu...</span><br /><br /><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-weight: bold;">FIM DO PRÓLOGO</span><br /><br /><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><br /></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s1600-h/minipride.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s400/minipride.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135289044351860578" border="0" /></a></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Nota do Autor: </span></span><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >A visão de Steve, um rapaz normal que derrepente se viu imerso em um mundo de trevas que ele jamais imaginou existir, </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >seus conflitos internos e deduções alheias da "verdade que está la fora"</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" > são os temas principais desse último capítulo do prólogo de nossa campanha. Parece engraçado, mais é agora que realmente a aventura começa e que os mistérios finalmente serão revelados. A cortina de incertezas se cai e tudo enfim será desmistificado tanto para nossos heróis, como para vocês leitores que terão as respostas que tanto almejam sobre a sociedade dos lobisomens no novo World of Darkness 2.0,. Aguardem...<br /><br />Mas enquanto isso...<br /><br />Toda ação tem uma reação proporcional e inversa, assim como tudo tem um custo nessa vida. No ultimo post falamos sobre o kuruth uma fúria poderosa, selvagem e descontrolada que se apodera dos urathas em situações de estresse intenso. Agora falaremos sobre um ponto muito importante que muitas vezes reflete a consequência desse descontrole; a Harmonia:<br /><br />Lobisomens não são humanos. Apesar de terem sido criados com morais humanas, eles não acham certas éticas justificáveis. Por exemplo, mesmo antes da Primeira Mudança um lobisomem pode considerar que roubo não seja um pecado tão grave. Afinal, se o dono da propriedade não foi forte ou esperto o suficiente para protegê-la, porque então o lobisomem não deveria tomá-la? Lobisomens também formam laços muito próximos com amigos e família, protegendo-os como um lobo faria com sua matilha. O fato de que essa afeição não é sempre compartilhada – amigos e família não são lobisomens, e podem achar o jovem incoveniente e assustador – é uma fonte constante de angústia e frustração para esses filhotes.<br /><br />Depois da Primeira Mudança, um lobisomem subitamente começa a ver o mundo com outros olhos. Algumas vezes, a Mudança traz liberdade. Leis e moral humana não parecem mais apropriadas. Como podem as leis humanas de não assassinar uns aos outros se aplicar a criaturas aparentemente feitas para matar? Essa filosofia também é enganosa. Um lobisomem que sucumbe totalmente ao seu lado bestial perde a habilidade de dominá-lo. De modo a manter sua sanidade e ter alguma chance de ter preciosa paz de espírito, os Uratha devem trilhar um caminho entre animal e humano, entre espírito e carne, entre instinto e razão. Este é o caminho da Harmonia.<br /><br />O credo da Harmonia reforça a necessidade de obedecer às leis que os lobisomens estabeleceram, de manter a Fúria sob controle até ela ser necessária, de honrar Luna e os totens (tanto da matilha quanto da tribo) e de sempre proteger sua matilha. Os lobisomens que seguem estas leis talvez jamais encontrem paz completa, pois ela é para sempre negada aos Renegados, mas são eles que chegam mais próximo dela. Aqueles que buscam Harmonia se aproximam do equilíbrio entre suas naturezas duplas, aceitando seus instintos ferais sem perder sua razão humana. Aqueles que não buscam Harmonia são monstros, feras assassinas que contam apenas com seus poderes de transformação e Fúria. A trilha da Harmonia não é uma de paz ou tranqüilidade – é uma trilha de aceitação do lobo e do humano, do espírito e da besta.<br /><br />Assim como mortais, quando um personagem lobisomem realiza um ato de grau menor ou igual ao equivalente a sua Harmonia, o jogador rola certo número de dados para verificar se o personagem obtém sucesso e se arrepende de seu ato ou se ele fracassa e não sente nada além de satisfação pelo seu feito. Caso o personagem perca um ponto de Harmonia, ele deve rolar seu novo valor neste atributo para verificar se ele recebe uma degeneração, descritas no livro World of Darkness.<br /><br />Harmonia - Transgressão - Dados rolados<br /><br />10 - Não mudar de forma por mais de três dias 5 DADOS<br />9 - Não obter sua própria comida, </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >carregar arma de prata</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" > 5 DADOS<br />8 - Desrespeitar espírito ou Uratha de posto superior 4 DADOS<br />7 - Passar muito tempo sozinho; </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >violar voto tribal </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >4 DADOS<br />6 - Acasalar com outro Uratha; </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >matar humano ou lobo sem motivo </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >3 DADOS<br />5 - Matar um lobisomem no calor da batalha 3 DADOS<br />4 - Revelar a existência dos Uratha para um humano; </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >usar arma de prata contra outro lobisomem </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >3 DADOS<br />3 - Torturar inimigos ou presas;</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" > matar um lobisomem</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" > de forma intencional ou premeditadamente 2 DADOS<br />2 - Caçar humanos ou lobos como alimento 2 DADOS<br />1 - Trair matilha; </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >caçar lobisomens como alimento </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >2 DADOS<br /><br /><br /><br /></span></span></div></div>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-72250360936178879652007-11-22T18:00:00.011-02:002009-04-02T10:01:38.583-03:00Prólogo - Parte 09<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 09/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9NSxq8EM5i_uC8ck-xa_3BIoc-AoXTPV_pnD6sNPVJKw59uqxSu34vR5k23fUi26bvv-7xRijbGizIbpdKmSqbT0VUWfk0kSWq64hqpeGcQetytfHqAF9e_1YDnoIz7ox2x3IEg/s1600-h/wolfbb2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9NSxq8EM5i_uC8ck-xa_3BIoc-AoXTPV_pnD6sNPVJKw59uqxSu34vR5k23fUi26bvv-7xRijbGizIbpdKmSqbT0VUWfk0kSWq64hqpeGcQetytfHqAF9e_1YDnoIz7ox2x3IEg/s400/wolfbb2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288527640100933714" /></a><br /><span style="font-style: italic;"><br />Steve apenas subiu a sua guarda cruzando os braços sobre a face e fechou os olhos quando sentiu a patada da fera vindo em sua direção. A força do golpe foi tão intensa, que o fez atravessar o salão e espatifar-se contra a parede de madeira rústica próxima a entrada que quase cedeu. Acima dele, os vidros da velha janela não resistiram ao impacto e se partiram em pedaços afiadíssimos, que caíram sobre ele como uma chuva de verão, castigando ainda mais o seu corpo. </span><span style="font-style: italic;">Sua massa muscular estava quase ao normal, os tufos de pelo negros caiam ao chão. Sua pele formigava e seus braços latejavam intensamente de dor. O cansasso definitivamente parecia o estar vencendo e tudo o que ele mais queria naquele exato momento era fechar os olhos por alguns instantes para se recompor. Ali caido, debaixo da janela escancarada, envolto aos cacos manchados com seu sangue, sob a luz da lua minguante, ele observou seu fim se aproximando cada vez mais rápido no forma mais bestial que a morte poderia assumir...<br /><br />Mas ao invés de um coro de anjos o recebendo no além vida, naquele momento crucial, ele ouviu uma violenta rajada de tiros vindos do vão que um dia foi a janela sobre sua cabeça. Sem acreditar naquele golpe de sorte do destino, Steve apenas observou o monstruoso Klaus estremecer e recuar com a saraivada de balas que massacravam seu peito. O barulho ensurdecedor da cadencia das balas, unida ao uivo agonizante do nórdico transmutado, eram </span><span style="font-style: italic;">capazes de corromper a sanidade de uma pessoa menos crédula nos mistérios que margeiam nossa vã consciência. Como um choque aquilo o despertou e aproveitando-se da incrível oportunidade, o sul americano reuniu todas as forças que lhe restavam e começou a se arrastar o mais rápido que pode para longe do fogo cruzado e do raio de visão da fera, que enfim, curvava-se e dava os primeiros sinais de que iria tombar...<br /><br />Klaus estava completamente ensangüentado, sua massa corpórea diminuía de forma acelerada, mas antes que Steve pudesse vê-lo cair de uma vez por todas, o que parecia ser uma bomba de fumaça estilhaçou os vidros da janela a sua direita. Por instinto ele virou-se para correr para o outro lado, mas outras duas passaram pelo vão. Ao explodirem, ele tentou cobrir o rosto com as mãos, mas não demorou para que a sensação de ardência queimasse sua laringe e fizesse com que seus olhos começassem a lacrimejar. Coberto por suor e sangue, </span><span style="font-style: italic;">o efeito urticante do gás propagou-se ainda mais rapidamente em sua pele. </span><span style="font-style: italic;">E acredite ou não, esses ainda eram os menores de seus problemas naquele momento...</span><span style="font-style: italic;"><br /><br />Com Klaus efetivamente derrotado, inconsciente e ao seu entender morto na forma humana, Steve enfim teve mais do que alguns segundos para poder racionalizar a situação atual e traçar o seu destino a partir de então. Pela ação organizada e prudente que acontecia, provavelmente a policia estava la fora preparada para o que "desse e viesse". O que o fez pensar que ao entrarem por aquela porta e vissem aquela cena clássica de filmes de terror adolescente, repleta de destruição, sangue, com direito a mortos, feridos e sobreviventes se contradizendo, com apenas <span style="font-weight: bold;">ele</span></span><span style="font-style: italic;"> (um imigrante latino lavado em sangue de um cadáver em potencial) </span><span style="font-style: italic;">consciente...<br /><br />D</span><span style="font-style: italic;">e "salvo pelo gongo" ele passaria a: "completamente fudido e condenado a cadeira elétrica por massacre", após alegar veementemente diante de um júri popular, que ele havia se transformado num "monstro hollywodiano" de quase três metros de altura apenas em "legitima defesa", e que na verdade, havia sido o "outro lobisomem" o autor de todo aquele estrago. Realmente seria uma historia "bem" interessante </span><span style="font-style: italic;">de se ouvir </span><span style="font-style: italic;">e por que não dizer; "inovadora" de se afirmar sob juramento. Dava até para imaginar as transmissões ao vivo em todo mundo, seguidas de documentários sobre sua vida e depois de alguns anos, um filme com elenco "b" estreando nos cinemas a "versão sem cortes da verdade que não foi contada"<br /><br />Ele tinha de qualquer forma que dar um jeito de sair </span><span style="font-style: italic;">dali </span><span style="font-style: italic;">...<br /><br />Ciente disso, Steve prendeu a respiração e seguiu em direção a saída lateral, mas ao se aproximar, ouviu </span><span style="font-style: italic;">de relance os comandos do </span><span style="font-style: italic;">que parecia ser o </span><span style="font-style: italic;">líder da ação de contenção do local e os passos de pelo menos um de seus subordinados o seguindo. Então de forma furtiva, ele seguiu para a </span><span style="font-style: italic;">porta dos fundos, e quando estava a metros da liberdade, notou um importante detalhe; que agora de volta a sua forma humana suas roupas haviam se desfeito em trapos e ele se encontrava completamente nú. Como um estrangeiro sem roupas, no meio do deserto, próximo ao local de um incidente de grandes proporções não é lá uma coisa muito discreta, </span><span style="font-style: italic;">ele recuperou o fôlego numa brecha de ar próxima a porta e </span><span style="font-style: italic;">de forma silenciosa, agachado-se para não ser notado, seguiu tenso na direção em que lembrava estar o corpo inconsciente do rapaz careca que ele havia derrubado a pouco. Tateando freneticamente o chão ele o encontrou e sem pensar duas vezes roubou-lhe as calças...<br /><br />Enquanto rapidamente as vestia, embora o efeito do gás prejudicasse sua visão e olfato, de modo geral, ele percebeu que progressivamente seu corpo reagia e aos poucos o seu vigor natural ia voltando ao normal. A dor em suas costas causada pelo impacto havia diminuindo significativamente e já não mais o debilitava, seus músculos estavam novamente correspondendo como se estivessem descansados e foi só então que ele percebeu abismado os ferimentos profundos em seu peito se fechando e cicatrizando lentamente. Ele com certeza se estareceu, mas em meio a todos esses acontecimentos estranhos que estavam ocorrendo recentemente em sua vida, a primeira coisa que realmente veio a sua cabeça era; que nem tudo poderia estar perdido e Klaus pudesse estar vivo. Afinal, ambos aparentemente </span><span style="font-style: italic;">tinham as mesmas habilidades</span><span style="font-style: italic;"> e o que quer que estivesse acontecendo com ele, o nórdico poderia ter mais respostas. Talvez ele soubesse como ou o porque dele estar passando por tudo aquilo ou quem sabe, se haveria alguma forma de controlar ou até mesmo se livrar daquela maldição...<br /><br />Ele teve segundos para decidir o que fazer em seu plano desesperado de fuga e</span><span style="font-style: italic;"> o medo de não mais poder fazer ao escandinavo as perguntas </span><span style="font-style: italic;">cuja as respostas tanto o atormentavam, o fizeram agir pelo impulso. Steve correu e ainda pensando em se arrepender por aquilo, pegou a espingarda caída atrás do balcão e em seguida colocou Ollendorf em suas costas. Apartir dali ele já não sabia qual das situações era a pior; a de fugir aos tiros da policia local ou ter que carregar um homem de mais de cento e vinte quilos completamente nú em seus ombros...<br /><br /><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s1600-h/minipride.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s400/minipride.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135289044351860578" border="0" /></a></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Nota do Autor: </span></span><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Muitas pessoas me perguntaram durante as semanas que separavam os posts 8 e 9, porque Steve voltou a forma humana no meio do combate e Klaus não? A resposta é simples. O instinto de auto preservação de Steve o fez mudar para a forma Gauru, a qual o</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" > uratha entra numa espécie de frenesi mais <span style="font-weight: bold;">controlado</span>, nela ele <span style="font-weight: bold;">precisa</span> atacar algo ou alguém todas as rodadas ou no mínimo se mover na direção de um alvo visível. Manter essa forma exige muito esforço e o número de turnos </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >por cena nessa forma </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >é determinado pela soma do vigor básico com o instinto primitivo do personagem. Passado esse período, ele volta a forma natural ou ainda pode tentar fazer um teste para ir para alguma das outras três formas intermediárias. Já Klaus além de estar na forma híbrida como Steve, ele estava possuído pelo que chamamos na primeira língua de Kuruth...</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Death Rage, Fúria de Morte, Fúria Mortal ou Kuruth, independente de como é chamado esse é o estado mais selvagem que um lobisomem pode alcançar. Nele são ignorados perigos mortais, em prol de nada além do que a satisfação de rasgar sua presa com suas garras e dentes. O uratha nesse estado assume imediatamente a forma gauru e permanece nela com direito a todos os seus benefícios até que a fúria cesse ou seja interrompida. Nela o lobisomem é compelido a destruir todos os alvos dentro de seu raio de visão, sejam aliados, inimigos ou infortunados transeuntes que estiverem na cena...</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Para os uratha, </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >a palavra Death Rage tem muitos significados, o lembrete da morte do Pai Lobo é um deles. Mas, o verdadeiro significado dela é que sucumbir ao Kuruth é uma perda da consciência semelhante à morte, onde o uratha corteja a possibilidade de morrer como uma fera enlouquecida ao invés de um guerreiro ou caçador. Por isso cada Fúria Mortal de um lobisomem pode ser sua última.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Os seguintes estímulos disparam o estado de Kuruth durante um combate:</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- Sofrer dano agravado.</span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- Acertar ou ser atingido por um sucesso decisivo (5 sucessos num ataque).</span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- Sofrer dano em um dos últimos três pontos de Health.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Mas o real horror do Kuruth é que ele pode surgir mesmo fora de situações de vida-ou-morte. Por exemplo, uma Uratha pode ser tomada pela Fúria-morte ao descobrir que seu namorado estava lhe traindo, somente para recuperar os sentidos coberta em seu sangue e vísceras. A lista seguinte detalha potenciais estímulos que podem sujeitar um lobisomem ao Kuruth quando não estiver em combate. O jogador deve fazer um teste para resistir quando receber uma provocação equivalente ao seu valor de Harmonia ou maior:</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- 9 a 10 Pessoa amada/membro da matilha morto ou ferido gravemente; traído por pessoa amada/membro da matilha.</span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- 7 e 8 Traído por aliado</span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- 5 e 6 Ferido fora de combate com dano agravado; pessoa amada/membro da matilha em perigo</span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >- 3 e 4 Humilhado ou ferido</span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >-1 e 2 Insultado; autoridade desafiada</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Sistema: O jogador deve rolar Resolve+Composture para evitar entrar em Kuruth a cada provocação recebida, seja em situação social ou de combate. A falha faz o lobisomem assumir automaticamente a forma gauru. O limite usual de rodadas para esta forma é ignorado. Dura até o fim da cena (sendo abatido ou abatendo a todos rs!). Qualquer uso de dons, disciplinas de vampiros ou magia de magos afim de influenciar o alvo do kuruth sofrem uma penalidade de -3 nas jogadas de dado.</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><br /></span></div>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-85914961879692558192007-11-21T17:58:00.006-02:002009-01-06T09:59:05.039-02:00Prólogo - Parte 08<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:115%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" >Once Upon a Time in New Mexico 08/10</span></span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQIE6wsRLQaNcGkpHdneQJGQR6oWWRKRYSoOkDHOO-oI87TkXo5WKaFt8PHMVAY5Ene5Q3NZpyZWG8wlVhSTvxn-1kLyLcfmiMGqwx-x5CYgF-NPZYAepanypK0kZXwy93BosO4g/s1600-h/gaurub.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQIE6wsRLQaNcGkpHdneQJGQR6oWWRKRYSoOkDHOO-oI87TkXo5WKaFt8PHMVAY5Ene5Q3NZpyZWG8wlVhSTvxn-1kLyLcfmiMGqwx-x5CYgF-NPZYAepanypK0kZXwy93BosO4g/s400/gaurub.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281583309875355954" border="0" /></a><br /><br /><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal">O uivo gutural da criatura gigantesca de pelos dourados ecoou pelo recinto e fez as paredes estremecerem, assim como a carne e os ossos de seu algoz... Completamente perplexo, o jovem de cabelos loiros na altura dos ombros permanecia estático, tentando a todo custo racionalizar aquilo que estava diante de seus olhos... Mas uma nuvem de inconformidade e negação o cercava tentando manter sua sanidade – Isso só pode ser um pesadelo – pensava repetitivamente desejando acordar de qualquer forma em algum lugar seguro...<br /><br />Mais para a sua infelicidade aquilo tudo era real...<br /><br />Mesmo que ambos estivessem em condições iguais nesse combate, muito provavelmente ele não levaria vantagem contra o norueguês de mais de dois metros de altura e cerca de cento e vinte quilos... Klaus estava praticamente inconsciente quando foi covardemente atacado. Seria praticamente suicídio para o jovem enfrentar o escandinavo em um mano a mano. O que dirá então, fazer frente a ele naquela situação? Em uma forma monstruosa, com quase o dobro de seu tamanho, o triplo de sua massa muscular, em um estado de irracionalidade e completo descontrole?<o:p><br /></o:p></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal">Antes mesmo que o pobre coitado respondesse ao instinto de virar-se e correr, as enormes garras da criatura já deslizavam sobre seu peito, rasgando sua pele, víceras e partindo os seus ossos. Ele cogitou gritar de dor ou desespero, mas antes que qualquer som fosse emitido, os fortes e afiados dentes da enorme criatura já estavam cravados por toda extensão de seu pescoço e com um só movimento sua cabeça já havia sido decapitada...<o:p><br /></o:p></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal">As ultimas imagens gravadas em sua retina, foram o mundo girando por alguns momentos após o impacto com solo ate por fim parar poéticamente em uma posição inclinada, mas privilegiada, de onde ele pode observar o resto de seu corpo ser completamente destruído pela enorme criatura...<br /></p><div style="text-align: center;">.....<o:p></o:p><br /><o:p></o:p></div><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal">Enquanto isso, Steve já havia neutralizado um jovem armado, mas agora tinha sobre si a atenção de dois de seus amigos. O jovem em uma forma com traços humanos, mas com muito mais músculos e pelos do que o normal, estudou rapidamente seus oponentes enquanto caminhavam em sua direção. O maior deles, o ruivo com a cadeira na mão. Caminhava despreocupado, sorridente, completamente confiante, como se estivesse caminhando em direção ao mar em um dia ensolarado. Steve observou também os movimentos do outro, o careca que segurava um pedaço considerável de madeira que outrora fora um taco de bilhar, eles eram lentos e atrapalhados, além de que embora suas feições não demonstrassem, ele estava impregnado com um inconfundível aroma de hesitação e medo...<o:p><br /></o:p></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal">Então ao contrario das expectativas de ambos, Steve lançou-se logo sobre o maior deles e antes que este pudesse reagir, suas garras enterraram-se na parte superior do rosto do brutamontes, arrancando aquele sorriso imbecil e parte do seu supercílio em uma fração de segundos. Imediatamente o grandalhão largou a cadeira e levou as mãos em direção aos olhos, onde rapidamente o sangue impregnava sua vista. De forma veloz Steve aproveitou-se da situação e acertou-o novamente com um forte gancho de direita, deixando-o completamente atordoado. A luta parecia que iria ter um desfecho tão simples quanto a primeira, mais havia mais um. O latino mais sentiu do que viu o pedaço de madeira partir-se em suas costas e mesmo assim por pouco ele não conseguiu desviar de seu trajeto. Apenas um ranger de dentes para conter um grito precedeu a retaliação.<br /></p><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal">Steve virou-se emendando um forte soco cruzado que fez o rapaz cuspir um de seus incisivos. Furioso ele continuou a massacrar o rosto de seu algoz até ele perder a consciência, mas antes que pudesse desferir o golpe derradeiro, algo lacerou profundamente seu ombro. Um urro de dor explodiu de seus lábios, imediatamente sua cabeça começou a girar e sua visão enevoou devido à fúria. Ele precisou de toda sua força de vontade para não perder o controle antes de virar-se para poder encarar seu novo adversário. Ele era imenso, monstruoso, um verdadeiro demônio sob a pele de um lobo de pelos dourados manchados de sangue. Ele tinha exatamente a forma que aterrorizava seus pensamentos desde que perdeu o controle e se transformou pela primeira vez há alguns dias atrás. Desde o dia em que começou a ser perseguido... Seja lá o que for que tinha acontecido com ele naquela noite, evidentemente também havia acabado de acontecer com o rapaz que cantava no palco do barstow.<o:p><br /></o:p></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;">Mal houve tempo para ele poder organizar seus pensamentos antes que a criatura bestial saltasse sobre ele; babando, com a enorme mandíbula escancarada, ainda com pedaços de carne e sangue entre os dentes. Seus olhos brilhavam num tom rubro aterrorizador.<br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;">Aquele provavelmente seria o fim de qualquer ser humano e em seu lugar muitos estariam se esvaindo em medo e desespero, mas Steve não era humano e naquele momento estranhamente ao inves de pavor, ele estava tomado pela mais pura e primitiva fúria... Uma nuvem vermelha enfim cobriu por completo seus olhos obscurecendo sua visão, um som como de muitos tambores ecoaram em seu crânio, enquanto trovões pareciam estourar em seus ouvidos, No âmago de seu ser ele pode sentir um poder palpável florescer dentro de si quebrando as últimas travas que o mantinham sob controle. Uma onda de fogo e fúria fluiu pelo seu corpo, subiu pela sua garganta e explodiu na forma de um uivo primal e aterrorizador...<br /><br />Steve, agora transformado na forma de um enorme "homem-lobo" de pelos negros , recebeu seu adversário com as garras em riste, não hesitando em crava-las em seu peito. O monstruoso Klaus ganiu de forma aguda pela dor, mas isso não deteve sua trajetória. Pelo impacto de seu pesado corpo, ambos foram arremessados e rolaram por metros, destruindo mesas e cadeiras pelo caminho. Por vários minutos que pareceram uma eternidade, assim eles permaneceram. Mordendo e se arranhando, rugindo e se degladiando de forma mortal, eles travavam ali no velho "barstow" uma batalha apocalíptica a qual parecia que não iria mais ter fim.<br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;">O gigante escandinavo possuído pela fúria mortal parecia ser imbatível... a cada ferimento suas forças pareciam se renovar em sua dor. Já Steve pelo contrario, a medida em que o tempo passava, estava ficando cada vez mais cansado. Seus ferimentos e músculos doiam e seus movimentos já não eram mais tão rápidos. Naquele momento ele lutava única e exclusivamente por sua vida, até o mais tolo sabia que tombar ali, diante daquela fera, significaria nunca mais ver o sol nascer de novo. O lobo sombrio também tinha a consciência de que se perecesse, todos aqueles feridos inconscientes seriam os próximos a sentir a ira da criatura descontrolada...</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;">Mas por mais que Steve se esforçasse heroicamente além de seus limites e Klaus estivesse extremamente ferido, naquele estado ele dava a impressão de ser praticamente invencível. A cada momento a coisa parecia ir de mal a pior para o sul americano que já não conseguia acompanhar seus movimentos. E quando ele mesmo achava que nada mais poderia dar errado, a nuvem rubra que cobria seus olhos aos poucos começou a se dissipar. Lentamente ele sentiu seu corpo diminuir e aquela força mística </span><span style="font-style: italic;">esvaecer</span><span style="font-style: italic;"> - Nãaao, nãaao !!! Agora nãaaao!!! - desesperou-se o jovem latino ao sentir "a magia" o abandonar enquanto a criatura de quase três metros "programada" para destruir uivou alto e longamente como se sentisse a vitória se aproximar antes de correr impiedosamente em sua direção...<br /></span></p><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" ><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><br /></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s1600-h/minipride.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s400/minipride.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135289044351860578" border="0" /></a></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Nota do Autor: </span></span><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Inaugurei essa sessão de notas no post 7 falando um pouco sobre os cinco augúrios dos urathas, os quais determinam sua função dentro de uma matilha. Neste post, vou dar uma descriçao básica sobre dois poderes excepcionais dos lobisomens: A incrivel capacidade de regeneraçao e a possibilidade de mudar de formas que um uratha pode assumir com suas vantagens e regras para o sistema atual.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Regeneração</span><br /><br /></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Uma pessoa normal recupera um ponto de dano concussivo a cada 15 minutos; um ponto de dano letal a cada dois dias e um ponto de dano agravado por semana. </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Lobisomens regeneram um ponto de dano concussivo por rodada; um ponto de dano letal a cada 15 minutos. Ao custo de um ponto de essência, um Uratha pode regenerar um ponto de dano letal como ação reflexiva.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">As 5 Formas<br /><br />Hishu</span> - humano normal. A regeneração extraordinaria dos urathas também ocorre nesta forma. Atributos não se alteram.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Dalu</span> - quase humano. Esta é a forma que Steve assume espontaneamente nos posts em que a briga começa no bar para auxiliar Constância. Ela acrescenta 15 centímetros e aproximadamente 15 a 30 kilos de massa muscular à forma hishu. Inflige delírio -4.<br /><br />Força+1 Vigor+1 Manipulação-1 tamanho+1 </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Vitalidade</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >+2 Deslocamento+1 +2 em testes de percepção.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Gauru</span> - homem lobo. A forma clássica do lobisomem. Esta forma representa a fúria que reside em cada Uratha. </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Ela proporciona entre 60 a 90 centímetros de aumento na altura e 100 a 125 kilos de massa muscular. Nesta forma o lobisomem entra numa espécie de frenesi controlado, onde precisa atacar algo ou alguém todas as rodadas ou então se mover na direção de um alvo visível. Devido ao esforço necessário para manter o controle, um lobisomem <span style="font-weight: bold;">não pode se manter na forma gauru indefinidamente, e sim por Stamina(básica)+Primal Urge rodadas por cena</span>. Causa dano letal e recebe um dado extra de dano por garra e dois dados no dano da mordida. +3 nos testes de percepção. Ignora penalidades por ferimentos e não precisa fazer testes para evitar inconsciência.<br /><br /></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >-2 para resistir Fúria-Morte. Falha automaticamente em todos os testes sociais e mentais. Força+3 Destreza+1 Vigor+2 Tamanho+2 Vitalidade+4 iniciativa+1 Deslocamento+4 Armadura 1 corpo-a-corpo/1 balística.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Urshul</span> - quase lobo. Forma de um lobo atroz entre um a 1,5 metros de altura e 1,80 a 2,40 metros de comprimento. Combina capacidade de combate com maior controle emocional do que a forma gauru. Inflige delírio-2.<br /><br /></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Força</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >+2 </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Destreza</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >+2 </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Vigor</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >+2 Manipulação-3 Tamanho+1 </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Vitalidade</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >+3 iniciativa+2 </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Deslocamento</span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >+7 +3 em testes de percepção e pode causar dano letal com garras e mordida.</span></span><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Urhan</span> - lobo. Os sentidos do Uratha ficam super aguçados nessa forma.<br /><br />Destreza+2 Vigor+1 Tamanho-1 Iniciativa+2 Deslocamento+5 +4 em testes de percepção e pode causar dano letal com mordida.</span></span><br /><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Sistema:</span> Mudar de forma exige um teste de Stamina (básica, sem moficações)+Survival+Primal Urge durante uma rodada. </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Ao custo de um ponto de essência, não é necessário teste e a transformação é reflexiva. Retornar à forma hishu também é uma ação reflexiva e não acarreta nenhum custo.<br /><br /><br /></span></span><o:p></o:p></div>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-4015015555582590702007-03-23T17:33:00.006-03:002009-01-06T17:44:18.565-02:00Prólogo - Parte 07<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:115%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" >Once Upon a Time in New Mexico 07/10</span></span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFsDG28GDD0quICDGUxnLMVr3sb2GTUnRRGclB4HpbZTuxlyeEQq-USXWG2DDLAamLxclK8zuGvyk1KMb_ky8ncWiZbkHAhyvuMsgvJn4QIHDqrAZE3jsBfq7i9F6yLZ3yv1XZIw/s1600-h/night2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFsDG28GDD0quICDGUxnLMVr3sb2GTUnRRGclB4HpbZTuxlyeEQq-USXWG2DDLAamLxclK8zuGvyk1KMb_ky8ncWiZbkHAhyvuMsgvJn4QIHDqrAZE3jsBfq7i9F6yLZ3yv1XZIw/s400/night2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288266459954717954" /></a><br /><br /><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Nunca em sua vida, Klaus havia vivenciado uma experiência tão extraordinária como a daquela noite. Foi como se o mundo real por alguns instantes abaixasse as suas cortinas, para finalmente revelar a ele, uma realidade que até então lhe fora negada.<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Sobre o palco, enquanto cantava “In The Claws of Fenrir”, a mágica que ele sempre descrevia em suas canções, realmente aconteceu, por mais incrível que isso possa parecer. Era mais do que uma alucinação, mais do que o delírio de um homem longe de estar sóbrio...<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Embora assustado, ele pode ver nitidamente a profusão dos feixes de luz, que se dispersavam em todos os sentidos a partir dos grandes holofotes, mais não de uma forma normal, de uma maneira vibrante, palpável e literalmente viva. Ao se chocarem em qualquer pessoa ou objeto, elas produziam uma pequena e magnífica explosão de cores, que gerava dezenas de pontos de luz, de diversas cores e intensidades, que passavam a cair, rodopiar e piscar como se tivessem vida própria. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Debaixo das mesas ou em qualquer lugar com pouca iluminação, as sombras pareciam se mover de maneira sorrateira. Mostravam-se nitidamente incomodadas por aquela claridade. Elas permaneciam a espreita, esperando o momento certo para atacar os pequenos pontos iluminados, e a medida em que estes se aproximavam do chão, eram devorados de forma feroz e impiedosa por uma imensa onda de escuridão...<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><span style="font-family:Verdana;">Klaus ainda confuso pelo que acabara de testemunhar, esfregava seus olhos persistentemente tentando de alguma forma despertar desse “pesadelo surreal”...<br /></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><span style="font-family:Verdana;">Mas ao abri-los novamente, ainda podia observar t<strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >udo ao seu redor intensamente vivo e pulsante. </span></strong></span><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Desde os cabos de energia, que contraiam e expandiam como se estivessem bombeando “litros e litros” de eletricidade para alimentar toda aquela “cadeia faminta” de eletroeletrônicos, até o som das notas musicais que saiam dos enormes amplificadores, as quais inacreditavelmente, pareciam tomar por alguns instantes, a forma material do que era cantado por ele, como um verdadeiro teatro em terceira dimensão que passeava por cima da multidão enlouquecida e segundos depois, desapareciam diante de seus olhos, da mesma forma misteriosa da qual tiveram origem. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Embora o contexto e a lógica gritassem em sua mente, que tudo aquilo não passava do efeito colateral de muita bebida misturada a provavelmente algum alucinógeno que poderiam ter dado a ele antes da apresentação, algo dentro dele contradizia veementemente e de uma forma inexplicável, lhe dava a certeza absoluta de que tudo aquilo era real. Era um sentimento que de uma forma amena o confortava naquela situação, mas mesmo assim, não era o suficiente para deixa-lo menos estarrecido com tudo aquilo. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >O ápice das visões aconteceu quando a plenos pulmões ele repetiu o refrão de sua canção. A caixa acústica estremeceu intensamente, como se um terremoto estivesse ali preso e quisesse sair lá de dentro. Klaus recuou temeroso e aos poucos viu surgir dela um gigantesco lobo, de olhos vermelhos intensos, que pareciam arder num mar de fúria descontrolada. Por mais que ele se negasse a acreditar, parecia ser o próprio lobo Fenris das antigas lendas, se materializando bem ali na sua frente. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Ollendorf o encarou num misto de curiosidade e espanto e esperou que assim como os outros elementos da canção ele também desaparecesse, mas diferentemente deles, Fenris não se dispersou. Pelo contrário, a cada instante ele parecia maior e cada vez mais real, graças ao coro de vozes entoando seu nome nos versos, os quais pareciam ir aos poucos o idealizando, como se o imaginário coletivo estivesse se unindo para conceber a fera mítica... <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Aos poucos o monstro asgardiano ficou maior, mais forte, denso. Sobre as quatro patas, o grande lobo cinza encarava-o com seus enormes olhos cor de sangue, enquanto rosnava mostrando seus afiadíssimos dentes e de pelos eriçados, caminhava assustadoramente em sua direção. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Klaus boquiaberto pode apenas observar passivo a fera se aproximar ate a distancia de um salto e então quando nada mais parecia o abalar, o lobo o surpreendeu vociferando numa língua perdida, a qual ele jamais ouviu, mas ao mesmo tempo lhe soou nitidamente familiar:<br /><br />- ASSASSINO!!! Dizia ele furioso, ASSASSINO!!! Repetiu mais uma vez<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Antes mesmo que Klaus pudesse compreender completamente o significado de suas palavras, o monstro saltou impiedosamente em sua direção para um ataque o qual não haveria escapatória...<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Ao invés do impacto dos dentes afiados, um</span></strong> <span style="font-family:Verdana;">assalto de odores, sons, texturas, sabores e cores o invadiu e fez com que Klaus perdesse o controle de suas funções motoras. Uma enorme vertigem o atingiu. Ele não conseguiu se conter e seu corpo em resposta a tantos estímulos o fez regurgitar. Ainda zonzo, ele sentiu seu pés sendo puxados e suas costas batendo contra o chão. Desesperado e sem saber exatamente o que o havia derrubado, instintivamente ele tentou se defender com o suporte do microfone que ainda estava em suas mãos. Com o que restava se suas forças ele lançou o objeto de metal na direção em que parecia ter sido atacado e então desabou aparentemente inconsiente no chão. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Suas vistas escureceram, um silêncio sepulcral envolveu o ambiente. Ele parecia não estar mais ali...<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">“Flashes” de momentos passados, acontecimentos ainda não vividos por ele, elementos de um possível futuro, tudo muito rápido, tudo muito intenso, tudo ao mesmo tempo. Aos poucos, a velocidade das informações foram diminuindo e ele se viu de uma forma onírica em um terreno árido onde haviam cinco lobos cercando outros dois, como em um sonho confuso e desconexo, os céus rapidamente escureceram e uma terrível tempestade fez com que a matilha fugisse, deixando apenas os outros dois lobos que estavam sob ataque, sozinhos a mercê do grande tornado que se anunciava no horizonte. Quando tudo parecia perdido para ambos, uma ínfima faísca surgiu da terra e gerou uma pequena chama que não se extinguia, mesmo em meio aos fortes ventos, ela começou a crescer, até se transformar numa imensa bola de fogo que ascendeu aos céus tomando o lugar do sol, dispensando as trevas e iluminando todo o ambiente...<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Então novamente tudo escureceu e somente então sua consciência pareceu ir retornando aos pouco. Gritos e sons de uma imensa confusão invadiram seus ouvidos, a medida em que o tempo passava, eles iam se tornando mais nítidos. Vidros se quebrando, homens discutindo, um verdadeiro caos parecia ter dominado o ambiente. Seria essa outra alucinação? <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Infelizmente não...</span><span style="font-family:Verdana;"><br /></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Ollendorf</span><span style="font-family:Verdana;"> tremia, seu coração estava acelerado e sua mente completamente desorientada por um medo primitivo. Ele não sabia o que estava acontecendo naquele lugar e muito menos o que havia acontecido com ele àquela noite.</span><span style="font-family:Verdana;"> Vagarosamente abriu os olhos, sua visão ainda estava turva. Pânico, correria e violência... foi isso que ele testemunhou. Imediatamente ele tentou se levantar, mas não conseguiu. Temendo por sua segurança, arrastou-se buscando encontrar abrigo além da cortina negra atrás do palco. No caminho, ele pode observar o lobo etéreo que o havia atacado se desmaterializando, uma vez que a multidão havia se dispersado, ele pareceu ter perdido suas forças e desapareceu como os outros elementos da música.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Oculto aos olhos da multidão atrás do pano escuro, ele pode enfim se deitar esperando a tontura passar. Permaneceu ali, encolhido e inerte por alguns minutos como se estivesse em estado de choque.</span></span><span style="font-style: italic;"> </span><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" >Mas sua paz momentânea foi violada abruptamente ao</span><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;" > sentir um duro chute em suas costelas, que o arremessou contra a aparelhagem de som nos bastidores. Exaurido, conseguiu apenas levantar seu rosto para ver o que havia lhe acertado e viu um jovem desconhecido de cabelos loiros, na altura dos ombros, encarando-o de cima com um considerável pedaço de madeira na mão direita. Ele quis chorar mais as lagrimas não vinham, ele sabia o que iria acontecer, mais não entendia o porque. Antes de golpeá-lo violentamente nas costas, o rapaz disse algo como – “Você vai ter o que merece bacalhau!” - Com todas as forças ele tentou gritar por ajuda, mais apenas um som parecido com um uivo agudo ecoou de sua garganta. Encurralado ele arrastou-se mais uma vez buscando escapar do rapaz, mais com outro chute ele foi contido, desabando perto da pequena janela onde a luz da lua minguante iluminava o ambiente. Seu algoz ainda gargalhava alto por ouvi-lo “imitar um cachorro” enquanto apanhava. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Nunca em sua vida ele se sentiu tão confuso, impotente, humilhado, revoltado e anormalmente furioso. Esse misto de emoções foi o agente catalisador da coisa mais inacreditável que aconteceria naquela noite. Seu corpo começou a arder como se ele tivesse sido lançado dentro de um vulcão. Seu coração passou a martelar seu peito como se fosse explodir. Era como se um mar revolto de fogo o lavasse por dentro, desde o âmago do seu ser, ate seus poros. Ele sentia essa fúria explosiva fluindo e o dominando. Sua pele rasgou de dentro para fora, seus dentes cresceram e se amontoaram em sua enorme mandíbula, as suas roupas ficaram pequenas para seus músculos e se partiram como se fossem de papel. Completamente transformado numa criatura gigantesca e horrenda, híbrida entre homem e lobo, Ollendorf emitiu um som gutural o qual aquele jovem jamais havia imaginado ouvir em toda sua vida, nem mesmo na melhor e na mais ameaçadora produção holywoodiana, com a ajuda de toda tecnologia de efeitos especiais que o dinheiro pode comprar, seria possível<span style="font-size:100%;"> </span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" >reproduzir o terror de se ver e ouvir aquilo...<br /><br />Provavelmente ninguém no mundo seria capaz de descrever o pavor deste rapaz ao presenciar a transformação de um verdadeiro lobisomem; os ossos estralando, a carne sendo moldada, </span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" >a massa muscular triplicando e sendo coberta por uma densa pelagem</span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" >, os espasmos de dor, as garras rasgando o chão produzindo um agudo e estridente barulho no chão, arrepiando todos os seus pelos e por fim, </span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" >o desesperador som do poderoso </span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" >uivo em um tom inumano, soando quase como um trovão ecoando em seus ouvidos...</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" >Absolutamente ninguém no mundo conseguia expressar em mais do que duas palavras o pavor de estar frente a frente com</span><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" > uma verdadeira maquina de guerra viva e sem controle, urrando, babando e vindo em sua direção...<br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" >E o pior de tudo...<br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" >É praticamente impossível imaginar a decepcionante sensação de que de todas as pessoas do mundo e </span><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" >de todos os lugares que você poderia estar numa bela noite de sexta-feira</span><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" >, justamente você, é o cara que esta ali, no lugar errado e na hora errada e foi o grande azarado que cruzou o caminho da "morte sobre quatro patas num dia ruim" e ela esta ali, diante dos seus olhos, prontinha para cumprir em você o seu papel nessa terra:<br /><br />Destruir...<br /><br /><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s1600-h/minipride.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNbQa6tOVH0dRFWbZMAXWZJCcXIs0pzay1SioXPCsRj4Z5s0L1Mg6N18MkuQyGz7cHqz5-zzEURVE5S9mjDKuYzKMSleWUzTcB6OR8qdSWNc_qK5LyzikyLLyvqwdMdBNTBawK2Q/s400/minipride.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135289044351860578" border="0" /></a></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;">Nota do Autor: </span></span><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Bem pessoal, a partir deste post, vou inaugurar essa sessão de notas que trará informações explicativas referentes ao jogo o qual este conto é baseado</span><span style="color: rgb(163, 147, 132);font-family:Verdana;font-size:100%;" >. Muitos leitores não conhecem a fundo o novo cenário, sistema de regras e alguns termos do jogo. Por isso, </span><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);">sempre que se fizer necessário, colocarei junto ao texto uma nota como esta contendo informaçoes tanto para auxilia-los a entender melhor a historia, como para aqueles que esperam ansiosamente pelo lançamento do livro em portugues possam ir conhecendo passo a passo um pouco mais do werewolf the forsaken...</span><br /><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">A nota de hoje vem revisar o post acima a fim de desmistifica-lo em termos mais simples. Klaus, assim como Steve, é um </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);">Uratha</span><span style="color: rgb(163, 147, 132);">, que na primeira língua seria o proporcional para nos a: lobisomens.<br /><br />Cada uratha possui um auspício, que representa uma das cinco faces do Lobo Primordial e indicará sua responsabilidade e dever dentro de sua matilha. Sempre que um uratha sofre a "Primeira Mudança" esse momento não fica marcado apenas pelo momento de transformação terrível, mas pelo breve momento de comunhão com o coro lunar relacionado à atual fase da lua que é indicado pela lua a qual ele sofreu a sua primeira transformação. Assim como as faces do Pai Lobo e as fases da lua eles são cinco:</span><br /><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">Rahu - O Guerreiro - Lua Cheia (Full Moon)</span><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">Cahalith - O Visionário - Lua Minguante (Gibbous Moon)</span><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">Elodoth - O Juiz do Equilíbrio - Meia Lua (Quarter Moon)</span><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">Ithaeur - O Mestre Espiritual - Lua Crescente (Crescent Moon)</span><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">Irraka - O Caçador - Lua Nova (New Moon)</span><br /><br /><span style="color: rgb(163, 147, 132);">Como pode ser visto, Klaus é um Cahalith, pois teve sua primeira transformação sob a benção da lua minguante e o presente de Luna para todos desse auspício é a visão. A primeira mudança para aqueles nascidos sob essa lua geralmente envolve visões do imaterial - parte alucinação, parte visões do mundo espiritual (Como aconteceu com Øllendorf nesse Capítulo). Estas visões podem ser demais para um jovem e inexperiente uratha devido aos muitos estimulos sensoriais que elas infligem, sendo mais do que suficientes para fazê-los perder o controle. Por conta disso, frequentemente, o Cahalith é levado a uivar alta e longamente numa tentativa de expressar seu medo, confusão e alegria - o que pode fazer outros lobisomens encontrá-lo mais facilmente.<br /><br />Renome primário do Auspício - Glória.<br /><br />Especialidades - Oficios, Expressão e Persuasão.<br /><br />Lista de Dons - Lua Minguante, Inspiração e Conhecimento.<br /><br />Habilidade de Auspício - Sonhos Proféticos. Uma vez por estória, o jogador pode pedir ao narrador uma profecia em seu sono, fornecendo assim alguma pista sobre o que desafiará o Cahalith. O sonho é sempre velado em simbolismo, o qual o jogador deve interpretar. O Cahalith também recebe um dado em qualquer teste de Occult feito para interpretar profecias ou resolver enigmas.<br /><br />Quota - "Ergam suas vozes! Rasguem o céu! Uivem sua raiva, seu desespero, sua dor e sua esperança! Cantem para Mãe Luna, e que ela saiba que seus filhos ainda são fortes!"</span></span></span><span style="font-style: italic;font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(163, 147, 132);"><br /></span></span></span></p></div>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-43287426006926388022007-02-13T12:56:00.005-02:002009-01-06T17:44:36.631-02:00Prólogo - Parte 06<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:115%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" >Once Upon a Time in New Mexico 06/10</span></span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg00R1bN9mTWAFDECUJWep4PRXf8Anx1zo3oSI0QLxV3nv4cYvKJBAXqXXEbm__EDUY5-RE9vHP9UMK27IVxZATL8f2a2WVzsm4903PxoSKxqRiMw22e8HAxjzotX50Z8wz-Elo0w/s1600-h/fightb.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg00R1bN9mTWAFDECUJWep4PRXf8Anx1zo3oSI0QLxV3nv4cYvKJBAXqXXEbm__EDUY5-RE9vHP9UMK27IVxZATL8f2a2WVzsm4903PxoSKxqRiMw22e8HAxjzotX50Z8wz-Elo0w/s400/fightb.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288268080479134354" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >A velha mexicana ainda tentava entender o motivo do jovem Steve ter saído tão abruptamente de seu estabelecimento, mesmo depois dela ter despendido tanta atenção a ele. Por um instante achou ter dito algo que poderia tê-lo ofendido ou irritado, mais o que poderia ter sido?<br /><br />Seus pensamentos estavam distantes, tentavam achar uma razão para aquela atitude, ate que ao passar despretensiosamente seus olhos pelo salão, percebeu os primeiros sinais de problemas a sua volta. <o:p></o:p></span></strong></div><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >No palco, o vocalista da banda contratada parecia de longe não estar nos seus melhores dias, a impressão que se tinha, era que estava completamente drogado. Havia uma mistura de pavor e descrença nos olhos do rapaz, como se estivesse tendo uma alucinação. “Mama” imediatamente pensou em fazer algo, estava preocupada não só com a saúde do rapaz, mas com a integridade de seu patrimônio. Ela sabia muito bem do que clientes bêbados e insatisfeitos eram capazes, então mais do que depressa, levantou-se decidida a interromper a apresentação.</span></strong></p><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" > Mas infelizmente tudo aconteceu muito rápido. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Quase que em câmera lenta, ela observou os movimentos do cantor tornarem-se desequilibrados, suas pernas pareciam não o obedecer mais, até que escorado no suporte do microfone, regurgitou na platéia. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Foi o suficiente para transformar aquele salão num verdadeiro campo de guerra. Em questão de segundos, a confusão tinha tomado proporções catastróficas. Mesas e cadeiras de mais de cinqüenta anos, conservadas por ela como relíquias, transformavam-se em armas nas mãos de homens e mulheres mais exaltados. Copos, garrafas e vidraças, estraçalhavam-se em todas as direções e aos poucos, o desespero passou a dominar Constancia. Tudo que lhe havia restado de valor nesta vida, estava dentro daquele bar. Suas recordações, seu passado, sua historia. Tudo estava sendo destruído diante dos seus olhos. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Sem controlar as lágrimas e com um imenso nó na garganta, ela partiu disposta a acabar de uma vez por todas com aquela situação. Correu o máximo que pode na direção do balcão, tentando alcançar desesperadamente a espingarda na parede. A distância de pouco mais de quatro metros que a separava da arma, pareceram mais de quarenta quilômetros, enquanto ela se esquivava dos focos de briga em seu caminho e dos escombros que cruzavam pelo salão. Ao se aproximar, mais do que depressa, passou por debaixo do biombo, e seguiu direto pelo estreito corredor, até chegar debaixo do exato lugar onde a espingarda estava. Ou melhor, deveria estar. Sem acreditar nos seus olhos, ela observava a parede vazia, apenas com o suporte onde a arma repousava. Seu coração bateu mais forte, por alguns instantes faltou-lhe o ar. Com uma mão sobre seu peito e a outra apoiada no balcão, ela tentou não deixar a situação dominá-la. Respirou fundo algumas vezes, tentando espantar o pânico e passou a procurar o destino de seu rifle de caça.<span style=""> </span><o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Violência, sangue e destruição. Era tudo o que ela via por onde quer que passasse os olhos. Embora o tumulto fosse grande, não demorou para que ela o encontrasse. Avistou a poucos metros dela, também do lado de dentro do balcão. Estava em posse de um jovem muito alto, branco, com os cabelos castanhos e arrepiados. O destino da bala parecia certo, a cabeça do vocalista da banda. Antes que o pior acontecesse e sem pensar nas conseqüências, Constancia se atirou contra o jovem, quando este engatilhou a espingarda e fez menção em apertar o gatilho.<br /><br />O estrondo do tiro soou como um toque de recolher. Tomadas pelo pânico, dezenas de pessoas correram em direção a saída. Rapidamente uma multidão se formou em torno da porta, onde todos digladiavam entre si buscando passar para o lado de fora o mais rápido o quanto fosse possível. Ninguém parou para observar de quem veio ou para onde foi o disparo. O instinto de sobrevivência falou mais alto e no ápice do desespero, janelas eram destruídas e usadas como rota de fuga para os mais apavorados.<br /><br />O jovem atirador irritou-se por ter sido interrompido pela velha, que com todas as forças ainda lutava para tirar a arma de suas mãos. Sem o mínimo de piedade, ele acertou uma violenta cabeçada no rosto de Constancia, que instantaneamente amoleceu e apenas viu o cabo da espingarda vindo em direção a sua cabeça antes de tudo escurecer...<br /><br />Novamente ele empulhou a arma apontando na direção de Klaus, que assustado - e aparentemente alheio a tudo que acontecia a sua volta - se arrastava tentando se esconder atrás do pano preto improvisado no palco, onde ele tinha começado sua apresentação. Com o vocalista na mira e indefeso, ele somente exitou apertar o gatilho, quando viu mais três de seus amigos se aproximando do cantor. Munidos de garrafas e pedaços de madeira, eles finalmente tinham se desvencilhado da multidão, para “dar aquele maldito drogado europeu o que ele merecia”. Eram quatro contra um. A situação parecia obvia.<br /></span></strong></p><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Klaus estava ferrado... <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Mas nenhum de seus algozes contava com o rapaz alto, de traços latinos, que havia permanecido mesmo quando a lógica sugeria uma atitude menos heróica em prol de sua própria segurança. Ele presenciou toda brutalidade e falta de respeito para com a dona do bar. Embora ele a conhecesse há poucos minutos, ela havia deixado bem claro o que aquele estabelecimento significava em sua vida. Não foram muitas as palavras, mais foram suficientes para que ele pudesse perceber, que o que estava sendo destruído e espalhado pelo chão, era muito mais do que madeira ou vidro, eram vestígios de uma vida inteira... <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Preciosas lembranças...<br /><br />Sem elas perdemos nosso rumo, nos esquecemos </span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >quem </span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >realmente somos e de onde viemos</span></strong> .Assim como a velha senhora e seu "saloon", as lembranças eram as únicas coisas que ainda restavam na vida de Steve. Eram elas que o definiam como pessoa e mantinham suas forças para continar em frente.<br /></p><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ></span></strong><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Assistir uma mulher tão boa como Constancia perder tudo isso de uma forma tão brutal e inconseqüente, fez com que uma enorme </span></strong><strong></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >chama se acendesse em seu peito. Ela rapidamente se alastrou e passou a queimar e arder cada vez mais forte clamando por justiça. Para o azar do rapaz armado e seus companheiros, Steve estava ali e estava furioso...<br /><br />Ele lutou bravamente contra a nuvem rubra de fúria que tentou cobrir seus sentidos, resistiu como um herói contra a compulsão selvagem de retribuir em dobro toda crueldade despendida contra aquela senhora indefesa. Ele até hoje não sabe muito bem o que realmente aconteceu da primeira vez em que se deixou levar por seja lá o que fosse esse “impulso”, mas ele ainda carrega dentro de si a dor das conseqüências daquele dia. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">Mas hoje era diferente, </span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">essa “força” era necessária</span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;"> e ele mais do que em qualquer outra situação "a desejava". </span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;"><br /></span></span></strong></p><p style="text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">Naquele noite, sua maldição se tornaria seu poder. </span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">Ele não poderia ficar passivo diante daquela situação. Algo dentro dele o impelia a fazer o que era certo, mas ao mesmo tempo, ele </span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">não </span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">desejava perder o controle novamente. Consciente disso, concentrou-se tentando evitar que a raiva atrapalhasse seu raciocínio. Permitiu que aquela chama que ardia em seu peito, se alastrasse por cada parte do seu ser. Então subitamente, suas roupas passaram a ficar apertadas em seu corpo a medida em que ele começou a crescer. Seus músculos tornaram-se rígidos e definidos, seus braços estavam cobertos por longos e esparsos pelos negross e seus olhos agora tinham um tom azul muito claro, próximo ao branco. Sem sombra de duvida, eles eram a parte mais assustadora da expressão bestial que ele acabara de assumir, com caninos afiados e leves traços lupinos...</span><br /></span></strong></p><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;"> Por alguns instantes, ele estudou seu alvo e antes que ele pudesse ser percebido, saltou surpreendentemente por cima do balcão e aterrissou fincando o que pareciam ser mais garras do que unhas, na nuca do jovem armado. Foi um golpe de sorte certeiro.</span></span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;"> Pego de surpresa, o atirador deixou que a arma caísse de suas mãos e em segundos, passou de caçador para caça.<br /><br />Estava completamente imobilizado, de bruços e a mercê de Steve, que o mantinha preso com os joelhos firmes em suas costas e pressionando seu rosto contra o chão. Ele pode ver os primeiros fios de sangue brotando e começando a escorrer pelo pescoço do rapaz, devido a força com que cravou suas garras na carne dele. Seu coração estava acelerado, suas veias latejavam de excitação ao sentir sua presa tão próxima, dominada e exalando o inconfundível aroma que o medo produz. Steve observou por alguns instantes o desespero do rapaz, que se debatia tentando alcançar a espingarda com uma das mãos. Então com o mesmo requinte de crueldade que ele viu Constancia ser atingida, ele retribuiu ao seu agressor. Sem ter uma noção exata de sua força, Steve largou o pescoço e segurou firme em um tufo de cabelo de sua vitima e mesmo não sendo sua intenção, suas unhas chegaram a perfurar o couro cabeludo do rapaz.</span> <o:p></o:p></span></strong></div><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"> </p><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><o:p></o:p></span></strong><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >O jovem imobilizado, pensou em gritar, pedir ajuda, mais seu orgulho não permitiu, achou realmente que daria conta do recado. Estava apenas ganhando tempo até alcançar a arma - “Esse cara não sabe com quem esta se metendo” – Repetia para si mesmo. De tanto tatear, realmente ele chegou a tocar com um dos dedos na espingarda, mais no exato momento em que sentiu o frio do aço, foi erguido pelos próprios cabelos e em seguida teve seu rosto lançado violentamente contra o piso. Uma, duas, três vezes. Sua consciência aos poucos foi se esvaindo, mas antes que perdesse completamente os sentidos, sentiu seu corpo sendo virado e enfim pode olhar nos olhos de seu oponente. Sua expressão imediatamente refletiu seu espanto. Ele era enorme, tinha traços caninos e terríveis olhos azuis, claros e frios como o gelo. Pensou estar louco, mais era exatamente isso que estava diante de seus olhos. Um desespero primordial e inexplicável passou a tomar conta de sua mente. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Sem ao menos ter tempo para que pudesse colocar em ordem seus pensamentos, “a criatura” agarrou-o como se fosse feito de papel pelo pescoço e com sua mão esquerda, ergueu-o acima da altura da cabeça com uma força sobrenatural. Assustado e sem forças para reagir, pode apenas observar de forma passiva ele lentamente erguer para trás o braço direito com o punho cerrado, ameaçando desferir o soco que certamente terminaria o confronto. Mas antes de nocauteá-lo, ele olhou em seus olhos de uma forma que congelou sua espinha e vociferou em um tom grave, quase que inumano – </span></strong><span style="font-family:Verdana;">"Isso é pela velha"</span><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" > – Apenas o medo que sentiu naquele momento o teria feito perder a consciência, mas para sua infelicidade isso não aconteceu. A última coisa que viu, foi a mão da fera, erguida e fechada de forma firme, vindo em direção de seu rosto estraçalhando seus dentes. Steve esperou pacientemente até que os olhos de seu inimigo se fechassem, para só então lançá-lo como um saco de estrume no chão. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Agora só faltavam três...<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style="font-style: italic;">Pisando sobre o corpo do atirador completamente inconsciente, ele caminhou em direção ao balcão e usando apenas uma das mãos, pulou para o outro lado. O pequeno ruído de vidro se estilhaçando na sola de seu coturno era só um aviso para os outros, que ele estava chegando para terminar de uma vez por todas aquilo que havia começado...</span> <o:p></o:p></span></strong></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-12141792700755116762007-02-09T18:27:00.008-02:002009-01-07T11:45:34.995-02:00Prólogo - Parte 05<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 05/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV8HmTDfMDV_g88Dp-0BhlJ-6HREyI-ggJVWOGqrNqnLOOb3X2_2sxWLS_zrnAYUdQ8QjeZoLE6RZSjOT7QN8UOg0EwDoPdP1nTkVABMdPMs3ff0KkmiryauFMqL2ITvFKVxEdXQ/s1600-h/morfb.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV8HmTDfMDV_g88Dp-0BhlJ-6HREyI-ggJVWOGqrNqnLOOb3X2_2sxWLS_zrnAYUdQ8QjeZoLE6RZSjOT7QN8UOg0EwDoPdP1nTkVABMdPMs3ff0KkmiryauFMqL2ITvFKVxEdXQ/s400/morfb.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288544068261778690" /></a><br /><p align="justify"> </p><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><br /><span style="font-style: italic;">Desde os seus quinze anos, quando penhorou o forno de microondas de sua avó para comprar sua primeira guitarra elétrica, Klaus </span></span></strong><span style="font-style: italic;">Ø</span><strong style="font-style: italic;"><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >llendorf persegue o sucesso. <o:p></o:p></span></strong></div><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Ele soube o que queria ser pelo resto de sua vida após ouvir "The Number of The Beast"</span></strong><span style="font-family:Verdana;">, interpretada pelo então estreante Bruce Dickinson, enquanto passava em frente a uma loja de discos que ficava a quarteirões de sua casa<strong><span style="font-family:Verdana;">.</span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" ><span style=""> </span>Foi paixão a primeira distorção. Na semana seguinte em que se recuperou da surra que levou de seu pai pela penhora, ele se juntou com amigos que como ele curtiam Iron Maiden, AC/DC, Black Sabbath, Judas Priest,</span></strong><span style="color: rgb(255, 255, 255);"><span style="color: rgb(204, 204, 204);"> </span></span>entre vários outros ícones do heavy metal e formou sua primeira banda, o Mjolnir.<strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" > Passaram-se longos oito anos desse dia até hoje, mais ele continua sendo o mesmo jovem rebelde e irresponsável. Apaixonado pelo som pesado, repleto de </span></strong>virtuosos solos<strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" > de guitarra e letras inspiradas nos velhos contos “asgardianos” contados pelo seu avô durante sua infância.<br /><br />Tocar fora da Noruega, sua terra natal, era não só para ele, mais como para todos de sua banda, a realização de um sonho. Finalmente estar ali, no berço do rock, dando o primeiro passo “rumo ao sucesso”, era o ápice de suas vidas e isso deveria ser comemorado. E foi, durante os últimos dez dias, todos eles regados a muita vodka, sexo, drogas e é claro, rock in roll. Quando perceberam que todas suas economias haviam desaparecido em pouco menos de duas semanas e só lhes restava o carro, o trailer onde dormiam e seus instrumentos. Klaus e seus amigos trataram de arrumar um lugar para tocar. Foi assim que eles chegaram ao El Rancho.<o:p></o:p></span></strong></span></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >A casa estava ficando cheia. Eric, Harald e Svein cuidavam do som, enquanto </span></strong>Ø<strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >llendorf se concentrava em seu ritual particular antes da apresentação. Normalmente além de exercícios específicos para suas cordas vocais ele sempre costumava tomar duas doses de vodka para “aquecê-las”. Hoje não poderia ser diferente, mas como </span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >tratava-se de</span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" > uma noite de "estréia", Klaus tomou três só para garantir.<br /><br />A medida em que o tempo foi passando, sua ansiedade também aumentava. Para piorar, alguma coisa parecia não estar dando certo com a parte elétrica na instalação dos instrumentos. Seus três amigos iam e vinham pelo salão, que cada vez mais estava ocupado por pessoas que aguardavam pelo inicio do show, com metros e mais metros de fios enrolados nos ombros, discutindo sobre tomadas, voltagens e extensões. Para aliviar a tensão, Klaus tomou algumas “margueritas” – contem duas ou três - e experimentou algumas doses da famosa tequila mexicana da “Mama Constancia”. Seis para ser exato. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >“Dádiva dos deuses”, ele dizia - Sempre funcionava. Não demorou para que a mistura fizesse efeito. Logo se sentiu mais leve, solto e desinibido. Desceu do palco, conversou com o publico, riu, flertou e bebeu mais um pouco de cerveja.<span style=""> </span><o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >“Pouco” é uma mera forma de expressão irônica...<o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Quando enfim tudo estava pronto e todos da banda demonstravam estar a postos, Klaus despediu-se de suas “novas amigas” e subiu cambaleante no palco. Concentrou-se apenas em ficar de pé por de trás do pano preto improvisado. Seus amigos de imediato perceberam o estado do vocalista e ao verem a multidão já impaciente, entraram numa onda conjunta de desespero. Afinal, eles precisavam muito daquele dinheiro. Svein mais do que depressa, se levantou da bateria e correu até uma das atendentes do bar implorando por um copo de “açúcar com um pouco de água”, torcendo com todas as forças para que a glicose cortasse um pouco o efeito do álcool. Harald foi para traz do pano e não pensou duas vezes quando derrubou sobre ele um balde de água e gelo. A todo momento ele o esbofeteava para que ele não caísse no sono. Eric parecia um corredor olímpico quando foi e voltou ao trailer para pegar outro molho de roupas para trocá-lo. Sem nem mesmo olhar para Klaus e Harald, ele jogou a trouxa de roupa na mão do baixista e imediatamente foi para frente do palco. As luzes se apagaram e o globo de prisma se acendeu. De improviso, começou um solo de guitarra para entreter o público e ganhar um pouco mais de tempo. Alguns minutos depois, Svein e Harald seguiram para seus postos, após se certificarem que o cantor dava sinais de melhora. <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Quando o baixo e a bateria entraram na melodia frenética da guitarra, o vapor de gelo seco subiu e enfim chegava a hora da deixa na musica para que Klaus entrasse, todos fecharam os olhos pedindo para tudo o que fosse mais sagrado, para que o vocalista fizesse sua parte. Então com um belo gutural ele levantou a platéia e fez com que seus companheiros enfim respirassem aliviados. O álcool pareceu não afetá-lo de inicio. Tudo saiu perfeito durante a interpretação de “Welcome to the Raganarok”, e nas duas músicas seguintes. Mas na canção numero quatro, “In The Claws of Fenrir”, Klaus deu os primeiros sinais de não estar passando bem. Seus olhos pareciam estar sem foco, seus movimentos começaram a se tornar mais lentos e sua voz na melodia tornou-se descompassada. Eric, experiente e habilidoso, colocou a guitarra em evidencia com mais um solo destruidor e o publico nem sequer percebeu a recaída do vocalista, pelo contrario, urravam e pulavam como nunca no salão. Svein sem perder o ritmo, observava impotente seu companheiro esfregando insistentemente as mãos nos olhos como se quisesse apagar a força alguma imagem gravada em sua retina. Parecia assustado, olhava para tudo a sua volta desordenadamente como se estivesse cercado de perigo.<br /></span></strong></p><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >Definitivamente havia algo de muito errado com ele... <o:p></o:p></span></strong></p><div style="text-align: justify; font-style: italic;"> </div><p style="text-align: justify; font-style: italic;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >E por mais que todos da banda alimentassem a esperança de que fosse apenas um mal estar passageiro, a tragédia anunciada não demorou para se concretizar. </span></strong>Ø<strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >llendorf foi subitamente tomado por uma forte sensação de vertigem, seguida de enjôo e dor intensa na região do abdômen. Cambaleou para a beira do palco com uma das mãos na cabeça e a outra se escorando no suporte do microfone, pedindo para que aquela sensação fosse embora logo. Tudo em sua volta parecia estar girando como um carrosel macabro, a dor era intensa. Sem forças para se conter, ele apenas sentiu o liquido quente queimando sua garganta a cima, terminando por regurgitar sobre uma telespectadora próxima a ele. Imediatamente um rapaz que parecia ser o namorado dela, agarrou firme nos seus tornozelos e o puxou, fazendo-o cair violentamente no chão. Com o tripé ainda firme em sua mão, Klaus afundou com toda sua força a base do suporte de metal na cara do seu agressor. O microfone voou e caiu próximo a caixa de som fazendo que uma microfonia aguda e intensa tomasse conta do recinto. Inerte no chão, o rapaz </span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" >sangrava muito, parecia estar completamente</span></strong><strong><span style="font-weight: normal;font-family:Verdana;" > desacordado, enquanto a garota toda suja, gritava a plenos pulmões para que ajudassem o seu namorado. O vocalista ainda zonzo, tentava se levantar, enquanto seus companheiros de banda já prevendo o pior, tratavam de pegar o que podiam entre seus instrumentos e acessórios de valor para sair logo dali.<span style=""> </span>Os amigos do jovem que estavam longe do palco, quando perceberam o que a havia acontecido, correram como uma manada de búfalos em direção a banda. No meio do caminho, esbarraram em um motoqueiro bêbado que não gostou nada do choque, um caminhoneiro também não muito sóbrio tomou as dores. Uma confusão de proporções gigantescas deu-se inicio.<o:p></o:p></span></strong></p> <p align="justify"><br /></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1170879634312397032007-02-07T18:20:00.006-02:002009-01-12T09:37:13.256-02:00Prólogo - Parte 04<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 04/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl2oVPaCoFqCpZS5h7gVusmJ4J83xOVKxAqhKEErdh5WxJH176bB4LcOAqKiSnDR8Bo2r3MqyxMKLklhGdLHH9FiLGGh9I-xEKl19cYE_duIzliGtMwsvkYLZSof-mIHYUU4EhbA/s1600-h/barfb2c.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl2oVPaCoFqCpZS5h7gVusmJ4J83xOVKxAqhKEErdh5WxJH176bB4LcOAqKiSnDR8Bo2r3MqyxMKLklhGdLHH9FiLGGh9I-xEKl19cYE_duIzliGtMwsvkYLZSof-mIHYUU4EhbA/s400/barfb2c.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290369213144751730" /></a><br /><p align="justify"><br /><span style="font-style: italic;">Mesmo sem o rapaz aparentemente demonstrar muito interesse, Constancia se pós a falar. “Steve” foi obrigado a ouvir contos que remontavam o passado distante da família Cortez, desde o velho Hernan, o patriarca da família, que a dezenas de anos atrás partia da “Ciudad de Obregon” em uma jornada em busca de sucesso e realização rumo a América Norte, passando pela construção do El Rancho, até a triste e derradeira história da perda de seu marido e filho. Ao terminar seu relato, o semblante do rapaz encontrava-se perdido e distante, assim como seus pensamentos.<br /><br />Desencadeadas pelas palavras da velha senhora, mil imagens atravessaram a mente de “Steve”. Mais uma vez ele presenciou um turbilhão de acontecimentos que pertenciam a um passado não muito distante, o qual ele exalstivamente tentava esquecer. Visões estas que o atormentavam todas as noites ao se deitar. Lembranças que o impeliam a partir a cada manhã para cada vez mais longe de pessoas que ele amava, de pessoas que faziam parte de sua vida e lhe faziam bem, longe de pessoas boas como Constancia. Uma fusão de sentimentos distintos como amor, saudade, culpa, raiva e arrependimento invadiram seu ser, mas antes que estes o dominassem ele os conteve. Então tão rápido quanto entrou neste universo de recordações, “Steve” despertou. Imediatamente se levantou olhando através da vidraça, como se estivesse procurando por alguém lá fora. Passou a mão sobre a alça de sua mochila e colocou-a sobre seu ombro esquerdo – “Obrigado pela hospitalidade” - disse o garoto olhando friamente para ela. Sem dar vazão a qualquer questionamento da senhora, virou-se seguindo em direção a saída. Constancia ficou atônita, sem entender absolutamente nada enquanto o viu passar pela porta.<br /><br />Ao sair do estabelecimento, a brisa da noite lhe trouxe um aroma familiar, mas de certa forma desconhecido. Um arrepio gelado percorreu toda a extensão de sua espinha. Atento, olhou ao seu redor, em meio a escuridão da estrada. Até onde seus olhos alcançavam, nada se movia. Mas uma vez tudo estava quieto. Quieto demais. E ele mais do que ninguém sabia que isso não era nada bom. Parado em frente a porta, cada vez mais forte ele sentia uma sensação claustrofóbica o envolvendo, como se estivesse sendo cercado. Era como se a própria escuridão o abraçasse. Por instinto, deu um passo para trás e tocou a maçaneta da porta. Sem tirar os olhos da estrada, voltou para dentro do “saloon”.<br /><br />Foi quando um agudíssimo e dolorido som estridente ecoou pelo bar. “Steve”, assim como todos ali dentro, levou imediatamente as mãos sobre os ouvidos, mas o timbre era tão alto, que seus tímpanos estavam o ponto de explodir. Os segundos que se passaram pareceram uma eternidade pela intensidade e dor causadas pelo barulho.<br /><br />Ainda desnorteado, o rapaz tentou se recompor o mais rápido que pode. Seus ouvidos ainda zumbiam quando em fim seus sentidos entraram em sintonia, a visão era de selvageria generalizada. Um verdadeiro campo de guerra estava formado, onde motoqueiros e caminhoneiros se degladiavam ferozmente, distribuindo socos e pontapés em quem aparecesse pela frente. Confuso, “Steve” levou alguns segundos para assimilar o que “raios” havia acontecido ali. </span><span style="font-style: italic;">Haviam copos e garrafas cruzando o salão, </span><span style="font-style: italic;">cadeiras e mesas sendo usadas como armas. O caos estava completamente formado e as coisas pareciam que não poderiam ficar piores...<br /><br />Até que se ouviu um tiro...</span></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1170866457989562822007-02-07T14:38:00.005-02:002009-01-07T12:02:52.590-02:00Prólogo - Parte 03<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 03/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1s7KJ9Ti9Bbe9MLzxMeZYpscAl9Y_mQwOBLXBFv7UKj3kq1_VVq0AtkkcU1dVxm6DmkmAcwHRpiH4lf2kbwVi0Jlu7TxhHXMYXggkhnjvF8GsQjfNWCgTST7wwqVBtqDeL2b0Sw/s1600-h/klaub.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1s7KJ9Ti9Bbe9MLzxMeZYpscAl9Y_mQwOBLXBFv7UKj3kq1_VVq0AtkkcU1dVxm6DmkmAcwHRpiH4lf2kbwVi0Jlu7TxhHXMYXggkhnjvF8GsQjfNWCgTST7wwqVBtqDeL2b0Sw/s400/klaub.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288551914878277874" /></a><br /><p align="justify"><br /><span style="font-style: italic;">A fim de desmistificar suas suspeitas, Constancia foi direto ao ponto. "O que faz tão longe de casa, estranho? - Indagou ela num castelhano perfeito -” E por quê você quer saber?”- respondeu o garoto na mesma língua, sem nem mesmo levantar os olhos”.<br /><br />Ela não conteve um leve sorriso. Sem querer ele havia dado mais uma pista, seu espanhol tinha um levíssimo sotaque e somente um país sul-americano não tem essa como sua língua corrente. Certa de suas conclusões, ela então respondeu - "Eu sou muito curiosa. E também gosto de conversar com brasileiros"- O rapaz grunhiu com indiferença e olhando com descaso irônico disse. "Lá de fora pensei que isso fosse um bar, não uma tenda cigana” Desta vez Constância gargalhou de verdade, ela adorava estar certa. Ela nunca errava. Talvez essa fosse a coisa que seu falecido marido Ruben mais odiava nela. Como se já não bastasse ser esperta ela tinha que ser exibida? Era o que ele sempre dizia...<br /><br />Aos poucos ela se recompôs, sem ainda saber porque, ela havia simpatizado com o rapaz. Talvez porque inconscientemente esse jeito fechado, rebelde, mas ao mesmo tempo "levemente inseguro" lembrasse muito seu finado filho. Ela fez um sinal para que uma de suas garçonetes trouxesse algo para beber e voltou a papear com o garoto, mas ele parecia sempre estar na defensiva, tenso e desconfortável, talvez pelo fato dela saber sua origem.<br /></span></p><p align="justify"><span style="font-style: italic;">Sem um pingo de timidez, a velha senhora tratou de quebrar rapidamente o clima desconfortavél com seu indiscutível carisma e jogo de cintura – “Desculpe, onde estão meus modos, eu me chamo Constancia Cortez, mas os pessoal aqui do El Rancho costuma me chamar de ”Mama” – era impossível não gostar da velha mexicana quando ela se dispunha a ser simpática, mas de alguma forma ele insistia em manter a conversa em um tom menos pessoal – “Steve” – ele respondeu estendendo a mão para um comprimento, ao mesmo tempo em que a garçonete colocava sobre a mesa uma imensa e cristalina caneca de cerveja, transpirando de tão gelada, coberta uma deliciosa espuma cremosa que ia além da borda. Depois de horas caminhando sob o sol quente, “Steve” olhou para aquilo como se fosse um verdadeiro oásis perdido – “Essa é por conta da casa. Claro, se realmente tiver idade pra beber isso “ disse a velha senhora. Sem pensar duas vezes o jovem tomou a caneca com a mão direita e virou lentamente o seu conteúdo refrescante aproveitando cada gole como se fosse o último.<br /><br />Mama tinha certeza que aquele não era o seu verdadeiro nome, mas resolveu entrar no jogo para ver se ganhava um pouco mais de sua confiança e quem sabe assim, descobrisse mais alguma coisa sobre ele. Ela sabia o quanto era difícil recomeçar uma nova vida num pais que costuma desprezar latino-americanos, ela viveu isso e sempre se dispos a ajudar aqueles que como ela, um dia sonhou em vencer na América, mas ela precisava se assegurar de que estaria ajudando realmente uma boa pessoa...<br /><br />Enquanto isso, ao fundo sobre o palco, os primeiros solos de guitarra já podiam ser ouvidos. As luzes foram se apagando enquanto um globo de prisma foi aceso. A platéia já impaciente urrou forte com o inicio do show. Palmas, assovios e gritos arrepiaram todos os integrantes da modesta banda. O baixo e a bateria entram na melodia poderosa do heavy metal, regido pela magia da guitarra, enquanto um pouco de água quente em um balde de gelo seco torna-se o ingrediente final para entrada de Klaus </span><span style="">Ø</span><span style="font-style: italic;">llendorf, o vocalisa da banda convidada dessa noite, o Valhalla. Por detrás de uma cortina preta improvisada, um grito gutural com um forte sotaque escandinavo diz<br /></span></p><p align="justify"><span style="font-style: italic;">– “Greetings América, Welcome to the Ragnarok”</span></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1170796748838767432007-02-06T16:37:00.009-02:002009-01-21T11:26:32.611-02:00Prólogo - Parte 02<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 02/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhId4Jl4eYP2OGVARlVib1Xo8FaQf5lMMu4YIvBBBftfICoUPPpxM7q2pk5mPblQ614wLCHbmRPe5NwavyQF7vLUgWv5ILDkS_CC2lOCzBQvrTnXzro2Vw0S-kRlvvLy1-nEsTB6Q/s1600-h/el2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhId4Jl4eYP2OGVARlVib1Xo8FaQf5lMMu4YIvBBBftfICoUPPpxM7q2pk5mPblQ614wLCHbmRPe5NwavyQF7vLUgWv5ILDkS_CC2lOCzBQvrTnXzro2Vw0S-kRlvvLy1-nEsTB6Q/s400/el2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288554155546397810" /></a><br /><p align="justify"><br /><span style="font-style: italic;">O cair da noite repentino, apanhou de surpresa o jovem alto e de constituição física considerável que caminhava solitário a beira da estrada. Seus passos eram largos e firmes, demonstrando ter pressa em chegar a seu destino. Ele trajava apenas um coturno, encoberto por uma surrada calça jeans azulada e uma camiseta regata simples, que provavelmente era da cor branca, antes de ficar completamente impregnada com a poeira da rodovia que margeava o deserto. Carregava consigo apenas uma mochila preta nas costas e um pequeno crucifixo prateado em seu pescoço.<br /><br />Estava arfante, sujo e suado. A impressão que se tinha, era que ele estava caminhando por horas e horas neste mesmo ritmo frenético. Mas por que alguém em sã consciência faria isso? Ainda mais em uma estrada deserta e escura? Ele parecia preocupado, mas mesmo assim contido. De tempos em tempos, virava-se para trás como se quisesse assegurar-se de que não estava sendo seguido.<br /><br />Estranhamente tudo estava parado e quieto. Quieto demais. Nem mesmo os sons dos animais noturnos se faziam presentes naquela noite de lua gibosa. Ele continuou caminhando e permaneceu assim por cerca de mais vinte minutos, até que finalmente parou. Pareceu sentir algo de diferente no ar. Mas ignorou momentaneamente seus sentidos ao avistar a uns setecentos metros a sua frente um ponto luminoso na escuridão. Correu aproximando-se para constatar se o brilho do neon vermelho e laranja com a inscrição "El Rancho Barstow" não era apenas efeito de sua permanecia sob o calor intenso do sol. Então, apertou ainda mais seus passos atraído pela luz forte do letreiro, mantendo sempre a mesma discrição e a atenção a tudo a sua volta, como se pudesse perceber algo no mais profundo da noite que mais ninguém conseguiria notar e cuidadosamente procurava não chamar sua atenção.<br /><br />Sem pensar duas vezes, o jovem empurrou as portas do "saloon" e entrou no estabelecimento sem olhar para trás. Instantaneamente sentiu o choque térmico do ar quente colidindo contra seu corpo castigado pelo frio do cair da noite no deserto. Rapidamende o cheiro de álcool e principalmente do tabaco, os quais ja sentia a uma certa distância, agora começavam a queimar em seus pulmões devido a intensidade e proximidade. O coro de vozes aplicadas nos mais distintos diálogos possíveis, vinham de todos os pontos do salão e embaralhavam seus pensamentos. Ele tentou cordenar a loucura que acometia seus sentidos a medida em que caminhava para uma mesa livre. O lugar era amplo e bem decorado, o bar estava movimentado. Uma banda parecia estar fazendo os últimos ajustes no som para começar sua apresentação. Cadeiras e mesas antigas estavam espalhadas pelo local. Tudo ali inclusive as luzes que iluminavam o recinto davam um ar retrogrado, rústico mais muito aconchegante.<br /><br />Por trás do grande balcão de madeira, uma mulher corpulenta e de olhar desconfiado encarava o recém chegado, enquanto limpava uma enorme caneca de cerveja com um pedaço de pano. Percebendo a insegurança da senhora, ele cumprimentou-a com um ligeiro movimento de cabeça e sentou-se, colocando sua mochila sobre a mesa. Constancia passou então a observá-lo. Seu cabelo era castanho, curto e tinha um estilo parecido com o militar. Sua pele era morena clara e parecia estar um pouco mais queimada no rosto, ombros e braços pela intensidade do sol da tarde. Ele era alto, certamente possuía mais de um metro e oitenta e tinha um físico atlético não muito freqüente para rapazes da sua idade. Seus olhos castanhos claros tinham um ar sério e ao mesmo tempo preocupado. Deveria ter aproximadamente dezenove anos, mais pelo seu porte e expressão, passaria facilmente por mais de vinte e um. Pela sua experiência de mais de quarenta anos de bar, certamente era mais um latino-americano ilegal encrencado com a imigração, isso na melhor das hipóteses...<br /><br />Imediatamente ela foi até a mesa, puxou uma cadeira em frente a ele e sentou-se.</span></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1170779670093167102007-02-06T14:32:00.006-02:002009-01-21T08:42:56.007-02:00Prólogo - Parte 01<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Once Upon a Time in New Mexico 01/10</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4WUJT813aiHsUkymaC2jAEDFLbeU5lmFAB7Jue2hYJR1iRHO2Rdq0AzIt14DnFeiSkp1wKqpSYYPFIPk_jlBPfFOhkDwMJkoaruYiLoX_2EjalC59nLb8t-Fur-YsWl2-XA78Yg/s1600-h/bar3.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4WUJT813aiHsUkymaC2jAEDFLbeU5lmFAB7Jue2hYJR1iRHO2Rdq0AzIt14DnFeiSkp1wKqpSYYPFIPk_jlBPfFOhkDwMJkoaruYiLoX_2EjalC59nLb8t-Fur-YsWl2-XA78Yg/s400/bar3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288565527091612178" border="0" /></a><br /><p align="justify"><br /><span style="font-style: italic;">Fevereiro de 1999 - Shiprock, extremo noroeste do estado do Novo México. Havia sido um dia quente, mas o sol se despedia aos poucos em um intenso crepúsculo alaranjado. A poeira revoava livremente sobre a pista vazia da "Highway Near". Parecia não haver mais nada ao alcance dos olhos além das rochas e do infindável terreno árido, a não ser pelo pequeno “barstow” na beira da estrada que se perdia no horizonte.<br /><br />Sua fachada rústica trazia a sensação aos visitantes de estar diante de um verdadeiro "Saloon" retirado de um filme de faroeste. O velho "Best Western El Rancho Bar" era o mesmo desde sua fundação há décadas. Uma pequena mão de tinta na fachada, algumas alterações na parte hidráulica, na fiação e um enorme letreiro com o nome do estabelecimento na beira da estrada, foram as únicas modificações relevantes feitas ali nos últimos 50 anos. O que não deixava o estabelecimento menos aconchegante por dentro, pelo contrário, embora sua mobília fosse antiga, ela permanecia intacta ao tempo, dando ao lugar um ar nostálgico singular. Isso somente foi possível graças ao imenso cuidado que a simpática senhora conhecida como Constancia, atual proprietária e neta herdeira do fundador do bar, tinha para com o “saloon”.<br /><br />Descendente de mexicanos, ela era uma mulher na casa dos sessenta anos, de traços marcantes, que revelavam a primeira vista seu sangue latino. Seus cabelos já foram de um tom negro intenso, mas hoje aqueles que ainda lhe restam, são cobertos pelos fios predominantemente brancos, </span><span style="font-style: italic;">seus olhos também eram escuros, grandes e serenos, </span><span style="font-style: italic;">seus braços e corpo eram fortes, típicos de quem já havia dado a luz. Era desconfiada, cautelosa e às vezes ríspida com estranhos, mais se tornava uma verdadeira mãe, para seus amigos e mais assíduos visitantes. Estava sempre alegre e disposta a conceder conselhos. Mulher vivida e experiente, Constancia não se deixava abater por qualquer coisa e não se permitia transparecer as outras pessoas, o imenso vazio que sentia, dia após dia naquele bar, sozinha na beira da estrada.<br /></span></p><p align="justify"><span style="font-style: italic;">Ela jamais reclamou abertamente dessa situação, talvez porque o “El Rancho” tenha sido tudo que a vida permitiu com que ela ficasse. Seu marido, um ex-caminhoneiro e seu filho de apenas dezenove anos, haviam morrido a alguns anos atrás em um acidente automobilístico. Sim, ela sentia a falta deles, todos os dias, do fundo de seu coração, mais Constancia permanecia ali, talvez esperando pelo milagre de vê-los entrar mais uma vez pela porta de madeira rústica, como sempre havia sido durante os trinta e oito anos de casada, como foi da primeira vez em que se conheceram, ali mesmo, entre uma parada ou outra das entregas daquele que seria seu marido, o bom e velho Ruben.<br /><br />Mas enganam-se os incautos que a julgam uma presa fáci, simplesmente por estar num lugar relativamente inóspito. A Sra. Cortez estava longe de ser uma mulher indefesa. A “colt” sob a caixa registradora e a espingarda na parede atrás do balcão eram apenas um aviso para aqueles que ainda não a conheciam. "Precaução nunca é pouca e acreditem, um pouco de pólvora nas nádegas de arruaceiros é um santo remédio", é o que ela sempre diz ao lustrar a bela espingarda de caça. Para os curiosos e engraçadinhos que a questionavam sobre </span><span style="font-style: italic;">a utilidade da enorme arma na parede, ou sobre </span><span style="font-style: italic;">a sua habilidade no manejo da mesma, ela costuma responder com um sorriso largo no rosto: – Filho, esta é uma calibre 20, compacta, leve e de rápido manejo, é ideal para tiros a curta distância sobre alvos em deslocamento consideravelmente veloz, como as codornas, caminhoneiros sem vergonha e curiosos que acham que vão criar confusão no meu bar e sair ilesos. Mais se você é somente um amante da caça como eu e quer pegar algo menor a curta distância, eu aconselharia ao invés desta, uma calibre 36, como a que eu escondo debaixo do meu avental - Então com um irônico piscar de um olho só, ela dá as costas e sai gargalhando por dentro, deixando a grande maioria de seus ouvintes atônitos ou no minimo mais precavidos...<br /><br />O dia ja estava no fim, e os últimos raios de luz desapareciam dando lugar as primeiras estrelas. Essa noite prometia ser mais movimentada do que os outros dias da semana. Como sempre, haviam alguns caminhoneiros descansando para prosseguir viagem, mais a maior parte dos clientes de hoje, viriam para um pequeno show que Constancia havia contratado. Tratava-se de uma pequena banda de heavy metal norueguesa chamada; Valhalla. Embora esse não fosse nem de longe seu estilo de música preferido, ela sabia de cor e salteado que esse era o tipo de “barulho” que atraia motoqueiros, jovens viajantes e potenciais consumidores de cerveja da região. Certamente essa ia ser uma noite daquelas.<br /><br />Nem mesmo ela imaginava o quanto...</span></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1153494288012170742006-07-21T12:04:00.008-03:002009-01-12T11:08:09.249-02:00Cenário de HG:LA<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Matilhas, Territórios, a Cidade e o Rebanho</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlVo8gltmEQHeXN7jlJPLaYNz2WpOaUCTGFQOraVLS4Ckgr1-fC3-4P2W1aQ0LWmwylX3TYJG8zYEJy2Z-eocWHIiHAkcxYT_Gy6Gb8g9Wh8Qe5DnDHX_Iu4M2BlecvS2he8bcvQ/s1600-h/15routb.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlVo8gltmEQHeXN7jlJPLaYNz2WpOaUCTGFQOraVLS4Ckgr1-fC3-4P2W1aQ0LWmwylX3TYJG8zYEJy2Z-eocWHIiHAkcxYT_Gy6Gb8g9Wh8Qe5DnDHX_Iu4M2BlecvS2he8bcvQ/s400/15routb.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290370460654581410" border="0" /></a><br /><p align="justify"><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(102, 204, 204);">MATILHAS</span><br /><br />Em Construção<br /><br /></p><p align="justify"><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(102, 204, 204);">TERRITÓRIOS</span><br /><br />Neste novo jogo sobre lobisomens da White Wolf, os Uratha são muito mais territorialistas e dedicam toda uma vida protengendo, fortalecendo e expandindo um territorio.<br /><br />Em "HG:LA" esse terreno foi meticulosamente escolhido e trabalhado por todos os envolvidos no projeto, para proporcionar a maior quantidade possivel opções e diversão, tanto para os jogadores, como para narradores, para que a matilha não ficasse eternamente ligada a um lugar monótono que com o tempo se tornasse estático e massante<br /><br />Foi ai que depois de muitas pesquisas e discussões, chegamos na verdadeira "Sin City" americana:Las Vegas. Situada no coração de um deserto do oeste americano, a cidade por si só é um cenario rico e cheio de possibilidades a serem exploradas, tanto na cidade, com todo seu glamour e agitação noturna, como na variedade de espiritos que infestam o mundo espiritual desde o deserto que a cerca, até os movimentadíssimos cassinos que a tornam tão conhecida.<br /><br />Seguem Abaixo os Territórios das Alcatéias de Vegas:<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Stormriders (Cavaleiros da Tempestade):</span> O raio de proteção do territorio da matilha atualmente, começa na avenida principal dos cassinos mais conhecida como "The Strip" e vai abrindo em forma "cônica" em sentido nordeste, pegando parte do bairro de Downtown, East Central, North Las Vegas, Nellis e segue deserto a dentro onde existe apenas a estrada interestadual conhecida como "Carbon County Route 15" e prossegue até quase fazer fronteira com a parte sudoeste do estado de Utah. Mas nem sempre o território foi tão rico e vasto. Em 1999, data de jogo que se inciou a campanha, o ano onde se passa o Prólogo e os capítulos subsequentes, quanto Steve e Klaus passaram a fazer parte da alcatéia, Paul estava ainda se reestrurando da perda dos antigos componentes dos Stormriders originais. Mike e Ray eram aprendizes e a pouco tinham sofrido a primeira transformação. Mesmo assim, suas chegadas deram um fio de esperança para o "Reverendo", que via seus dominios recuando dia após dia nas mãos de seus inimigos no periodo em que passou sozinho, apenas sobrevivendo sem ter como se defender ou evitar ataques. Seu território nessa época não passava de um vasto pedaço de terra no deserto e algumas partes de Nellis, Noth Las Vegas e um locus em uma igreja a oeste de Downtown<br /></p><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(102, 204, 204);">A CIDADE E O REBANHO</span><br /><br /></span>Las Vegas, é a maior cidade do Estado americano de Nevada. Localiza-se no sul do Estado, no Condado de Clark, do qual a cidade é sede. A cidade propriamente dita possui 534 837 habitantes, e sua região metropolitana possui cerca de 1,9 milhão de habitantes. A cidade foi fundada em 1905.<br /><br />Famosa por seus cassinos, Las Vegas é conhecida como o "Parque de Diversões da América". Na Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip, se encontram os cassinos mais imponentes do mundo como o Stratosphere, Treasure Island, Belaggio, MGM Grand e New York, New York, só para citar alguns.<br /><br />Segundo o censo americano de 2000, Las Vegas possui 478 434 habitantes, 176 750 residências ocupadas e 117 538 famílias. A densidade populacional da cidade é de 1 630,3 hab/km²;. A cidade possui um total de 190 724 residências, que resultam em uma densidade de 649,9 residências/km². 69,86% da cidade são brancos, 10,36% são afro-americanos, 4,78% são asiáticos, 0,75% são nativos americanos, 0,45% são nativos polinésios, 9,75% são de outras raças e 4,05% são descendentes de duas ou mais raças. 23,61% da população da cidade são hispânicos de qualquer raça.<br /><br />Existem na cidade 176 750 residências ocupadas, dos quais 31,9% abrigam pessoas com menos de 18 anos de idade, 48,3% abrigam um casal, 12,2% são famílias com uma mulher sem marido presente como chefe de família, e 33,5% não são famílias. 25% de todas as residências ocupadas são habitadas por apenas uma pessoa, e 7,5% das residências ocupadas na cidade são habitadas por uma única pessoa com 65 anos ou mais de idade. Em média, cada residência ocupada possui 2,66 pessoas e cada família é composta por 3,2 membros.<br /><br />25,9% da população da cidade possui menos de 18 anos de idade, 8,8% possuem entre 18 e 24 anos de idade, 32% possuem entre 25 e 44 anos de idade, 21,7% possuem entre 45 e 64 anos de idade, e 11,6% possuem 65 anos de idade ou mais. A idade média da população da cidade é de 34 anos. Para cada 100 pessoas do sexo feminino existem 103,3 pessoas do sexo masculino. Para cada 100 pessoas do sexo feminino com 18 anos ou mais de idade existem 102,5 pessoas do sexo masculino.<br /><br />A renda média anual de uma residência ocupada é de 44 069 dólares, e a renda média anual de uma família é de 50 465 dólares. Pessoas do sexo masculino possuem uma renda média anual de 35 511 dólares, e pessoas do sexo feminino, 27 554 dólares. A renda per capita da cidade é de 22 060 dólares. 11,9% da população da cidade e 8,6% das famílias da cidade vivem abaixo da linha de pobreza. 15,4% das pessoas com 17 anos ou menos de idade e 8,3% das pessoas com 65 anos ou mais de idade estão vivendo abaixo da linha de pobreza.<br /><br />Estado: Nevada<br />Região administrativa: Condado de Clark<br />Área: 293,6 km²<br />Área água: 0,1 km² (0,04%)<br />População: 534 837 (2000)<br />Densidade: 1 840,2 hab/km²<br />Data de fundação: 1844<br />Incorporada em: 15 de maio de 1905<br />Website: www.lasvegasnevada.gov<br /><p></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1153490169416038942006-07-21T10:31:00.010-03:002009-01-11T15:12:25.825-02:00Sistemas<div align="justify"><span style="FONT-WEIGHT: bold;font-size:110%;" ><span style="COLOR: rgb(148,189,183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">As Regras do Jogo</span><br /></span></span><br /><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmby-8Zisl8DGbHDW2Q80vAI0ASiFj-K5KcS3rSgRLbQqEQnrYp7XWA1brT-fNkXJqgNSY99HHYgqELKa2EH9qwDccvPyAzEDNYXOd4o9aOvkk3QtiyCk8y8WlVSbDgX_SfRWUxQ/s1600-h/forksb.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288646880994662354" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmby-8Zisl8DGbHDW2Q80vAI0ASiFj-K5KcS3rSgRLbQqEQnrYp7XWA1brT-fNkXJqgNSY99HHYgqELKa2EH9qwDccvPyAzEDNYXOd4o9aOvkk3QtiyCk8y8WlVSbDgX_SfRWUxQ/s400/forksb.jpg" border="0" /> <p align="justify"></a><br /><br />Lobisomem: os Destituídos utiliza um conjunto de regras chamado Sistema Storytelling. Veremos a seguir os seus fundamentos:<br /><br />• <strong>Testes com os dados:</strong> Ao lançar os dados, de acordo com o Sistema Storytelling, você não vai somar os resultados. Em vez disso, todo dado que tiver como resultado um valor igual ou superior a 8 será considerado um sucesso. Em geral, você só precisa de um sucesso para realizar uma tarefa, mas é sempre melhor obter vários deles (porque isso provoca maior dano em combate, por exemplo). Todo dado que tiver como resultado um “0” (que é considerado um 10) contará como um sucesso e poderá ser relançado (o que pode resultar em mais um sucesso). Se conseguir cinco sucessos ou mais, você terá um êxito excepcional. Se não obtiver sucessos, seu personagem terá falhado.<br /><br />• <strong>Paradas de dados: </strong>O número de dados que você joga ao tentar fazer alguma coisa é sua parada de dados, geralmente composta pela soma de duas características de sua ficha de personagem (um Atributo e uma Competência), além dos modificadores impostos por qualquer tipo de equipamento especial que seu personagem venha a utilizar ou por condições adversas.<br /><br />• <strong>Modificadores:</strong> O Narrador determina quais modificadores se aplicam a uma determinada parada de dados. Os modificadores aumentam ou reduzem a parada (o número de dados a serem lançados) e geralmente advêm das ferramentas empregadas (o bônus aparece na descrição das mesmas), das Vantagens que o personagem possui (discriminadas na descrição do personagem) ou de outras circunstâncias. O Narrador deverá conferir um bônus ou impor uma penalidade (que geralmente variam de +2 a –2) se as circunstâncias forem especialmente favoráveis ou prejudiciais. Por exemplo, a tentativa de escalar um muro escorregadio, molhado de chuva e cheio de limo estaria sujeita a uma penalidade de –2, mas a mesma ação, no caso de uma superfície repleta de apoios para as mãos e saliências, receberia um bônus de +2.<br /><br />• <strong>Dado de sorte:</strong> Se os modificadores reduzirem sua parada de dados a zero (não existem paradas negativas), você ainda lançará um único dado (chamado dado de sorte). A obtenção de um 10 no dado de sorte leva ao êxito, mas qualquer outro resultado é considerado uma falha. E sim, se conseguir um 10 nesse teste, você poderá jogar o dado novamente e tentar obter mais um sucesso. Desde que continue a obter 10, você continuará gerando sucessos. A obtenção de 1 no dado de sorte indica uma falha dramática e o Narrador deve descrever os resultados especialmente incômodos (o revólver que emperra, o estouro de um pneu durante uma perseguição automobilística etc.).<br /><br />• <strong>Ações:</strong> Quase tudo o que o personagem faz é considerado uma ação instantânea. Você determina a parada, lança os dados e verifica se teve êxito ou falhou. Em combate, você consegue realizar uma ação por turno. Às vezes, você precisará realizar uma ação prolongada, que representa uma atividade qualquer durante um certo período de tempo, como pesquisar sobre alguma coisa na biblioteca ou vasculhar uma sala. Nesse caso, cada teste representa uma quantidade pré-estabelecida de tempo (geralmente dez minutos, mas isso varia no caso de ações mais complicadas). Você acumula sucessos de um teste para outro até conseguir um certo número deles (discriminado no texto), quando então algo acontece ou seu tempo se esgota. Algumas ações também podem ser disputadas, o que significa que duas pessoas agem uma contra a outra, como numa queda-de-braço ou quando um personagem tenta passar despercebido por um guarda atento. Numa ação disputada, cada jogador (ou o jogador e o Narrador) lança a parada de dados do respectivo personagem; vencerá a pessoa com o maior número de sucessos. Por último, algumas ações são involuntárias, o que significa que elas acontecem automaticamente e não despendem tempo: você pode realizá-las simultaneamente a uma ação instantânea num mesmo turno.<br /><br />• <strong>Turnos </strong>e<strong> cenas:</strong> O turno é um intervalo de três segundos empregado em combate. Uma cena é um intervalo maior (geralmente dura o tempo necessário para que todos façam o que pretendem num Determinado local). Alguns poderes dos lobisomens funcionam durante um turno apenas, mas outros duram uma cena inteira.<br /><br /><br /><span style="color:#66cccc;"><strong>A FICHA DE PERSONAGEM</strong></span><br /><br />As fichas de personagens serão utilizadas pelos jogadores durante o desenrolar da história. Essas fichas reúnem todos os parâmetros de jogo que definem as capacidades de um personagem, organizados em vários tipos de características. A maioria dessas características varia de um (•) a cinco círculos (•••••), bem parecido com o sistema de classificação por estrelas dos hotéis. As diversas características representam coisas diferentes:<br /><br />• Os <strong>Atributos</strong> representam capacidades inatas, como Força, Inteligência ou Presença.<br /><br />• As <strong>Habilidades</strong> representam competências adquiridas, como o uso de Armas de Fogo ou a Medicina. Uma palavra ou expressão entre parênteses ao lado da Habilidade indica uma Especialização, uma área da dita Habilidade na qual seu personagem é especialmente talentoso. Se for necessário lançar uma parada de dados para a qual seu personagem não possui a Habilidade correta, você estará sujeito a uma penalidade de –1 (no caso da falta de uma Habilidade Física ou Social) ou –3 (no caso da ausência de uma Habilidade Mental). Se, por outro lado, você possuir uma Especialização relevante na Habilidade que compõe sua parada de dados, você obterá um modificador igual a +1.<br /><br />• A <strong>Vitalidade</strong> determina em que grau seu personagem está ferido e se apresenta tanto em círculos quanto em pontos. Os círculos da ficha de seu personagem são preenchidos e representam o número total disponível quando ele não se encontra ferido. Os pontos de Vitalidade são registrados nas caixas (quadrados) correspondentes, denotando o estado de saúde atual do personagem (veja a seção “Vitalidade e dano” para saber como marcar os pontos de Vitalidade perdidos e conhecer os efeitos das penalidades devidas a ferimentos.)<br /><br />• A <strong>Força de Vontade</strong> representa as reservas de seu personagem. Você pode usar um ponto (e apenas um) de Força de Vontade em qualquer teste para acrescentar três dados a sua parada. Como alternativa, você pode usar um ponto para elevar em dois níveis sua característica Defesa contra um único ataque. A Força de Vontade é valiosa, e você só poderá recuperá-la agindo de acordo com a Virtude ou o Vício de seu personagem. A Força de Vontade varia de um a dez, ao contrário da maioria das outras características.<br /><br />• O <strong>Instinto Primitivo</strong> representa o poder intrínseco da natureza de lobisomem do personagem.<br /><br />• A <strong>Essência</strong> é a quantidade de poder espiritual puro contido no corpo do lobisomem num determinado momento. Você usa Essência para ativar poderes diversos.<br /><br />• Os <strong>Dons</strong> são poderes especiais dos lobisomens.<br /><br />• As <strong>Vantagens</strong> são benesses naturais e especiais à disposição do personagem, coisas como Contatos, Recursos ou Aparência Surpreendente.<br /><br />• A <strong>Defesa </strong>e o <strong>Modificador de Iniciativa</strong> são características empregadas em combate, explicadas logo abaixo na seção de mesmo nome.<br /><br />• O <strong>Deslocamento</strong> é o número de metros que o personagem é capaz de percorrer num turno de combate e ainda assim realizar uma ação. O personagem conseguirá correr até duas vezes seu índice de Deslocamento num único turno se ele abrir mão de sua ação. O Deslocamento muito provavelmente será importante numa perseguição.<br /><br />• A <strong>Harmonia</strong> é uma medida da moralidade de seu personagem, da eficiência com que ele é capaz de equilibrar as necessidades de sua natureza divisa de lobisomem. Seu personagem pode perder Harmonia durante o jogo. A Harmonia varia de um a dez, ao contrário da maioria das características.<br /><br /><br /><span style="color:#33ccff;"><strong>COMBATE</strong><br /></span><br />Por estarem sempre caçando fugitivos voluntariosos do Reino das Sombras, os lobisomens atraem a violência. Quando irrompe uma luta, pode ser importante controlar quem está fazendo o que e com que gravidade os combatentes estão ferindo uns aos outros. Quando isso acontecer, siga estes passos:<br /><br />Primeiramente, diga aos jogadores que seus personagens estão entrando em combate. Até o combate terminar, todos agirão turno a turno, sendo que cada personagem terá uma oportunidade de agir a cada turno. A seguir, peça a cada jogador um teste de Iniciativa, que é o resultado do lançamento de um único dado somado ao modificador de Iniciativa do personagem, listado na respectiva ficha (esse é um dos raros casos em que você soma o resultado do dado ao valor de uma característica em vez de lançar uma parada de dados e contar os sucessos). Começando com o personagem que obteve o maior resultado de Iniciativa e continuando em ordem decrescente até o valor mais baixo, cada personagem terá direito a uma única ação (geralmente um ataque). O jogador pode optar por adiar a ação de seu personagem até um momento posterior da ordem de Iniciativa ou até o turno seguinte, se assim desejar. Resolva a ação de cada personagem antes de perguntar ao jogador seguinte o que o personagem dele vai fazer. Se um personagem atacar outro, o agressor lançará a parada de dados apropriada:<br /><br />• <strong>Combate próximo desarmado:</strong> Força + Briga – a Defesa e a blindagem do alvo (se for o caso);<br />• <strong>Combate próximo à mão armada:</strong> Força + Armamento – a Defesa e a blindagem do alvo (se for o caso);<br />• <strong>Combate a distância (armas de fogo e arcos):</strong> Destreza + Armas de Fogo – a blindagem do alvo (se for o caso);<br />• <strong>Combate a distância (armas de arremesso):</strong> Destreza + Esportes – a Defesa e a blindagem do alvo (se for o caso).<br /><br />Acrescente outros dados de acordo com a arma empregada ou o efeito produzido, depois subtraia as penalidadescircunstanciais (o uso de uma arma improvisada, como, por exemplo, a tampa de uma lata de lixo ou uma placa de sinalizaçãoquebrada, impõe uma penalidade de –1 ao teste de ataque). O jogador lançará os dados remanescentes. Cada sucesso equivalerá a um ponto de Vitalidade perdido e o tipo de dano será determinado pela natureza do ataque. O Narrador, então, descreverá o ataque e o ferimento em termos narrativos. Tão logo todos tenham agido, um novo turno terá início,e o jogador com o resultado mais alto de Iniciativa poderá agir novamente. Os jogadores não fazem novos testes de Iniciativa a cada turno.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#66cccc;">COMPLICAÇÕES<br /></span></strong><br />• <strong>Como evitar o dano em combate próximo:</strong> A Defesa do personagem representa sua habilidade instintiva de se abaixar e evitar golpes, o que torna o combate próximo mais difícil. Por isso, a característica é aplicada como uma penalidade às paradas de ataque dos agressores. Se ainda não tiver agido num determinado turno e estiver disposto a abrir mão dessa ação, o personagem poderá se esquivar, o que duplicará sua Defesa durante o resto do turno. No entanto, se for atacado mais de uma vez num mesmo turno, o personagem terá mais dificuldade para evitar ferimentos. Para cada ataque desferido contra ele, sem contar o primeiro, reduza a Defesa do personagem em um nível (mínimo 0). Se o personagem estiver se esquivando, a Defesa duplicada ainda será reduzida em um nível para cada ataque adicional.<br /><br />• <strong>Como evitar o dano em combate a distância:</strong> A não ser que o agressor se encontre perto o bastante para desferir facilmente um ataque em combate próximo (alguns centímetros) ou então arremesse uma arma, a Defesa não se aplica. Para evitar o dano num tiroteio, você pode procurar abrigo (esconder-se atrás de algo sólido) ou prostrar-se (ficar rente ao chão). Prostrar-se toma uma ação do personagem,<br />mas impõe uma penalidade de –2 aos ataques a distância. No entanto, quem estiver perto o suficiente do alvo para atingi-lo em combate próximo (alguns centímetros) terá um bônus de +2 para acertar o personagem prostrado.<br /><br />• <strong>Abrigo e encobrimento:</strong> Se o personagem estiver parcialmente escondido atrás de um objeto, será mais difícil atingi-lo com ataques a distância. A penalidade varia de –1 (agachar-se atrás de uma cadeira de escritório) a –3 (enfiar-se numa trincheira). Se você estiver completamente escondido, o agressor não estará sujeito a uma penalidade na parada de dados, mas terá de conseguir sucessos suficientes para atravessar o objeto interveniente (chamado de abrigo) com os disparos. Perfurar um objeto reduz o número de sucessos obtidos de acordo com a Durabilidade do abrigo: 1 (no caso de madeira ou vidro espesso) a 3 (no caso de aço). Se essa penalidade reduzir o número de sucessos a zero, o ataque não conseguirá atravessar o abrigo e você não sofrerá dano.<br /><br />• <strong>Alcance:</strong> Toda arma de projétil apresenta três alcances relacionados em metros no formato curto/médio/longo. O agressor não fica sujeito a qualquer penalidade quando seu alvo se encontra a curta distância. Se o alvo estiver a média distância, o atirador estará sujeito a uma penalidadede –2. A longa distância, a penalidade sobe para –4.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#66cccc;">VITALIDADE E DANO</span></strong><br /><br />• <strong>Tipos de dano:</strong> Existem três tipos de dano, cada um mais grave que o outro: contundente, letal e agravado. O dano contundente geralmente é provocado por ataques contundentes ou atordoantes. O dano letal costuma ser provocado por cortes, balas e outros ataques mais graves (como a mordida de um lobisomem). O dano agravado costuma ser provocado por ataques sobrenaturais especialmente terríveis.<br /><br />• <strong>Como anotar o dano:</strong> Quando o personagem recebe dano, o jogador marca o número de pontos de Vitalidade perdidos, a começar pela caixa abaixo do círculo mais à esquerda da característica Vitalidade, prosseguindo então da esquerda para a direita. O símbolo utilizado depende dotipo de dano. O dano contundente é anotado com uma barra (/) na primeira caixa vazia disponível. Portanto, supondo-se que um personagem que tenha sete círculos de Vitalidade acabou de receber um ponto de dano contundente, seu painel de Vitalidade ficará assim:<br /><br /><center><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290071492387487346" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRgOdPB9dW21nIVmwBgiE11j3Vs9tajXm7Z2AoKUVKeV3P34iswy3nBykkhri3LjmZXvxcu7DFR-RGkiySC7rwuFEfh-joyRDb_SZIhiidq90MZVbZAqYbiAnbUZd2aIJDdVIV_g/s400/vq1.jpg" border="0" /></center><br />O dano letal é indicado por um X e empurra todo o dano contundente sofrido anteriormente para a direita (de maneira a aparecer sempre à esquerda do dano contundente). Se ele receber em seguida um ponto de dano letal, o painel ficará assim:<br /><br /><center><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290071495389619010" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXTGyI8S2_g3urWbO3Acgj2D0E0dF7RQf7S9u4IGzNEMi5XLjSF1Q_vqZIWyZfhUiZHM_EveJhjkV4gvJTA9edDyEeuEvVFernNPrenjeKZ0xxGzsMlVqtooi-d5mz_GGnyZPdog/s400/vq2.jpg" border="0" /></center><br />O dano agravado é anotado com um grande asterisco (*), resultado do acréscimo de um traço vertical e outro horizontal a um X. Também empurra todo o dano letal e contundente anterior para a direita (de maneira a aparecer sempre à esquerda do dano letal ou contundente). Se o mesmo receber em seguida um ponto de dano agravado, seu painel ficará:<br /><br /><center><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290071495038322866" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5yeFNrpB0XIaZr8p5tczoAmsa_j9i2NuVQp-6-1IWzBU3GHmoehyhfmn5oyOQhEWm7idOaqAXDqze0xqALgYo8Bx7J3dzONtXEKktzOcTCzXtvBbth63lFTaI-IUs4qiMFcfBAA/s400/vq3.jpg" border="0" /></></center><br />• <strong>Penalidades devidas a ferimentos:</strong> Se o personagem for reduzido a três pontos de Vitalidade ou menos (não importa o tipo de dano), o jogador estará sujeito a penalidades em todos os testes. Quando a antepenúltima caixa for marcada com um ferimento, a penalidade será de –1; quando a penúltima for marcada, o modificador será de –2; quando a última for marcada, a penalidade será de –3 (esses modificadores aparecem na ficha de personagem para facilitar a consulta). Essas penalidades se aplicam a todos os testes, exceto aqueles relacionados à perda de Harmonia (a seguir).<br /><br />• <strong>Vitalidade esgotada:</strong> Marcar a última caixa de Vitalidade geralmente significa que o personagem está incapacitado. Se o ferimento mais à direita for contundente (e o personagem for humano), ele perderá a consciência. Se esse ferimento mais à direita for letal ou agravado, o personagem mortal sangrará até morrer. Observe que isso significa que o personagem não apresenta mais dano contundente, pois se trata da caixa da extrema direita. Os lobisomens reagem de maneira diferente a essas condições, dependendo da forma na qual se encontram.<br /><br />• <strong>Dano adicional:</strong> Um ser humano inconsciente ou um lobisomem gravemente ferido ainda pode receber dano de novos ataques. Como não há mais caixas de Vitalidade a serem preenchidas, você representará esse dano adicional ao atualizar os ferimentos pré-existentes. Todo novo ferimento letal ou contuso promove um ferimento contuso pré-existente a letal (transforme a barra mais à esquerda num X). O dano agravado adicional converte um ponto de dano letal ou contundente em agravado (transforme o X ou a barra mais à esquerda num asterisco).<br /><br />• <strong>Recuperação:</strong> Os mortais se recuperam com descanso e cuidados médicos. Os lobisomens conseguem se recuperar mais rapidamente e podem usar Essência para reparar o dano a velocidades ainda maiores.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#66cccc;">A CONDIÇÃO DE LOBISOMEM<br /></span></strong><br />Este resumo de regras não lida explicitamente com a descrição da descoberta, por parte dos personagens, de que eles são lobisomens, até porque, o Prólogo de nosso conto já exemplifica bem essa transição, portanto é bom que o narrador liste num único lugar alguns dos efeitos de jogo com os quais os lobisomens de sua mesa de jogo precisarão lidar.<br /><br />• <strong>Os dois mundos:</strong> Os lobisomens nascem, crescem e aprendem a viver no mundo físico, mas também fazem parte de um mundo diferente. Esse mundo (o Reino das Sombras) é paralelo ao nosso e fica do outro lado de uma barreira mística conhecida como o Dromo. O Reino das Sombras é o mundo dos espíritos e já esteve ligado ao nosso pelas bordas. Mas, mesmo hoje, as coisas que acontecem por lá afetam o mundo físico e vice-versa, e é por isso que os lobisomens precisam se esforçar tanto para manter as coisas em harmonia. Se um lobisomem quiser enxergar o outro lado do Dromo para ver o que acontece por lá, o jogador fará um teste de Raciocínio + Empatia + Instinto Primitivo. Obtendo êxito, o personagem conseguirá ver uma imagem borrada do outro lado do Dromo durante um turno (e deixará de perceber o lado do Dromo no qual se encontra no momento). Os lobisomens enxergam espíritos que fugiram para o mundo físico (mas que ainda não tenham escolhido um hospedeiro ou grilhão) mesmo quando esses seres continuam invisíveis para os seres humanos normais. Se desejar atravessar fisicamente o Dromo e entrar no mundo espiritual (ou dele sair), o lobisomem terá, primeiro, de encontrar um locus. O locus é uma fonte de energia espiritual que diminui a espessura do Dromo e atrai espíritos de todos os tipos, que se alimentam da energia que brotou dali. Depois de encontrar um desses lugares, o personagem se coloca na área de influência do locus (que fica maior à medida que o poder do locus aumenta) e o jogador faz um teste de Inteligência + Presença + Instinto Primitivo. O lobisomem sabe instintivamente que está entrando na área de influência de um locus, mas não sabe ao certo onde o lócus fica. Para encontrar o locus específico, peça ao jogador um teste de Raciocínio + Investigação + Instinto Primitivo.<br /><br />• <strong>Essência:</strong> Os lobisomens têm uma característica chamada Essência, que representa a quantidade de poder espiritual puro contido no corpo do personagem lobisomem no momento. Os lobisomens trazem a Essência do outro lado do Dromo (armazenando-a num locus) e usam-na para ativar diversos efeitos especiais do jogo. Os lobisomens jovens, que têm Instinto Primitivo 1, conseguem usar apenas um ponto de Essência por turno e reter, no máximo, dez pontos de Essência por vez. Os lobisomens um pouco mais experientes, que têm Instinto Primitivo 2, também só conseguem usar um ponto de Essência por turno, mas são capazes de reter onze pontos de Essência por vez. Se o personagem não tiver Essência para usar, os efeitos que exigem o investimento dessa característica vão falhar automaticamente. Os personagens recuperam Essência ao tocar a forma física de um locus (seja no mundo físico ou no Reino das Sombras) e depois de os respectivos jogadores passarem em testes de Harmonia. Cada sucesso obtido no teste (ou seja, cada dado lançado que tiver como resultado 8 ou mais) confere ao personagem um ponto de Essência. Os loci, no entanto, conseguem gerar e reter somente uma certa quantidade de Essência por vez e, portanto, não adianta ser egoísta nem perdulário.<br /><br />• <strong>Metamorfose e Fúria:</strong> Por serem filhos da lua inconstante, os lobisomens podem assumir quatro formas naturais e uma forma de batalha especial. Cada forma propicia modificadores especiais aplicáveis a várias características. As formas naturais oferecem vantagens adaptadas especificamente a certas funções dos Uratha (como lidar com seres humanos, celebrar rituais ou caçar). A forma de batalha só tem uma serventia, mas é muito boa no que faz, o que transforma os lobisomens nas máquinas de destruição mais temíveis que este mundo já viu. Para que os personagens mudem de forma, os jogadores fazem testes de Vigor + Sobrevivência + Instinto Primitivo. Obtendo êxito, o personagem assumirá a forma desejada pelo jogador e suas características mudarão de acordo com os parâmetros fornecidos na ficha (no caso da metamorfose, faça o teste usando sempre o índice inalterado de Vigor, independentemente da forma na qual o personagem se encontra). A mudança de forma leva um turno inteiro e o personagem não poderá fazer mais nada nesse período. Se quiser, porém, o jogador poderá usar um ponto de Essência para que seu personagem mude instantaneamente, sem precisar de um teste. As quatro formas naturais são: Hishu (a forma humana, que todos os lobisomens têm ao nascer), Dalu (uma forma humanóide mais forte e animalesca, usada pelos lobisomens na prática de rituais), Urshul (a forma selvagem de um terrível lobo pré-histórico) e Urhan (a forma de um lobo normal). Se um lobisomem em qualquer uma dessas formas receber dano suficiente a ponto de ficar inconsciente ou morrer, ele reverterá automaticamente para a forma Hishu. A quinta forma dos lobisomens (Gauru) é a forma de batalha, com a qual eles dão vazão ao poder de sua Fúria (um legado de força deixado por Pai Lobo). O lobisomem assume a forma de batalha exatamente como assumiria qualquer outra forma, mas o uso que se faz dela é diferente e não tão estável. Por exemplo, o lobisomem é capaz de assumir a forma de batalha apenas uma vez por cena e conseguirá mantê-la durante um número de turnos igual a sua parada de Vigor + Instinto Primitivo (não se esqueça de usar o índice inalterado de Vigor para determinar essa parada). Depois disso, ele terá de voltar imediatamente à forma Hishu, ou então o jogador terá de fazer um teste ou usar Essência para assumir outra forma. Enquanto estiver Enfurecido (ou seja, na forma Gauru), o lobisomem não conseguirá fazer mais nada além de atacar ou se deslocar na direção de um oponente que ele pretenda atacar, nem será capaz de empregar armas complexas, como revólveres ou arcos. Tampouco terá presença de espírito suficiente para manter uma conversa. O lado bom da coisa é que ele estará imune às penalidades devidas a ferimentos enquanto estiver Enfurecido e os ataques desferidos com os dentes e as garras provocarão dano letal.<br /><br />• A <strong>Fúria Mortal:</strong> O lobisomem tomado pela Fúria é um adversário temível e capaz de abalar os inimigos. No entanto, o lobisomem que perde o controle e sucumbe à Fúria Mortal é um perigo não só para seus inimigos, mas também para seus aliados e até mesmo para si próprio. Ele se transforma numa máquina de matar irracional, incapaz de distinguir amigos de inimigos e de impedir a si mesmo de estraçalhar qualquer coisa na qual consiga enfiar os dentes e as garras. É possível evitar a Fúria Mortal, mas, depois de iniciada, não há como detê-la. Para tentar impedir um acesso de Fúria Mortal, o jogador que interpreta o lobisomem faz um teste de Perseverança + Autocontrole e torce para obter êxito. Se ele falhar, o lobisomem assumirá a forma Gauru (sem teste nem investimento de Essência; mesmo que o personagem já tenha assumido essa forma durante a cena) e atacará qualquer coisa que estiver a seu alcance. A Fúria Mortal terminará ao fim da cena, ou quando todos ao redor do lobisomem estiverem mortos, ou então quando o próprio lobisomem for morto ou ficar incapacitado. O lobisomem corre o risco de sucumbir à Fúria Mortal ao receber dano agravado, ou quando uma de suas três últimas caixas de Vitalidade é marcada, ou então quando é ferido ou humilhado terrivelmente numa situação fora de combate. Essas duas últimas circunstâncias, fora de combate, ficam a critério do Narrador, mas é preciso que a humilhação seja relativamente significativa. Escorregar numa casca de banana e provocar o riso de um pedestre provavelmente não será suficiente para incitar a Fúria Mortal, mas descobrir que a namorada está traindo o lobisomem com o melhor amigo dele (ou um companheiro de alcatéia) sem dúvida o fará.<br /><br />• <strong>Vitalidade e Regeneração:</strong> Ao mudar de forma, os lobisomens recebem certos modificadores que são aplicados a seu Vigor. Com o aumento de Vigor, a Vitalidade também aumenta (essas variações já foram contabilizadas nas fichas de personagem). Se um lobisomem receber dano excessivo nessas caixas de Vitalidade adicionais e depois assumir uma forma com um índice de Vitalidade menor, os ferimentos a mais acabarão atualizando os ferimentos anteriores. Felizmente, os lobisomens se recuperam muito mais rápido que os seres humanos. Não importa o que estejam fazendo, os lobisomens conseguem regenerar instantaneamente um ponto de dano contundente por turno (da direita para a esquerda no painel de Vitalidade) no início de sua ação nesse mesmo turno. Se quiser, o jogador terá a alternativa de usar um ponto de Essência para seu personagem regenerar um ponto de dano letal. Mesmo se o personagem estiver inconsciente ou à beira da morte, essa regeneração ainda ocorrerá se o jogador assim desejar. Contudo, os personagens não conseguem regenerar dano agravado. É preciso deixar o tempo curar esses ferimentos.<br /><br />• <strong>Sentidos aguçados e rastreamento:</strong> Com a exceção da forma Hishu (ou seja, a forma humana), as outras formas dos lobisomens têm sentidos muito mais aguçados. Sendo assim, os personagens lobisomens recebem bônus em todos os testes de percepção (Raciocínio + Autocontrole) pedidos pelo Narrador quando os personagens se encontram nessas formas alternativas. Esses bônus já foram contabilizados nas fichas de cada personagem. O olfato torna-se especialmente apurado, o que permite aos lobisomens rastrear suas presas a grandes distâncias e muito tempo depois da caça ter passado por um determinado lugar. Quando o lobisomem encontra o rastro da presa (ou percebe outros sinais da passagem da caça), o jogador faz um teste de Raciocínio + Sobrevivência para ver se conseguirá segui-lo. Se perceber que está sendo seguida, a presa poderá tentar disfarçar seu rastro, o que lhe permitirá disputar com o jogador que interpreta o lobisomem o teste de Raciocínio + Sobrevivência. A caça, contudo, poderá per correr apenas metade de seu Deslocamento se estiver tentando ocultar seu rastro. O Narrador determinará quantos sucessos o rastreador precisará acumular numa série de testes para alcançar a presa (geralmente de três a dez, dependendo da vantagem inicial da caça). No entanto, se o lobisomem tiver provado o sangue da presa — o que não chega a ser uma ocorrência anormal —, ele terá uma vantagem. No decorrer de um ano, a contar do momento em que provou o sangue da presa, ele sempre terá um bônus adicional de +4 em todos os testes realizados para rastreá-la. O gosto do sangue não é uma bússola mágica que sempre aponta o caminho certo, mas, se o lobisomem encontrar um sinal do rastro da presa, o modificador de +4 poderá ser aplicado.<br /><br />• <strong>Prata:</strong> As armas de prata provocam ferimentos terríveis nos lobisomens. O simples contato com a prata não machuca os lobisomens, mas a estocada de uma lâmina de prata ou uma bala feita desse metal provoca dano agravado. O número de pontos de dano é determinado normalmente pelo número de sucessos obtidos pelo agressor em seu teste de ataque.<br /><br />• <strong>O Juramento da Lua:</strong> Luna perdoou os Uratha por terem abatido Pai Lobo, mas não sem antes impor algumas condições. Ela os fez jurar que seguiriam um código de conduta que (e não por mera coincidência) está de acordo com a manutenção da harmonia que é essencial para sua existência. Entre os preceitos mais importantes do Juramento da Lua estão: não matar uns aos outros (nem sequer erguer armas de prata uns contra os outros), não revelar a existência dos lobisomens à humanidade, não devorar a carne de homens e lobos e não se acasalar com outros lobisomens ou lobos.<br /><br />• <strong>A perda de Harmonia:</strong> O maior medo de um lobisomem é perder completamente o equilíbrio entre o homem e o animal, ou entre a carne e o espírito. Quanto mais hediondos forem os pecados cometidos, mais rapidamente despencará a Harmonia. Com índice 7 de Harmonia (ponto no qual todos os personagens começam), acasalar-se com outro Uratha ou cometer qualquer ato pior que esse pode provocar uma degeneração moral (a perda de Harmonia). Quando o personagem faz algo desse gênero, o jogador lança um número de dados proporcional à gravidade do pecado. Quanto pior for o pecado, menor será o número de dados lançados (matar desnecessariamente um ser humano ou um lobo exige três dados; trair a alcatéia, dois). Se falhar no teste, o personagem perderá um ponto de Harmonia (não é possível usar Força de Vontade nesse teste).<br /><br />Os personagens que têm a Harmonia reduzida justificam seu pecado em vez de se arrepender e tornam-se muito mais desequilibrados. Agora será necessário um pecado mais grave para provocar um novo teste de degeneração. Com Harmo nia 6, matar desnecessariamente um ser humano pode desencadear esse teste, bem como revelar a existência dos lobisomens para um ser humano. Com Harmonia 4, o personagem poderá revelar o que quiser para um ser humano desde que o mate em seguida, antes que ele revele o segredo a mais alguém. Com Harmonia 2, o personagem pode matar todos os seres humanos ou lobos que quiser, desde que não os cace para obter alimento. Com Harmonia 1, o personagem pode caçar qualquer criatura viva para comer, exceto outros lobisomens. Os personagens que perdem Harmonia também correm o risco de sofrer desequilíbrios mentais. Se falhar num teste de degeneração, o jogador deverá fazer imediatamente um novo teste com a parada reduzida de Harmonia do personagem. Se ele falhar nesse teste, seu personagem vai adquirir uma perturbação, que pode ser qualquer forma de transtorno mental leve mas constante, como a depressão ou uma fobia. O jogador deve interpretar essa nova peculiaridade do personagem, mas a perturbação não afetará as regras do jogo.<br /><br />• <strong>Interação com seres humanos:</strong> Apesar de a maioria deles ser criada por pelo menos um progenitor humano, os lobisomens não são realmente humanos. À medida que seu Instinto Primitivo aumenta, eles vão deixando de entender os sinais sociais dos rebanhos humanos. Ao interagir socialmente com os seres humanos (ou seja, ao fazer testes Sociais em ações interativas), os lobisomens ficam sujeitos a uma penalidade em suas paradas de dados de acordo com seu Instinto Primitivo. A penalidade para os personagens de Instinto Primitivo 1 ou 2 é igual a –1. Contudo, essa penalidade não se aplica aos testes que envolvem Intimidação. Os lobisomens não precisam entender os seres humanos para conseguir amedrontá-los.<br /><br />• <strong>Aluamento:</strong> O lobisomem que se encontra na forma Dalu (quase-homem), Urshul (quase-lobo) ou Gauru (homem -lobo) é muito assustador. A presença de um lobisomem numa dessas formas provoca um terror sobrenatural e indescritível conhecido como Aluamento. O grau com que o Aluamento acomete a vítima depende da Força de Vontade do indivíduo. O ser humano que tem Força de Vontade 1 a 4 (o tipo mais comum) acabará fugindo, tomado de um pânico cego e simiesco, e passará por cima de qualquer um que se ponha em seu caminho. Se não conseguir correr, ele simplesmente vai desabar e implorar misericórdia ou então ficar catatônico. Quando esse terror irracional finalmente ceder, a pessoa vai bloquear por completo o incidente ou recordar uma versão bem menos terrível dos acontecimentos (por exemplo, ela poderia pensar que foi simplesmente atacada por um urso pardo raivoso). Uma testemunha acima da média, com um índice de Força de Vontade entre 5 e 9, não deixará de ser acometida pelo medo e provavelmente tentará fugir. No entanto, ela fará o possível para despistar ou deter seus perseguidores (trancando portas ou tentando se esconder numa usina de reaproveitamento de gordura animal), em vez de simplesmente disparar numa direção qualquer até desmaiar. Se não for capaz de correr, pode ser que ela ainda consiga lutar ou argumentar com o monstro que a aflige. Passado o medo, ela reterá uma lembrança confusa e terrível dos acontecimentos, mas não confiará totalmente em sua memória. Um ser humano com Força de Vontade 10 não será afetado pelo Aluamento. É claro que estará com medo e poderá ainda sentir o desejo perfeitamente racional de dar no pé, mas não será privado de nenhuma de suas faculdades normais. Circunstâncias diferentes acrescentam modificadores efe tivos à Força de Vontade do alvo quando a finalidade é determinar o Aluamento. Se o lobisomem estiver na forma Dalu (quase-homem), trate o índice de Força de Vontade da vítima como se fosse quatro círculos mais alto. Se o lobisomem estiver apenas na forma Urshul (quase-lobo), trate o índice de Força de Vontade da vítima como se fosse dois círculos mais alto. Trate o índice exatamente como ele estiver marcado na ficha quando o lobisomem se encontrar na forma de batalha. Os seres humanos que têm sangue lupino (ou seja, parentes de lobisomens) recebem um modificador adicional de Força de Vontade igual a +2 para determinar os efeitos do Aluamento. Quando houver mais de um lobisomem presente, em diferentes formas incitadoras do Aluamento, aplique os efeitos da forma mais assustadora (em ordem decrescente: Gauru, Urshul e Dalu). Se mais de um ser humano estiver presente quando o Aluamento for evocado (principalmente se os personagens se encontrarem cercados por “figurantes” humanos numa determinada cena), use a Força de Vontade mais alta para representar todos eles.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#66cccc;">ESPIRITOS E LOCI</span></strong><br /><br />Os lobisomens interagem bastante com os espíritos. Aqueles que fogem do Reino das Sombras e entram no mundo físico são as presas mais comuns, e os poderosos soberanos espirituais são os adversários mais encarniçados dos Uratha. Espíritos e seres materiais têm características ligeiramente distintas e os primeiros seguem algumas regras diferentes.<br /><br />• <strong>Atributos:</strong> Em vez dos nove Atributos dos personagens, os espíritos e fantasmas têm apenas três. O Poder é usado em lugar de Inteligência, Força e Presença. O Refinamento é usado em lugar de Raciocínio, Destreza e Manipulação. A Resistência é usada em lugar de Perseverança, Vigor e Autocontrole. Se o espírito deseja atacar, faça um teste de Poder + Refinamento (aplica-se normalmente a Defesa do alvo), sendo que cada sucesso obtido provocará um ponto de dano letal.<br /><br />• O <strong>Corpus</strong> é o equivalente espiritual da Vitalidade. Se perder todo o seu Corpus, o espírito vai se desincorporar e desaparecer. Voltará a se refazer no Reino das Sombras daí a dois dias, quando então terá um círculo de Corpus, e depois vai recuperar um círculo de Corpus a cada dois dias. Os ataques físicos só conseguirão desgastar o Corpus de um espírito se a entidade tiver se materializado de alguma maneira ou se o agressor for beneficiado por algum tipo de poder espiritual. Se perder toda a sua Essência e todo o seu Corpus, o espírito será destruído permanentemente.<br /><br />• A <strong>Influência</strong> representa a capacidade de um espírito de controlar ou manipular o próprio conceito que o gerou. Quanto maior for o índice do espírito numa certa Influência, maior será o poder dessa entidade sobre o conceito.<br /><br />• Os <strong>Numes</strong> são os diversos poderes sobrenaturais dos espíritos. Muitos só podem ser usados no mundo físico, depois da manifestação (a seguir).<br /><br />• O <strong>Posto</strong> representa a posição do espírito no estranho mundo competitivo dessas entidades. O Posto de um espírito pode angariar-lhe o respeito de seus semelhantes e reflete seu nível bruto de poder.<br /><br />• A <strong>Essência </strong>é a força vital do espírito, o poder espiritual sem o qual ele não existe. Os espíritos usam Essência para fazer várias coisas, mas todos os espíritos usam um ponto a cada nascer da lua para sobreviver. Os espíritos que se insinuam no mundo físico são obrigados a usar, a cada hora, um número de pontos de Essência igual ao valor de seu Posto, até conseguirem se apossar de um hospedeiro ou unir-se a um objeto inanimado por meio de seus Numes. <p></p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31251795.post-1153145395663969792006-07-17T11:07:00.021-03:002009-01-09T11:39:44.951-02:00Introdução<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:Verdana;font-size:110%;" ><span style="color: rgb(148, 189, 183);font-family:Verdana;" ><span style="font-size:110%;">Explicações e Apresentações</span><br /></span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH2tctwmohFEYNBHJ5bpHB_b9-J_s6beUwt-hk-PsgPBevVDf_f2h1KGBb0nHackhuqoWLwFNK-7Zmd5sRFvWiOiuvU09MLXQvVJgslaXQhSsOiGuaDsLNtmSuQ4eX9DAh6Cc6rw/s1600-h/darkvegas.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH2tctwmohFEYNBHJ5bpHB_b9-J_s6beUwt-hk-PsgPBevVDf_f2h1KGBb0nHackhuqoWLwFNK-7Zmd5sRFvWiOiuvU09MLXQvVJgslaXQhSsOiGuaDsLNtmSuQ4eX9DAh6Cc6rw/s400/darkvegas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288621403204819330" border="0" /></a><br /><p align="justify"><br />Sejam muito bem vindos estimados leitores ao "Stormriders - Hunting Grounds: Las Vegas", um blog de contos baseado em meu cenário particular de campanhas para o jogo: "Werewolf the Forsaken" da editora americana White Wolf. A trama desenrola-se na famosa cidade de Las Vegas e contará a saga de uma das matilhas em ascensão na verdadeira "Sin City" americana: os "Stormriders", mostrando o dia dia de seus componentes e a batalha constante que eles travam para manter o equilíbrio entre o mundo físico e o espiritual dentro de seu território...<br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">- A Proposta de HG:LA Stormriders:</span><br /><br />Desde quando idealizei a idéia de romancear a história, meu objetivo principal sempre foi tornar a narrativa o mais próxima do real o quanto fosse possível. Por isso, vocês encontrarão no Prólogo, um enfoque maior na riqueza descritiva dos personagens e suas vidas antes da descoberta de suas novas realidades, justamente em prol desse ar plausível que essa gama de informações trás nos acontecimentos que vão se desenrolando. Fiz isso justamente para deixar o texto acessível, tanto para leitores que não conhecem o jogo de RPG e no entanto são apreciadores da leitura de contos de aventura, como para esclarecer para aqueles que já tem uma bagagem "rpgistica"; de que o blog não se trata de mais um "diário de guerra" de pura pancadaria, mas sim um conto com texto coeso e profundidade, que descreve detalhadamente o caminho de jovens normais que conheceram uma outra realidade imposta em suas vidas e tiveram que aprender a lidar com suas novas responsabilidades e adversidades.<br /><br />Mostrar os nuances e diferenças entre o cenário antigo e o novo é outra (se não a mais importante) das propostas. Esse foi o grande motivo que me fez usar a narrativa "passo a passo" neste projeto, além dos tópicos "Nota do Narrador", pelo menos durante o Prólogo, justamente para quem for leigo e se interessar em aprender mais sobre Destituídos, possa ir se habituando com o cenário junto com os personagens da trama...<br /><br /><br /></p><p align="justify"><span style="font-weight: bold;">- Sobre os Lobisomens </span><span style="font-weight: bold;">(Uratha) de Werewolf the Forsaken<br /></span></p><p align="justify">HG:LA - Stormriders, como mencionado acima, é um cenário próprio, baseado no livro Werewolf de Forsaken, lançado pela editora americana White Wolf e que foi traduzido e é distribuído aqui no Brasil pela editora Devir, com o título; Lobisomens os Destituídos. Para quem já conhece os antigos trabalhos da editora, sabe que esse novo jogo é o sucessor comercial de Lobisomem o Apocalipse, porém não é uma continuação do mesmo. Como seu antecessor, Destituídos ou Forsaken, é um jogo de interpretação construído com base nos mitos da cultura popular para criar uma visão única dos lobisomens, embora haja diferenças enormes entre Forsaken e seu antecessor.<br /><br />Nessa nova perspectiva, os lobisomens são caçadores acima de tudo. Esse é seu dever e destino, são eles que devem manter o equilíbrio entre o Mundo Material e o Mundo Espiritual. Todos descendem do maior predador que já existiu e continuam o seu trabalho mantendo o espírito e a carne em seu devido lugar nos dois mundos. Os Uratha como são chamados, são meio-carne e meio-espiríto, tratados como aberrações pelos espíritos e distanciados dos humanos pela fera latente em seus interiores. Embora essencialmente eles sejam um pouco de ambos, eles jamais pertencerão efetivamente a qualquer uma dessas sociedades.<br /><br />Eles se estabelecessem em matilhas e delimitam para si territórios, a partir dos quais, eles tentam cumprir seus papeis de vigias dos dois mundos enquanto tentam sobreviver em meio a tantos inimigos que os cercam de ambos os lados. O instinto lupino de se manter em alcatéias e a facilidade humana para criar laços formam um conjunto de indivíduos que é maior que qualquer família de ambas as raças. Os chamados territórios, são protegidos e almejados mais do que qualquer coisa em suas vidas, o que ocasiona lutas e disputas até mesmo entre os próprios Urathas de uma mesma cidade. Afinal, sempre haverá matilhas reivindicando melhores terrenos e expandindo seus domínios para locais mais abundantes em recursos tanto físicos como espirituais. Isso torna-se quase certo principalmente quando uma alcatéia vizinha demonstra-se inepta ao seu dever, o que torna cada disputa e batalha para manter a ordem dentro de cada território uma questão de vida ou morte.<br /><br />Por fim, além da gama incontável de espíritos, os Destituídos encontram nos Puros uns dos seus principais inimigos nessa difícil empreitada. Seus irmãos perdidos, que os culpam por um crime de aconteceu no início dos tempos. Os Puros, que também são Uratha, caçam os Forsaken com todas as forças. Eles somente descansarão quando todos os Forsaken estiverem mortos...<br /><br /><br /></p><p align="justify"><span style="font-weight: bold;">- Os Bastidores de </span><span style="font-weight: bold;">Stormriders<br /></span></p><p align="justify">Em meados de 2004, um "boato profano" se espalhou pela internet afirmando que o Apocalipse realmente aconteceria na antiga linha de produtos do "Mundo das Trevas", o que significava que depois de quase 10 anos, o meu jogo preferido; Lobisomem o Apocalipse, chegaria literalmente ao fim. Não haveria mais lançamentos no exterior, suas publicações previstas para a língua portuguesa seriam canceladas e as que estavam em circulação entrariam para o "hall" dos artigos para colecionadores (fato que pouco tempo depois, veio realmente a se concretizar). Enquanto ainda me recuperava da notícia bombástica, um falatório sobre o lançamento de uma nova e reestruturada linha de jogos para o "World of Darkness" surgiu, cresceu e tomou forma, me trazendo novamente a esperança de poder ter os míticos transmorfos de volta a minha mesa de jogos, junto com uma linha novinha em folha de suplementos. Todos esperavam angustiados a continuação da batalha final, o que seria dos Garous após a épica batalha do apocalipse e como seria a nova sociedade dos lobisomens renascidos das cinzas do final dos tempos. Mas ao contrário de todas as expectativas, não haveria uma continuação, eles não eram mais Garous, eram Urathas e em algum momento do final de 2004 e começo de 2005, começava a entrar em cena um jogo completamente novo, apenas baseado em tudo que o antigo tinha sido.<br /><br />Nos mandaram esquecer tudo o que sabíamos sobre o Apocalipse, limpar nossas mentes e começar do zero outra vez. Confesso que inicialmente achei aquilo uma heresia. Recebi o estreante Forsaken com um preconceito sem precedentes antes mesmo de tê-lo lido e compreendido seu contexto. Estava revoltado por ele ter sido o responsável pelo fim dos lançamentos do meu jogo predileto e não queria ver os Destituídos nem pintados de ouro durante aquele periodo nebuloso de informações desencontradas. Mas meu fascínio pelo mito do lobisomens, aliado a minha curiosidade, falaram mais alto. Ambas somadas a empolgação do Murruy, um grande amigo meu que aguardava anciosamente os novos lançamentos, em vista do exelente trabalho que haviam feito com Vampire the Réquiem. Mal haviam disponibilizado as regras básicas ainda em inglês no site oficial e ele ja as havia impresso e as trazido para darmos uma conferida na nova proposta do jogo. Juntos, eu e esse grande amigo nos aprofundamos na temática do jogo e aos poucos fomos descobrindo aquele que em nossa opinião, era provavelmente o melhor jogo de todos que haviam sido publicados para o novo Mundo das Trevas até então. Simplesmente adoramos, estava mais animalesco, brutal e maduro, não lutaríamos mais uma batalha perdida, lutaríamos pelo que é nosso e por dever. O ressentimento com o novo cenário rapidamente havia desaparecido, eles realmente conseguiram fazer algo melhor. Do antigo jogo, restaram apenas as boas lembranças das inúmeras aventuras. Estávamos realmente empolgados com todas as novas possibilidades que tínhamos pela frente. Logo chamamos nossos outros companheiros de matilha e tratamos de esboçar novos personagens e imaginar que território na face do globo seria o melhor para receber todo aquele turbilhão de idéias latentes.<br /><br />Inicialmente tínhamos em mente fazer com que a campanha se passasse em nosso próprio bairro, com personagens brasileiros e cercado por tudo o que já conhecíamos desde a infância. Já havíamos até jogado uma pequena introdução com o personagem que viria a ser o atual Steve, mas quando enfim nos reunimos com os outros jogadores que viriam formar a matilha dos Stormriders, tudo repentinamente mudou de rumo. Enquanto discutíamos e bebíamos, um ronco de motor de uma Harley-Davidson vindo da TV que estava ligada ao fundo chamou nossa atenção. Pelo que me recordo, passava um episódio de American Choppers e eles estavam testando uma motocicleta incrível numa estrada que parecia não ter fim. Imaginar a sensação de liberdade, o vento no rosto, a imagem de rebeldia implícita naquela cena, mesclada com toda a nova mitologia dos Forsaken, foi o agente catalisador da grande mudança. Naquele instante nasceu a idéia dos Stormriders. A matilha originalmente de Iron Masters de Las Vegas que patrulhava seu território físico e espiritual sobre motos fetiche, agora estava prestes a receber seus novos integrantes. Steve arrumou naquele mesmo instante suas malas, e de São Paulo, partiu em uma viagem em busca de respostas que definiriam seu futuro no Novo México, coincidentemente onde o jovem músico escandinavo Klaus, faria sua primeira apresentação em solo americano e em fim, depois de muitas aventuras e descobertas, encontrariam Paul, Ray e Mike e juntos fariam com que os espíritos do deserto estremecessem mais uma vez ao ouvir novamente o nome da matilha dos Stormriders ecoando pela Hisil...<br /></p><p align="justify"><br /></p><p></p><p align="justify"><span style="font-weight: bold;">- Considerações </span><span style="font-weight: bold;">Finais<br /></span></p><p align="justify">Queria sinceramente agradecer e dedicar esse blog a todos que gostam de "perder seus tempos valiosos lendo esse pedaço de cultura inútil no meio da rede mundial", também não posso deixar de mencionar meus inseparáveis companheiros de matilha, sem os quais não teria o prazer de poder relatar nossos feitos aqui, o Murruy, a mente fervilhante e meu parceiro na criação do cenário de Las Vegas, a toda galera da comunidade do orkut, tanto do LoA como dos Stormriders, o Leandro Novo, meu brother colaborador aqui do blog e um dos meus principais incentivadores, ao pessoal do grupo de discussão do World of Darkness Brasil, que me dão o maior apoio e a todos aqueles que curtem e de alguma forma divulgam e não só os Stormriders mais o RPG em geral...<br /><br />Muito obrigado a todos!</p>Pridehttp://www.blogger.com/profile/08009762945281282998noreply@blogger.com7